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O que já foi uma das melhores rodovias da região, hoje sofre o abandono e está a cada dia mais difícil de trafegar por ela. Trata-se da rodovia PA-160, via de ligação entre Parauapebas e Canaã dos Carajás, por onde passavam caminhões de minérios extraídos na mina da Vale (Sossego) além de ônibus que transportam trabalhadores da mesma mineradora.

A obra foi realizada em convênio entre Vale e Governo do Estado, em 2004, pois sem a pavimentação asfáltica da mesma, seria inviável a exploração mineral no Sossego, o que melhorou muito a vida da população de Canaã do Carajás que em período chuvoso encontrava dificuldades para trafegar nos apenas 60 quilômetros que separam as cidades, além de depois, pela rodovia PA-275, ir às outras cidades acessando demais rodovias da região.

Mas com a implantação do Projeto S11D, apenas a rodovia não seria mais suficiente para realizar a operação de transporte dos minérios, pois através de caminhão é impossível trazer até a pera em Palmares, onde inicia a EFC – Estrada de Ferro Carajás.

Quando o projeto do Ramal Ferroviário foi apresentado à imprensa em 2013 através de vídeo conferência e, já naquele momento, foi alvo de indagação de jornalistas que perguntaram como ficaria a situação da PA-160, já que sua manutenção era feita pela mineradora e se com o fim do ciclo de transporte de minério por ela, o serviço de conservação continuaria sendo feito.
Na época, o Diretor de Relações com a Comunidade da Vale, José Carlos, garantiu que a manutenção continuaria sendo feita com a mesma frequência. A justificativa do diretor foi que a Vale continuaria usando a rodovia para transportar trabalhadores que moram em uma cidade e trabalham em minas localizadas na outra.
Porém, segundo os condutores que usam com frequência a via, desde que se inaugurou o Ramal Ferroviário, a realidade é outra, as manutenções são feitas apenas quando a estrada já está quase intrafegável. “Passar por aqui todos os dias é uma tarefa árdua, pois colocamos em risco tanto a vida dos passageiros, quanto a vida útil do veículo”, reclamou Luciano, operador do transporte de passageiros.

Os motoristas de carros de grande porte, bem como de veículos de passeios e motos, se queixam da situação e confirmam que a rodovia já teve dias melhores. “Era motivo de admirar pela sua conservação. Mas de uns tempos para cá, a gente sofre com esta situação; e não temos a quem reclamar”, afirmou, Osvaldo Rodrigues, motorista de caminhão.

Na última quarta-feira (7), nossa equipe de reportagens percorreu toda extensão da rodovia, saindo de Parauapebas com destino à Canaã dos Carajás na parte da tarde e retornando à noite para entender a situação nos dois períodos. O que vimos e sentimos durante todo o trajeto foi lamentável e diversos trechos já quase intrafegáveis, expondo os condutores ao risco de acidente e veículos danificados às margens da estrada por causa dos muitos buracos.

 

De acordo com a mineradora Vale, não procede a relação entre a PA-160 e a construção do ramal ferroviário citada na matéria. A PA é utilizada pela Vale hoje para o transporte de minério de cobre e o ramal transporta minério de ferro. Também não procede informação de que a via está abandonada, a PA- 160 é uma rodovia estadual e a responsabilidade de manutenção é compartilhada. A Vale vem realizando operação tapa-buraco. Ano passado mesmo foi feita uma manutenção em meados de outubro e, para este ano foi iniciado o processo de contratação para nova recuperação.

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