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Coluna do Lima Rodrigues – 7 de abril de 2018

Produtores rurais do Pará participam de grande manifestação em Brasília

Estivemos em Brasília. Fomos a convite de lideranças ruralistas do Pará para fazer a cobertura da grande manifestação que ocorreu na última quarta-feira (4), para dizer BASTA ao governo federal e aos poderes Legislativo e Judiciário no que se refere à cobrança do Funrural. O protesto faz parte do “Abril Verde e Amarelo”.

Os produtores rurais começaram a chegar cedo a Brasília e se acamparam no Ginásio Nilson Nelson, ao lado do Estádio Mané Garrincha, no centro da capital da República. Foram preparados dez bois no rolete e muito arroz carreteiro. Foi servido um farto almoço para todos. Produtores rurais de quase todos os estados participaram da manifestação. Do Pará, foram representantes de Parauapebas, Canaã dos Carajás, Redenção, Xinguara, Rio Maria, Marabá, Paragominas, entre outras cidades. Lideranças do movimento calcularam de 8 a 10 mil pessoas no protesto contra o Funrural.

Após o almoço, por volta das 14hs, todos deixaram o Ginásio Nilson Nelson e seguiram atrás de um caminhão, onde lideranças ruralistas se revezavam ao microfone falando palavras de ordem e orientando os produtores rurais sobre os procedimentos da manifestação. O presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antônio Nabhan Garcia prestigiou o evento e a todo momento destacava a força do homem do campo e a importância do agronegócio para o Brasil.

Os produtores rurais seguiram pelo Eixo Monumental, passaram pela Rodoviária do Plano Piloto; em frente à Catedral de Brasília; em frente aos ministérios, inclusive o da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e chegaram pacificamente nas imediações do Congresso Nacional. Lá, receberam a visita de deputados e senadores e houve discursos de várias lideranças ruralistas contra a cobrança do Funrural.

O presidente da Associação dos Criadores do Pará (Acripará), Maurício Fraga Júnior, fez uma avaliação positiva da manifestação realizada em Brasília e disse que o próximo passo é formar uma comissão e tentar alterar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a cobrança do Funrural.

 Segundo ele, o movimento denominado “Abril Verde e Amarelo” foi criado a partir da insatisfação dos produtores rurais com os desmandos dentro do setor agropecuário brasileiro. “Então, surgiu o movimento ABRIL VERDE E AMARELO que diz NÃO AO FUNRURAL que vem atormentando os produtores desde aquela votação em 29 de março de 2017 que foi surpreendente, onde o Supremo Tribunal Federal reverteu uma decisão de 11 a 0 (por duas vezes avaliada) para 6 a 5 sem nenhuma explicação técnica para tal”, afirmou Fraga Júnior.

De acordo com o presidente da Acripará,  a preocupação geral da classe é a cobrança indevida do Funrural. “A Receita Federal começou a notificar produtores que passaram a ter uma dívida retroativa, pois a lei validada pelo STF entregou ao produtor rural um débito retroativo de pelo menos cinco anos. É esse passivo que o produtor não aceita e não tem condição de pagar”, disse ele.

A cobertura completa da manifestação dos produtores rurais em Brasília vai ao ar dia 15 de abril no Conexão Rural, na Rede TV de Parauapebas.

Manifestação em Brasília

 

Fazenda Colorado – 77 mil litros de leite por dia

Este mês, no meu programa Conexão Rural, na Rede TV de Parauapebas (PA), estamos apresentando reportagens especiais que fizemos durante o Road Show para Jornalistas de Agronegócio, realizado em São Paulo e Minas Gerais de 12 a 16 de março.

O Conexão Rural participou pelo segundo ano consecutivo como o único programa rural do Pará convidado pela Texto Comunicação Corporativa (SP).

Nós visitamos, por exemplo, a Fazenda Colorado, em Araras (SP), que tem estrutura impressionante e produz 77 mil litros de leite por dia.

Ao chegarmos na Fazenda Colorado, por questão de higiene, todos os jornalistas tiveram que lavar as mãos e higienizar os calçados, para evitar a entrada de bactérias, já que a fazenda produz vários produtos derivados do leite.

Até o ônibus dirigido pelo simpático Edson Brasil teve que levar uma ducha.

Na sede da Fazenda Colorado fomos recebidos pelo Sérgio Soriano, Gestor de Pecuária. Ele deu detalhes sobre a história da Fazenda Colorado. Disse que tudo começou em 1872, quando ainda se chamava Fazenda Bom Jesus. Naquele ano, teve início a produção de leite. Já em 1923, com o avanço contínuo na produção, foi construído estábulo para auxiliar no manejo do gado, aumentando a demanda.

Em 1964, com a aquisição de parte da Fazenda Bom Jesus, rebatizada de Fazenda Colorado, deu-se início à história de uma das maiores fazendas do Brasil, hoje considerada a maior produtora de leite do país. Só no ano passado foram 77 mil litros por dia. (A Fazenda Bom Jesus foi comprada há mais de 50 anos pelo empresário Lair Antônio de Souza e depois a administração passou para o filho dele, Carlos Alberto Souza).

Em 1982, foi fundada oficialmente a Laticínios Xandô, pioneira na venda do leite tipo A pasteurizado, ainda embalado e distribuído em saquinhos plásticos.

Seis anos após sua fundação, a Xandô passou a comercializar leite tipo A engarrafado no estado de São Paulo, com exclusividade.

Em 2006, foi instalada a ordenha mecânica mais moderna da época. Em 2011 a evolução continuou e foi construída área de confinamento para 1.600 animais com sistema de iluminação e ventilação cruzada, proporcionando ao rebanho um ambiente mais confortável, diminuindo o estresse dos animais e, consequentemente, aumentando a produção de leite.

No ano seguinte, a Xandô implantou uma nova ordenha, no formato carrossel, com capacidade para 72 vacas simultaneamente.

Boehringer Ingelheim

 Em seguida, Alessandro Lima, diretor em exercício de Grandes Animais, e o gerente de Produtos Bovinos, Fernando Dambrós, do laboratório Boehringer Ingelheim, anunciaram o lançamento da vacina Bovela, nova aliada no combate à Diarreia Viral Bovina. A Boehringer é a segunda maior indústria de saúde animal do mundo.

A BVD é uma das doenças mais perigosas da pecuária mundial. Segundo a Organização Internacional de Saúde Animal, trata-se de uma das enfermidades que mais causam impactos negativos na produção de carne e de leite em diversos países, incluindo o Brasil, onde há casos em todos os estados.

Depois que todos colocaram uma espécie de botina de plástico nos calçados, o Sérgio Soriano levou os jornalistas para conhecer parte das instalações da Fazenda Colorado, os locais a onde as vacas se alimentam e descansam e a maternidade.

Os jornalistas do Road Show percorreram outras áreas da Fazenda Colorado e ouviram atentamente as explicações do Gestor de Pecuária, Sérgio Soriano.

Mais uma vez muito obrigado ao amigo Altair Albuquerque, diretor da Texto Comunicação Corporativa pelo convite para que o Conexão Rural participasse de mais um Road Show para Jornalistas de Agronegócio.

CFM Agro-Pecuária

Durante o Road Show, visitamos várias fazendas importantes, incluindo a  Fazenda São Francisco, da CFM Agro-Pecuária, em Magda (SP).

Os jornalistas ouviram explicações do Gerente de Pecuária, Tamires Neto, sobre a atuação da CFM Agropecuária no Brasil. Segundo ele, a empresa foi criada em 1908 por uma família inglesa e  já está na quarta geração.

Em 1920 começaram as atividades no setor primário, ou seja, bovinos, grãos, frutas e cana de açúcar e agora também com a plantação de eucalipto.

A CFM foi pioneira na comercialização de reprodutores Nelore com 24 meses de idade e revolucionou a forma de comercialização, sendo a primeira empresa a realizar leilões de grandes volumes de animais avaliados e certificados.

Depois, os jornalistas fizeram uma visita ao campo para conhecer de perto o rebanho nelore da CFM e ouviram mais informações do gerente de Pecuária, Tamires Neto.

Ele disse que a CFM já comercializou mais de 40 mil touros Nelore CEIP, isto é, com Certificado Especial de Identificação e Produção, produzidos desde o início do seu programa de melhoramento genético, no começo da década de 1980. São touros suficientes para cobrir mais de 1 milhão de matrizes.

O rebanho da Agro-Pecuária CFM é de 30 mil cabeças, distribuídas em oito propriedades nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e oeste da Bahia, com 130 mil hectares de terra. Só no ano passado o grupo CFM faturou 270 milhões de reais.

Lima e Tamires Neto

 

Sistema de confinamento de gado Boitel

A Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon) “tem como o maior desafio buscar a integração da cadeia da carne bovina. A pecuária brasileira é uma das mais competitivas do mundo, porém ainda precisa evoluir em organização”, destacou o Gerente Técnico da entidade, Bruno Andrade.

Nesse sentido, a Assocon tem como um dos objetivos ampliar o espectro de ação, deixando de atuar somente com confinamentos e incluindo toda a pecuária de corte.

Para conhecer um pouco mais sobre confinamento, os jornalistas do Road Show 2018 visitaram a Fazenda São Manoel, em Guarantã (SP), onde o Grupo Ribas atua com eficiência no sistema de confinamento Boitel.

O proprietário da fazenda, o jovem pecuarista José Roberto Ribas Filho, explicou detalhes do sistema boitel, que é formado com parceiros interessados em engordar bois em sua propriedade pagando diárias, falou sobre como é produzida a ração para o gado na própria fazenda e destacou que o sistema boitel tem dado resultados acima das expectativas dos parceiros e a meta é ampliar o processo de confinamento e continuar crescendo.

A família Ribas

 O empresário Zé Roberto me contou um pouco da história de sua família, lembrando que tudo começou com o seu bisavô, José Ferreira Ribas, que veio de Portugal para a cidade paulista de Promissão, montou um pequeno açougue e depois um frigorífico e foi um grande pecuarista na região. Depois, o avô dele, Herculano Ribas, fez parceria com o  pecuarista Tião Maia, considerado o Barão do Gado, na década de 1960 e a família teve  grande atuação em São Paulo e Mato Grosso do Sul, com mais 60 mil hectares de terra e cem mil cabeças de gado e uma rede com mais de cem casas de carne, chegando a ser uma das maiores exportadoras de carne nas décadas de 1970 e 1980.

Com a morte do avô Herculano, o pai dele, José Roberto, e os tios decidiram tocar o negócio só na área da agropecuária e depois cada um seguiu seu rumo. O pai decidiu arrendar as terras e o jovem Zé Roberto Ribas Filho adquiriu a fazenda São Manoel há sete anos e há dois anos atua com o confinamento Boitel.

Até a semana que vem com saúde e paz.

 

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