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Audiência Pública discute na Câmara de Parauapebas proposta de criação de Parque Nacional

De acordo com a proposta apresentada na última quarta-feira (23), o Parque Nacional Campos Ferruginosos de Carajás será localizado nos municípios de Canaã dos Carajás e Parauapebas e inserido no grande conjunto de áreas protegidas presente na região sudeste do Pará.

O Parque Nacional terá uma área de cerca de 80 mil hectares formada por platôs ferruginosos: o primeiro denominado “Serra da Bocaina”, também conhecida por “Serra do Rabo”, localizado entre a PA-160 e o Rio Parauapebas e o segundo platô conhecido como “Serra do Tarzan”, próximo aos projetos Sossego e 118, que hoje fazem parte da FLONACA – Floresta nacional de Carajás.

Depois da consulta, todas as informações serão coletadas e enviadas em forma de uma nota técnica para o Ministério do Meio Ambiente, posteriormente a Casa Civil. Depois será encaminhada a presidência da República aprovará a criação do Parque Nacional por meio de um Decreto Federal.

Após criado, o parque será gestado pelo ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, em parceria com a Vale.

Frederico Drumond, chefe da Flonaca (Floresta Nacional de Carajás), assegura que a criação desta unidade é fundamental, pois protegerá a área de sofrer danos trazidos pela atividade mineral. “Com isso teremos aqui em Carajás uma área livre da mineração para proteger o eco sistema dos campos ferruginosos”, explica Frederico, detalhando que no local existe um eco sistema raro onde tem ainda um manancial de águas, cavernas, cachoeiras e uma série de espécies da fauna e da flora especiais para a conservação.

Outro benefício da criação do Parque Nacional, citado por Frederico Drumond, é a atividade econômica que poderá ser uma alternativa econômica. Trata-se do turismo de aventura, eco turismo, caminhadas, trilhas interpretativas, educação ambiental, visitas técnicas pedagógicas etc. Ele cita os Parques Nacionais dos Lençóis Maranhenses, Fernando de Noronha e Jericoacoara, respectivamente, como exemplos que vem dando certo por atrair turistas e ajudar na economia regional. “Aqui podemos seguir esse caminho”, prevê Frederico.

Sobre o evento

O auditório da Câmara Municipal de Parauapebas ficou lotado de pessoas que vieram prestigiar a audiência pública de criação de uma nova unidade de conservação.
Trata-se da apresentação da proposta de criação do Parque Nacional Campos Ferruginosos de Carajás, feita ontem, 23, quarta-feira, em cujo evento esteve presente o representante do MMA – Ministério do Meio Ambiente, Aldizeo Lima; representante do governo municipal, Wanterlor Bandeira; representante da Vale S.A., João Barros Vieira; representante da OAB, Subseção/Parauapebas, Geraldo Pedro de Oliveira Neto.

Todos fizeram breves pronunciamentos e seguiu a apresentação da proposta, detalhada por técnicos com demonstração de imagens, gráficos e estatísticas explicativas.

Aldizeo Lima, responsável pela criação das novas unidades federais, representando o MMA, dá conta ainda de que, em nível nacional o ICMBIO estuda um conjunto de propostas de criação de novas unidades de conservação dos diferentes biomas, tanto amazônicos como cerrados, caatingas, pantanal, áreas marinhas e pampas.

Ele disse ainda que a proposta foi bem recebida na esfera federal e é vista com bons olhos. “Por tratar de uma área que tem uma diversidade muito importante de ambientes. A identificação desta proposta na região de Carajás, onde se tem o fator da mineração, ajudará a contribuir para a proteção de áreas”, relata Aldizeo, detalhando tratar-se de cangas, que são áreas de campos ferruginosos que normalmente são utilizados para mineração que serão conservados a partir da criação da nova unidade.

Reportagem: Francesco Costa / Da redação do Portal Pebinha de Açúcar

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