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Comunidade LGBTI procura SAC para emissão de Carteira Social

Denis Assunção, Coordenador do Serviço de Atendimento ao Cidadão de Parauapebas (SAC), comemora o sucesso da ação realizada no último sábado (10), quando durante toda a manhã foi feito atendimento exclusivo à comunidade de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transgênero e Intersex (GLBTI).

O objetivo do atendimento, conforme contou Denis, foi estimular as pessoas que necessitam do documento a procurar o SAC para fazer sua carteira social. “Muitos se sentem inibidos pelo constrangimento de acessar este direito, com isto podemos atender com exclusividade a diversos que hoje aqui vieram”, detalha Denis, planejando que, com isto, a partir de ontem, segunda-feira (13), muitos procurar o órgão.

O coordenador qualifica a ação como “produtiva”, o que, ainda em sua opinião, é um marco para o sul e sudeste do Pará, já que Parauapebas foi a primeira cidade do interior a emitir as carteiras sociais, possível graças ao Decreto Estadual 726/2013 que instituiu a criação do documento.

Perguntado por que um direito que já existe há cinco anos só agora está sendo popularizado, Denis diz acreditar ter sido por falta de incentivo das coordenadorias do SAC em cada município; contando que tão logo assumiu o trabalho em Parauapebas se deparou com as cédulas “engavetadas” e tratou logo de levar o direito aos beneficiados.

Para adquirir o documento (Carteira Social) é simples, basta o interessado ir ao SAC levando duas fotos 3×4, a Certidão de Nascimento e a Carteira de Identidade, caso possua, e seja do Estado do Pará. “Estamos pedindo aos militantes e entidades da causa LGBTI que incentivem, que dê força, para que as pessoas venham acessar esse direito”, recomenda Denis.

A presidente do Instituto Abrace a Diversidade (IAD), conta que é uma luta já travada há muitos anos. “Esta vitória para a gente é importante, pois as pessoas precisam entender que a troca do prenome é para que o interessado possa ser reconhecido e chamado pelo nome que deseja e de acordo com a imagem que passa”, relata Cris Carmona, dando como muito constrangedor a pessoa ter um corpo feminino e se chamada por um nome masculino; ou ao contrário, ter um corpo masculino e ser chamada por um nome feminino.

Cris mensura que em Parauapebas já existe um grande número de trâns, tanto feminino quanto masculino, que ela diz esperar que procure o serviço para gozar do direito. A resistência da pessoa em ter o nome social, Cris diz ser um anseio dos trâns, que já assumiu a aparência e agora precisa de uma identidade reconhecida. “Já quanto a resistência das pessoas em chamar o trans pelo nome social pode ser resolvido na Delegacia de Crimes Homofóbicos que existe em Belém; já que trata-se de um direito previsto em Lei e precisa ser respeitado por todos”, orienta Cris Carmona.

Reportagem: Francesco Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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