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Balança comercial do Pará apresenta terceiro melhor desempenho no ranking nacional

Em abril deste ano, a balança comercial paraense contabilizou saldo de US$ 635 milhões, resultado que garantiu ao estado do Pará o terceiro melhor desempenho nacional no acumulado de janeiro a abril, que totalizou US$ 2,3 bilhões. Isto é o que aponta a análise feita pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), em parceria com o Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa).

De acordo com a pesquisa, o saldo comercial paraense positivo no acumulado do ano até abril, proveniente das exportações, que totalizaram US$ 2,8 bilhões, e das importações, com US$ 444,2 milhões, manteve o estado entre os três maiores saldos do País, ficando atrás apenas do Mato Grosso, que alcançou o primeiro lugar, com US$ 4,9 bilhões, e de Minas Gerais, com US$ 3,9 bilhões.

O minério de ferro continua sendo o principal produto na pauta exportadora do Pará, pois o valor da commodity teve, no mês de abril, crescimento de 19,70%, se comparado ao mesmo mês do ano passado. Segundo o presidente da Fapespa, Eduardo Costa, essa elevação é resultado de um conjunto de fatores, a exemplo do aumento de 23,52% da quantidade exportada e da retomada de crescimento no preço do minério de ferro, que de dezembro de 2015 para abril de 2016 evoluiu 54%.

Além disso, o presidente da Fapespa destaca a importância do mercado asiático nesse desempenho. “O Pará tem como principal demandante dessa commodity, a Ásia, que no mês de abril apresentou incremento de 23,31%, respondendo por 79,57% do total de minério de ferro exportado pelo estado no período”, esclareceu Costa.

A crescente demanda por commodities minerais vem fortalecendo o estado no mercado internacional, e, segundo o estudo, no que diz respeito aos destinos das exportações paraenses, nos primeiros meses do ano verificou-se essa consolidação da Ásia como importante parceiro da economia do Pará, tendo se tornado o principal mercado do comércio exterior estadual nos últimos anos. Nas relações com países, China, Japão, Noruega, Alemanha, Malásia e Canadá responderam por mais da metade do valor exportado pelo estado nos quatro primeiros meses do ano.

Ao se comparar, ainda, o desempenho do estado nos quatro primeiros meses de 2015 e 2016, observou-se uma elevação dos valores das exportações de carne de bovinos, com variação de 52,09%; de Peixes, com 15,58% e de Pimenta-do-reino, com registro de 7,31%.

Para Raul Tavares, coordenador do CIN no Pará, departamento vinculado à Fiepa, a economia paraense depende de uma matriz extrativista, a qual tem se tornando importante para manter um superávit na balança comercial com o mercado exterior. “É fato que, a qualidade das nossas commodities minerais no mercado internacional, além de propiciar valores significativos nas exportações, ajuda no aumento da produção industrial, o que coloca o estado em situação privilegiada e de destaque entre as demais Unidades Federativas. Por isso, não podemos deixar de destacar a contribuição da indústria extrativa para o desempenho do comércio exterior paraense”.

“Por outro lado, é necessário investir na parcela significativa da indústria de transformação que verdadeiramente promove a verticalização produtiva em quase 100% localmente, gerando maior valor agregado, no tocante à geração de empregos e renda para a população com retorno social fantástico e fazendo circular a economia nos demais setores do comércio e serviços. No mais, outro aspecto de relevância para o comércio exterior são os investimentos em infraestrutura logística de transporte”, completa.

Já na análise para as importações paraenses, no acumulado de janeiro a abril, houve aumento de cerca de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso ocorreu em função da mina de minério de ferro S11D, localizada em Canaã dos Carajás, que tem recebido significativos investimentos. No entanto, a demanda externa pelos produtos paraenses tem diminuído nos últimos meses, fato que se deve à redução das atividades produtivas em alguns dos países de destino.

O estudo completo está disponível do site da Fapespa www.fapespa.pa.gov.br

Reportagem: Helen Barata

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