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Aeroporto de Marabá é mais influente que o de Brasília

O aeroporto, terceiro em movimento no Pará, atrás apenas do de Belém e de Santarém, “rouba”, anualmente, cerca de 52 mil passageiros de Parauapebas, município vizinho e no qual está localizado o Aeroporto de Carajás. Marabá também recebe viajantes de Canaã dos Carajás, Xinguara, Tucuruí, Belém, Redenção, Jacundá, Curionópolis, Tucumã e de outras 35 localidades de sua cercania, inclusive dos estados do Maranhão e Tocantins. Depois do Aeroporto Internacional de Belém, que recebe passageiros de 78 municípios, o de Marabá é o mais dinâmico no Estado.

Para se ter ideia disso, a influência da pista de Marabá é maior que a de Brasília (DF), uma vez que o Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek, na capital federal, recebe passageiros de 43 municípios próximos, embora a quantidade deles seja imensamente superior ao volume marabaense. Assim, a influência tem a ver com a importância extramunicipal do aeroporto para além de onde esteja situado, o que pode balizar em médio prazo, por exemplo, a implantação de rotas diretas para destinos longínquos, mesmo em municípios de interior.

Em Parauapebas, o aeroporto local atende majoritariamente os passageiros domiciliados no município e os moradores de Canaã dos Carajás, além de outros 13 municípios da região.
Os aeroportos mais influentes do Brasil estão na tríade paulista Guarulhos, São Paulo e Campinas.

DESTAQUES NO PARÁ

O grande destaque do estudo, no caso paraense, é a elevada demanda de passageiros nos municípios de Ananindeua e Castanhal, que correm para Belém para pegar voo. Esses dois municípios têm movimento suficiente para possuir um aeroporto do porte do de Marabá, que, apesar do tamanho físico, é um dos mais movimentados da Amazônia.

Outra surpresa é a performance de Canaã dos Carajás. Com seu crescimento populacional financiado pelas obras do projeto S11D, da mineradora Vale, a demanda oriunda de Canaã é uma das mais assustadoras do país, considerando-se sua ainda pequena quantidade de habitantes.
São engenheiros, médicos, profissionais liberais, empresários, empreendedores, operários de estados distantes que chegam loucamente a Canaã a fim de conferir as oportunidades de trabalho. Os aspirantes a cidadãos canaenses desembarcam em Parauapebas ou Marabá, pegam uma van e se mandam rumo à “Terra Prometida”, completando o destino pelo chão, já que por lá não existe aeroporto.

Não há dados precisos por parte da Anac, mas considerando-se o fluxo de canaenses que voam a partir de Marabá e Parauapebas, um aeroporto em Canaã dos Carajás rivalizaria em movimento com o de seu município-mãe – o que confirma, mais uma vez, a velada perda de importância da “Capital do Minério” para a “Terra Prometida”.

Reportagem: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

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