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Desempregados já são mais de 5 mil apenas este ano na região de Carajás

Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na última quarta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, estão cada vez mais sinistros para a região sudeste do Pará. Terríveis. Assustadores. Macabros.

Para início de conversa, estão na pobre rica região de Carajás dois dos 100 municípios que mais desempregam no Brasil: Canaã dos Carajás, na 58ª posição e que está no vermelho com 3.094 trabalhadores de cara para cima apenas este ano; e Marabá, que, na 83ª colocação, já mandou embora 2.052 pais de família. Em Parauapebas, o saldo está negativo em 238 oportunidades.
Juntas, as pessoas que ficaram desempregadas este ano em Canaã, Marabá e Parauapebas formam um exército equivalente à população do município de Sapucaia, no sul do Estado. Para quem mora em Marabá, é o mesmo que um Bairro Novo Horizonte inteiro lotado de desempregados — o Novo Horizonte tem, atualmente, cerca de 5.000 residentes. Para quem mora em Parauapebas, é o equivalente ao Bairro Palmares Sul entupido de pessoas demitidas.

EXCEÇÃO À REGRA

Se demissão tornou-se regra na região, o município de Curionópolis é a exceção. O pequeno notável segue firme como um dos que mais empregam no Brasil, enquanto o mundo se acaba a seu redor. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, o município é o 34º melhor lugar para se arranjar trabalho no país. Seu saldo, de janeiro a setembro deste ano, está positivo em 1.069 postos, desrespeitando a crise que acertou em cheio a nação.
Mas qual o segredo de Curionópolis? Nada diferente dos seus vizinhos, que têm na mineração um porto seguro. Lá, estão em operação dois projetos minerais, o Serra Leste, em que a empresa multinacional Vale explora minério de ferro; e o Rio Verde, no qual a Avanco minera cobre.

Com os investimentos em implantação e ampliação das minas, trabalhadores foram demandados. O movimento no comércio local cresceu devido à compra das empresas e mais oportunidades de trabalho foram criadas em lojas, supermercados, mercearias, quitandas de esquina. O setor imobiliário também aqueceu, e novos prédios começaram a ser erguidos, demandando 880 operários no período.

Por tudo isso, Curionópolis passou de 2.349 trabalhadores com carteira assinada no final do ano passado para 3.418 empregados este ano. Com uma boa dose de QI (Quem Indica), o candidato não ficará sem emprego nas ocupações de montador de equipamentos elétricos, serviços de limpeza e conservação de áreas, servente de obras, motorista de caminhão, mecânico de manutenção de máquinas, operador de máquinas de mineração e vendedor pracista. É uma parte do Brasil que, neste momento, resiste ao colapso.

Reportagem: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

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