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Apesar de queda, Parauapebas é a quarta cidade com mais casos de Dengue no Pará

Dados do novo Informe Epidemiológico de 2017 emitido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Vigilância em Saúde, apontam queda de 74% nos casos de dengue no Pará em relação ao mesmo período do ano passado. Divulgado na última quinta-feira (9), o levantamento, referente a fevereiro, aponta o registro de 635 casos de dengue, 22 de zika e 549 de febre chikungunya no Estado, que não teve nenhum registro de febre amarela em humanos.

Uma medida da Sespa que tem ajudado no controle e vigilância de casos suspeitos é a Sala de Situação, que articula parcerias com o Exército Brasileiro nas ações de combate ao mosquito Aedes aegipty. Os soldados já estiveram em campo nos municípios de Tucuruí, Marituba, Ananindeua, Belém, Marabá, Sapucaia, Rio Maria e Xinguara. Eles foram treinados e capacitados para lidar com diversas situações junto à educação da população.

O informe técnico detalha os dez municípios que tiveram casos confirmados de dengue: Anapu (106), Marabá (95), Tucumã (74), Parauapebas (60), Ourilândia do Norte (46), Xinguara (34), Rio Maria (27), Novo Progresso (24), Tucuruí (18) e Alenquer (14). Os dez municípios com mais registros confirmados de febre chikungunya foram Xinguara (175), Canaã dos Carajás (68), Parauapebas (58), Rio Maria (57), Novo Repartimento (35), Marabá (27), Marituba e Tucumã (ambos com 25), Belém (20) e Eldorado dos Carajás (15). Casos confirmados de zika foram registrados em Rio Maria (oito), Canaã dos Carajás (quatro), Ourilândia do Norte (três), Ananindeua e Marituba (ambos com dois), e Belém, Curionópolis e Vigia com um caso cada.

Em todo o Estado, não houve registro de mortes por dengue e zika este ano e nem em 2016, mas a Sespa orienta que as Secretarias Municipais de Saúde informem no período de 24 horas a ocorrência de casos graves e mortes suspeitas. A execução de ações contra as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegipty é de competência dos municípios, que devem cumprir metas, entre as quais se recomenda a estabilidade de agentes de controle de endemias capacitados para fazer visitas domiciliares.

Mobilização – Paralelamente, a Sespa faz o monitoramento dos 144 municípios que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e distribui às prefeituras inseticidas (larvicidas e adulticidas) para o controle. Equipes da secretaria estadual também fazem visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa da dengue, além de apoiar capacitação sobre as doenças causadas pelo Aedes aegypti.

Quando há necessidade, a Sespa também faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das ações atividades de educação e mobilização, visando a participação da população no controle da dengue.

Segundo o informe epidemiológico emitido pelo Programa de Controle de Endemias da Sespa, não existe tratamento específico para dengue, chikungunya e zika vírus. O tratamento é sintomático e baseia-se em hidratação adequada, levando em consideração o estadiamento da doença, segundo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, para decidir condutas, bem como o reconhecimento precoce dos sinais de alarme. É importante que os profissionais de saúde, sobretudo, os médicos, reconheçam precocemente os sinais de hemorragia para a correção rápida com infusão de fluídos, bem como a lista de medicamentos contraindicada em casos de suspeitos de dengue.

Controle – A Sespa informa que não são registrados casos de febre amarela em humanos no Estado desde 2015 e descarta qualquer situação alarmante porque as ações estão sendo intensificadas. Em 2017, até o momento, não há mortes a serem apuradas e tampouco pessoas internadas com sintomas da doença no Estado.

Somente no ano passado, 71.195 pessoas foram vacinadas no Pará contra a doença. Em 2015, o quantitativo foi de 80.230 imunizados. Dos 144 municípios paraenses, 129 estão indicados pelo Ministério da Saúde para vacinação contra a febre amarela. Até março deste ano a Divisão de Imunização do Pará solicitou ao Ministério da Saúde 190 mil doses da vacina contra a febre amarela para ser usada na rotina dos municípios; deste total, o Estado recebeu somente 133.270 doses.

Segundo o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização, até o momento, neste ano, foram administradas 7.022 doses de vacina contra febre amarela na população. Para cobrir os pedidos extras de vacinação nos municípios paraenses foram solicitadas mais 200 mil doses.

A Sespa orienta o mesmo que o Ministério da Saúde vem estimulando em todos os Estados: a de que toda pessoa que mora ou vai viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata, que são áreas com recomendação da vacina contra febre amarela, deve se imunizar. Isso ocorre porque a transmissão da febre amarela é tida como possível na maioria das regiões do Brasil entre dezembro e maio.

A vacina contra a febre amarela é ofertada no calendário nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e, no Pará, pode ser encontrada em qualquer Unidade Básica de Saúde, mantida pelas prefeituras. As doses podem ser aplicadas a partir dos nove meses de idade, em residentes e viajantes a áreas endêmicas ou, a partir de seis meses de idade, em situações de surto da doença.

Reportagem: Mozart Lira / Agência Pará

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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