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EDUCAÇÃO: Mais uma vez, números de Parauapebas são invejáveis

A menos de 15 dias do início das aulas, a educação do município de Parauapebas vai começar o segundo semestre letivo com excelentes notícias em nível de Pará e de Brasil. Um estudo realizado pela Fundação Lemann e pela Meritt, responsáveis pelo portal QEdu, mostram que a “Capital do Minério” está acima da média nacional em se tratando de infraestrutura escolar e com padrão similar ao dos bons colégios públicos do Sudeste. Os dados originais foram levantados no Censo Escolar 2013, segundo os quais o Brasil conta, atualmente, com 38.835 escolas privadas e 151.871 escolas públicas, totalizando 190.706 instituições de ensino básico.
Hoje, as escolas da rede municipal de Parauapebas – urbanas e rurais – não passam vergonha no que concerne à oferta de serviços infraestruturais básicos. Todas elas têm energia (nas demais escolas do Pará, o índice chega a 61%; e nas do resto do Brasil, 91%); a coleta de lixo chega a 100% dos prédios urbanos (contra 27% no Pará e 58% no Brasil); a água encanada atende 74% dos estabelecimentos (índice chega a 22% no Pará e a 56% no Brasil); e a rede de esgoto passa à frente de 40% das unidades de ensino (no Pará, não passa de 2%).
Absolutamente todas as escolas da rede municipal de Parauapebas oferecem merenda e água filtrada. Na oferta deste último serviço, a propósito, o Pará passa vergonha porque apenas 56% das escolas municipais paraenses veem seus alunos beberem água filtrada. Na prática, enquanto 44% dos alunos de escolas públicas municipais paraenses estão expostos a doenças que vêm a goles de água de qualidade duvidosa, os de Parauapebas estão livres desse risco.
A título de esclarecimento, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 80% dos casos de doenças no mundo resultam da ingestão de água contaminada, com mais de 25 tipos diferentes de enfermidades. As crianças são, particularmente, as maiores vítimas.

ALÉM DA REALIDADE
A imagem positiva das escolas parauapebenses vai ainda além. As escolas da rede municipal da “Capital do Minério” posicionam-se à frente do Pará e do Brasil em percentual de cozinha, bibliotecas, laboratório de informática, quadra de esportes e salas de leitura, de professores, de direção e para alunos com deficiência. Para se ter ideia, ao passo que 12% das escolas paraenses e 15% das brasileiras têm salas leitura, a taxa chega a 89% em Parauapebas, um verdadeiro show de compromisso com o letramento e o conhecimento por parte dos educadores municipais para com seus pupilos e, inclusive, um dado superior ao apresentado pelas escolas da rede privada.
Hoje, também, há proporcionalmente mais escolas em Parauapebas com aparelho de DVD, TV, antena parabólica, impressora, retroprojetor e copiadora do que em qualquer outro lugar do Pará e no resto do país.
Esses investimentos, aliados ao incentivo à formação de professores e à elevação da qualidade do ensino local, tornam a educação um cartão de visitas para Parauapebas, para muito além de seus cobiçados minérios, que são recursos finitos e cuja exaustão é prevista para pouco mais de duas décadas no ritmo atual de extração.
A educação, pelo contrário e no sentido mais amplo, significa o meio em que, em tese, hábitos, costumes e valores dos estudantes locais serão transferidos ao longo de gerações, além de ser o principal instrumento para construir uma sociedade parauapebense mais justa e com melhor qualidade de vida e bem-estar.
E é por priorizar os investimentos no setor e aparelhar o serviço público municipal mais elogiado lá fora e mais divulgado pela prefeitura local, com mais de 100 menções na imprensa paraense nos últimos 12 meses, que a secretária de Educação de Parauapebas, Juliana de Souza, foi destaque na última edição do “Anuário MultiCidades” e referência em gestão de rede de ensino, tendo conquistado um prêmio “Palma de Ouro”.
Atualmente, com a educação sendo o carro-chefe de prioridades do prefeito municipal Valmir Mariano, Juliana se tornou a “menina dos olhos” do alcaide, por comandar a pasta que tem apresentado os mais brilhantes resultados numa sociedade onde o índice de violência (ou pior, de assassinatos) cresceu 59% entre jovens nos últimos quatro anos.

 

TODOS PELA EDUCAÇÃO
Força-tarefa na Semed visa a transformar Parauapebas em “Capital da Educação”

Para mudar a realidade de município violento, como a “Capital do Minério” está se tornando, e para segurar as pontas do desenvolvimento após a exaustão das minas de Serra Norte, que gera nas entranhas de Parauapebas 90% do capital financeiro que circula localmente, a educação é a carta na manga, tanto para promover desenvolvimento quanto para gerar capital cultural.
Em prol dessa seara, existe uma força-tarefa na Secretaria Municipal de Educação (Semed) composta por 4.129 servidores da pasta, todos cientes de que é preciso fazer muito mais e melhor para garantir a Parauapebas o status de “Capital da Educação”, acompanhando sua cada vez mais latente mudança de vocação econômica e visando à transformação do município num polo de conhecimento.
O resultado dessa união de esforços da secretária, seus guardiães (servidores dos setores administrativo e técnico-pedagógico) e mais um exército (professores, diretores, coordenadores), concede ao município números de dar inveja a quaisquer localidades bem conceituados no cenário educacional do país, já que Parauapebas – diferentemente da educação capenga municipal do resto do Pará – em nada deve em se tratando de ensino público infantil e fundamental.
E o cenário é promissor. Em 2014, enquanto 60% das escolas públicas municipais brasileiras ainda não possuem internet e falta tal serviço em 87% das escolas paraenses, em Parauapebas esse índice sequer chega a 20%. Com cerca de 50 mil estudantes na rede, o município é – fora da capital – o que possui o maior número de computadores em atividade nas escolas apenas para os alunos: 678 equipamentos.
Os dados, que comprovam o avanço brilhante desse polo educacional em ascensão no meio da Amazônia, são públicos e podem ser consultados no portal da Fundação Lemann.

 

BATALHA ÁRDUA
Em um ano à frente da Semed, secretária detonou vários anexos

Já não é o analfabetismo, já não é a distorção idade-série, já não é a acessibilidade para alunos com deficiência, já não é estrutura de prédio. Evidentemente, gargalos como analfabetismo e distorção idade-série são calos no sapato de qualquer gestor de educação, mas os índices de Parauapebas nesse sentido têm conseguido significativo avanço rumo à erradicação.
Hoje, porém, os maiores inimigos da rede municipal de ensino de Parauapebas são dois velhos conhecidos: anexos, prédios locados e adaptados para abrigar “excedentes” de alunos nas escolas; e o turno intermediário, uma espécie de horário de aulas espremido entre os turnos matutino e vespertino e apelidado há mais de uma década como “turno da fome” (diga-se de passagem, uma alcunha equivocada, já que todos os alunos são servidos por merenda de qualidade em qualquer dos turnos).
Esses dois vilões são históricos e contra os quais a secretária de Educação, Juliana de Souza, tem travado uma árdua batalha – com muitas vitórias para ela – no sentido de aniquilá-los. A guerra é diária. Os inimigos não dormitam. Mas a secretária e sua equipe também não dormem no ponto.
Com apenas um ano à frente da Secretaria Municipal de Educação e trabalhando das 8 horas até, por vezes, à meia-noite em seu gabinete, a secretária já detonou vários anexos Parauapebas adentro. Não derrotou todos porque, como a população local cresce a uma taxa estratosférica, quando a gestora elimina um anexo aqui, um brado retumbante de perigo à rede municipal quer eclodir acolá. A solução para detê-los? Construir escolas. Com tal medida, será possível liquidar dois inimigos (anexos e intermediário) com um balaço apenas.
Ainda assim, não seja por isso. Várias escolas estão em construção, e o segundo semestre será de muito trabalho, com quase uma dezena de prédios a entregar ou com construção por iniciar, um verdadeiro recorde administrativo na história de 26 anos de Parauapebas. Em 2015, virão mais e mais escolas, sem contar as que estão sendo reformadas e ampliadas para suportar a demanda de mirins, que aumenta num cochilo qualquer e engrossa o caldo de uma rede educacional que tem mais alunos que a população total de 4.862 municípios brasileiros.
Crescer, porém, é natural num Parauapebas que passou sua vida inteira populacionalmente ampliando, e a educação municipal está com todo fôlego para continuar aumentando seu nível, indistintamente. Parcerias da Semed com os governos federal (para construção de creches) e estadual (para construção de um campus da Universidade do Estado do Pará) foram consolidadas, e a preocupação vai da criança recém-saída do berço ao jovem que precisa ingressar na universidade e garantir vaga no cada vez mais acirrado mercado de trabalho.
Sob a batuta da “menina dos olhos” do prefeito Valmir Mariano, anexos e turno intermediário estão com os dias contados e as condições para promoção da qualidade do ensino serão ofertadas. A educação local, estadual e nacional precisa. E agradece.

Reportagem especial: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar
Foto: Arquivo

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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