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Acusados pela morte do delegado André Nunes Albuquerque vão a júri

O juiz Líbio Moura, titular da 3ª Vara Penal de Parauapebas, pronunciou nesta quarta-feira (23) os réus Joel Bispo de Sousa ou dos Santos, Roni Moura Eleutério e Vailton Pereira Evangelista. Os três são acusados do assassinato do delegado André Nunes Albuquerque, ocorrido em 3 de outubro de 2010, diretor da 20ª Seccional de Polícia Civil de Parauapebas naquela época. Além deles, Marcos Maciel Gomes da Silva também é acusado, mas está com processo temporariamente suspenso.

A pronúncia do juiz se deu graças à indicação da imputação, ou seja, materialidade e autoria. Em relação à autoria, o juiz destaca que a descrição da denúncia pelo MPE se refere que a execução material coube ao denunciado Joel Bispo e os demais foram partícipes. “Nesse aspecto da autoria não vislumbro a possibilidade de absolvição sumária ou impronúncia dos denunciados Joel Bispo, Roni Moura e Vailton Evangelista. Assim proceder deixaria no ar a ausência de resposta à morte da vítima”, declarou em sentença.

A data para o julgamento dos três ainda não foi marcada porque há possibilidade de recurso e eles aguardam recolhidos ao Sistema Prisional do Estado do Pará (Susipe), por força de prisão preventiva.

CRIME
Segundo a denúncia ofertada pelo Ministério Público Estadual contra os quatro envolvidos, eles causaram a morte do delegado por volta das 19h30 daquele dia na frente de uma residência na invasão do Bairro Jardim América. O delegado foi, já pela noite, acionado por quatro investigadores da Polícia Civil – Eliel, Ênio, Fábio e Pontes – para se deslocar ao endereço em que possivelmente estaria escondido Joel Bispo, um foragido do Centro Regional de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (CRRAMA), em Marabá.

Segundo apurado pelo MPE, um informante da polícia havia confirmado a que Joel Bispo estava no local e, para fazer a incursão, o delegado formou duas equipes que foram para o endereço em duas viaturas. O delegado foi para a frente da residência com um investigador, enquanto a outra equipe foi por trás da casa.

Com a aproximação dos policiais, no entanto, pessoas que estavam no local – os quatro denunciados e a companheira de Joel, Celma Lopes Canudo – perceberam a chegada da polícia, sendo que Joel passou a efetuar diversos disparos de arma de fogo para fora do imóvel, atingindo um deles na autoridade policial.

Os quatro teriam, ainda conforme o MPE, desferido mais disparos contra o restante da equipe policial que ia pela parte de trás do imóvel. Em seguida, o grupo de homens fugiu, deixando para trás Celma e uma criança. O delegado morreu no local.

Reportagem: Luciana Marschall

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