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Caso Ana Karina: Temendo linchamento, Alessandro Camilo e Graziela serão julgados em Belém

Alessandro Camilo de Lima e Graziela Barros de Almeida, acusados de envolvimento na morte de Ana Karina Matos Guimarães, serão submetidos a Júri Popular na Comarca de Belém. Em decisão unânime, sob a relatoria da desembargadora Maria de Nazaré Gouveia, a Seção do Direito Penal deliberou pela procedência dos pedidos de transferência do julgamento da Comarca de Parauapebas para Belém, pela defesa dos acusados, o chamado desaforamento.

Conforme os autos, a defesa requereu a transferência sob o argumento de risco à integridade física dos acusados e possibilidade de parcialidade dos jurados, considerando o crime ter sido de grande repercussão e comoção social. A defesa relembrou, no pedido, que tanto Alessandro quanto Graziela só não foram linchados pela população devido à ação da Polícia Civil.

O Juízo da Comarca de Parauapebas manifestou-se favorável ao desaforamento, entendendo que a disponibilização de força policial pode não ser suficiente para conter eventuais exaltações por parte da populares. Da mesma forma, o Ministério Público opinou pelo deferimento do pedido. A relatora acatou as razões da defesa e deferiu os pedidos.

De acordo com o processo, Ana Karina, à época com 29 anos, estava grávida de nove meses quando foi assassinada, em maio de 2010. Alessandro, que era o pai da criança que a vítima esperava, é apontado pelo Ministério Público como suposto mandante do crime.

Vítima Ana Karina, morta em 2010

 

Conforme a denúncia do MP, Alessandro teria planejado o crime com apoio da noiva, Graziela, e atraído a vítima para a emboscada. Alessandro, sob o argumento de que passaria valores a Ana Karina para as despesas do parto, marcou encontro com a vítima, levando-a para um local ermo, onde já aguardavam Francisco de Assis Dias, o Magrão, e Florentino de Souza Rodrigues, o Minego, os outros dois acusados no processo.

A vítima foi morta a tiros, sendo depois colocada em um tambor que estaria na caminhonete de Alessandro, e jogada no rio Itacaiúnas. , Antes, no entanto, os acusados teriam colocado pedras no tambor e feito perfurações, para que permanecesse no fundo do rio. O corpo da vítima, embora os acusados tenham apontado o local onde foi jogado o tambor, nunca foi encontrado.

Ainda de acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o crime teria sido motivado em virtude da pressão que Ana Karina estava fazendo com Alessandro para fazer frente às despesas com o nascimento da criança. Haveria ainda a intenção do acusado em não pagar pensão alimentícia.

 

 

 

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