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Descaso e preconceito elevam casos de câncer de próstata e de pênis

Descaso com a saúde e vergonha, motivada principalmente pelo preconceito, são os principais fatores que impedem a maioria dos homens de procurar assistência médica regularmente. Este mês é dedicado à saúde do homem, e para alertar o segmento masculino a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia Dr. Vítor Moutinho (Unacon), em Tucuruí (sudeste paraense), está orientando sobre prevenção do câncer de próstata e de pênis, os mais recorrentes no atendimento aos usuários da unidade, que é referência no tratamento de câncer na região.

Dos atendimentos efetuados na unidade em junho, os cânceres mais frequentes são de próstata e pênis. De acordo com a diretora técnica da unidade, Miriam Cristina Campolina Cenachi, os dois tipos estão muito relacionados ao fato de o homem ser menos cuidadoso com a saúde e, normalmente, só procurar o serviço médico quando os sinais e os sintomas já estão intoleráveis. “Outro fator é o preconceito quanto aos exames com o urologista”, acrescenta.

Essa demora em busca de diagnóstico precoce deve contribuir para o cenário previsto pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para este ano: mais de 68.200 novos casos de câncer de próstata no Brasil. A doença já é o segundo tipo de câncer entre os homens, e a maior incidência na terceira idade, já que a maioria dos casos ocorre a partir dos 65 anos.

A médica Miriam Cristina Campolina Cenachi ressalta que a prevenção é feita, principalmente, com o exame de sangue PSA (Prostate-Specific Antigens)/antígenos específicos da próstata. Os antígenos são moléculas produzidas pela próstata, inclusive quando ela está saudável. O exame é importante, mas a médica adverte que ele não é suficiente para um diagnóstico completo. O PSA complementa a avaliação médica.

“Quando há alteração, o usuário é orientado a buscar a ajuda de um especialista, que é o urologista, mas o fato de o PSA estar alterado não significa que ele está com câncer de próstata. Então, o PSA é só um orientador”, afirma diretora da Unacon, que orienta as pessoas sem histórico familiar de câncer de próstata a procurarem o especialista a partir dos 50 anos, pelo menos a cada dois anos, independentemente de fazer o PSA e outros exames regularmente, inclusive o toque retal.

Segundo a médica, o toque retal é de extrema importância para a percepção de eventuais alterações na consistência da próstata, permitindo um diagnóstico precoce, muitas vezes até mais rápido que o PSA.

A partir de 60 anos, ela ressalta a importância de consultas anuais. Mas para homens com histórico familiar da doença, a prevenção deve começar por volta dos 40 anos. “O urologista é um médico importantíssimo para os homens, assim como o ginecologista é para as mulheres. Essa atitude pode prevenir uma doença muito grave, e que pode ser evitada”, reitera.

Câncer de pênis – Considerado um câncer raro e com maior incidência em homens com mais de 50 anos, o câncer de pênis está diretamente associada à má higiene íntima e infecção pelo vírus HPV (Papiloma Vírus Humano), entre outros fatores.

Miriam Cenachi também ressalta a importância do uso de preservativo. “A maioria da população acredita que o preservativo só serve para evitar gravidez indesejada. Na realidade, sua função é mais ampla, sobretudo para evitar as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), entre elas o HPV, que é um dos precursores tanto do câncer de pênis, como do câncer de colo do útero”, explica.

Os homens devem estar atentos para qualquer tipo de lesão, alteração e ferida na genitália, e principalmente se despir de qualquer preconceito e buscar auxílio de um profissional da saúde.

A médica frisa que a prevenção é fundamental. “Não vai adiantar ter preconceito, medo, vergonha, porque aí a doença já estará instalada. Consulte o médico periodicamente”, orienta.

 

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