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Academia Parauapebense de Letras realiza sessão pública

Com o tema PARAUAPEBAS: UMA HISTÓRIA CONSTRUÍDA A FERRO E FOGO, os palestrantes Luiz Vieira e Miguel Reis contaram a história de Parauapebas a vários convidados que estiveram na primeira Sessão Pública realizada este ano pela APL (Academia Parauapebense de Letras).

O objetivo da sessão, segundo o presidente da APL, Lima Rodrigues, é aproximar a comunidade das ações da academia e estimular o surgimento de novos escritores. “Há muita gente talentosa que tem guardado escritas interessantíssimas, faltando só publicar e ir ao conhecimento dos leitores”, afirmou Lima Rodrigues que abriu a sessão lendo uma carta do Desembargador Aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo, Demóstenes Miguelino Braga.

O desembargador foi convidado por seu sobrinho, Miguel Reis, para estar na sessão, e, diante da impossibilidade, se desculpou com carta em elevada linguagem citando inclusive trechos do hino de Parauapebas. Demóstenes qualificou Parauapebas como “… berço de contistas, historiadores, poetas, poetizas que se dedicam em escrever suas memórias e mistérios; transportando para suas versões, idealizam vidas vividas e batalhas travadas entre a natureza e o progresso nem sempre controlado”.

Em outro trecho de sua carta, Demóstenes recomendou aos conferencistas (Luiz Vieira e Miguel Reis): “Escrevam, produzam; ajudem ao desenvolvimento dos jovens, pois assim, prestam importante serviço à sociedade, despertando-lhes idealismo sepultado nos subterrâneos da inteligência, informação; para que não cobrem no futuro que não lhes ensinaram a sonhar, já que todo o desenvolvimento humano está calcado no sonho”.

Para concluir sua carta, Demóstenes citou Marcel Proust, em uma de suas frases: “Se sonhar um pouco é perigoso, a solução não é sonhar menos é sonhar mais”.

Após ler a carta, Lima Rodrigues expôs os motivos da criação da academia há dois anos e meio. Ele lembra que o principal motivo da criação da APL foi valorizar cada vez mais os colegas e escritores de Parauapebas e procurar mecanismos e ações que valorizem a leitura e a estimule em jovens e crianças.

Um dos projetos da APL, segundo seu presidente Lima Rodrigues, é levar as poesias às praças e ruas, promovendo conferencias e debates. “Para o segundo semestre pretendemos fazer a FEIRA DO LIVRO”, planeja.

A palestra foi iniciada por Luiz Vieira que retratou em imagens e dados a história contemporânea de Parauapebas, do início da exploração mineral, sua criação como área povoada, emancipação política e avanços demográficos e políticos.

Com prova de crescimento, Luiz Vieira citou a projeção da mineradora Vale do Rio Doce, que, no início da exploração mineral, a previsão era exportar 25 milhões de toneladas de ferro em 10 anos (extraído em Parauapebas), e só em 2015 tirou 127 milhões de toneladas do minério.

Vários pioneiros, alguns já mortos, foram citados por Luiz Vieira, que também falou da importância de cada um na construção da história.

Dando seqüência à palestra, o escritor Miguel Reis, falou da história mais antiga de nossa região; citando a ordem cronológica que resultou na criação e formação da comunidade. Citou ainda a formação geográficas, sociais e econômicas, resultantes do progresso das venturas e desventuras dos antepassados até chegar ao ponto que hoje conhecemos. “A história é a soma de fatos que semeiam e enraízam a formação do povo. O conhecimento é algo vivo, dinâmico”, afirmou Miguel Reis, detalhando que sempre haverá algo a acrescentar tanto na dimensão quanto na extensão de qualquer história.

Miguel relatou que tudo o que Parauapebas representa hoje, é o cruzamento e represamento de caminhos, escolhas, atos, tradições e culturas de nossos antecessores que vieram dos mais longínquos e formaram a sociedade pré-história culturalmente rica e organizada o que, ainda segundo ele, pode ser notado pelas peças e marcas em grutas espalhadas pelas paisagens de Carajás.

Presenças – O prefeito, Darci Lermen; o vice-prefeito, Sérgio Balduíno; o presidente da OAB, David Benassur; e diversos convidados prestigiaram a palestra, ocorrida o auditório do IFPA (Instituto Federal do Pará), na noite desta sexta-feira, 12.

 

Reportagem: Francesco Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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