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Estado de Emergência poderá ser decretado em Parauapebas

As imagens aéreas confirmam o que foi descrito pelo Secretário Municipal de Segurança Institucional e Defesa do Cidadão, Wanterlor Bandeira, que, na tarde da última sexta-feira (9), ao lado do Secretário Municipal de Assistência Social, Jorge Guerreiro; do Secretário Municipal de Cultura, Wandernilson Santos da Costa (Popó); e do Coordenador de Defesa Civil, Jales Pereira, concedeu entrevista coletiva para detalhar a situação de Parauapebas em relação às enchentes.

A situação é crítica em diversos bairros que ficam em uma extensão de 17 quilômetros às margens do Rio Parauapebas, iniciando no Loteamento Parque das Nações, passando pelos bairros Liberdade I e II, e indo até a ocupação Riacho Doce. A dimensão é tão grande, que está sendo necessária uma força tarefa formada pelas secretarias municipais e Corpo de Bombeiros Militar para conseguir socorrer as diversas famílias que, só de última hora, aceitam deixar suas residências.

De acordo com informações passadas por Wanterlor Bandeira, a chuva foi acima das expectativas e do previsto pelos serviços meteorológicos. “A previsão de chuva para segunda-feira era bem menor, portanto choveu mais de 100 milímetros. Além de que na cabeceira do Rio Parauapebas, nos municípios de Canaã dos Carajás e Xinguara, respectivamente, choveu mais de 112 milímetros”, mensura Wanterlor, dando conta de que seja inevitável que toda esta água passe por aqui.

Outro agravante é que há refluxo provocado pelos rios abaixo do Rio Parauapebas, que são o Tapajós e Tocantins, e isto faz com que as águas permaneçam por mais tempo causando alagamento na região. Em dados reais, isso significa que o Rio Parauapebas subiu de 4,5 metros para 12 metros em pouco tempo.

As duas áreas mais críticas são a ocupação Riacho Doce, onde diversas famílias moram em palafitas, e Liberdade II, porém todas já foram removidas dos locais. “As equipes têm o trabalho não só de remover as pessoas, mas de dar o suporte necessário para que fiquem de forma segura e confortável”, explica Wanterlor, dando conta de que as famílias removidas da áreas alagadas vão para abrigos; um deles no bairro Cidade Jardim, onde já estão mais de 20 famílias.

Autoridades participaram de uma entrevista coletiva com profissionais de imprensa

 

Porém, o número de famílias retiradas de áreas alagadas é bem maior, mas, mais de 90% delas preferem ir para casas de amigos ou parentes ou ficar próximos de sua casa na esperança de que as águas baixem e isto, tem dificultado muito os trabalhos das equipes, pois a resistência em permanecer nas casas interfere no plano de trabalho da Defesa Civil que retiraria de forma parcelada todas as famílias, mas só quando as águas estão entrando nas casas que elas decidem ao mesmo tempo, o que torna insuficiente a capacidade da equipe que iniciou com quatro caminhões e hoje já são 15, divididos em cinco equipes.

Além das áreas de alagamentos, há ainda as encostas das quais, quatro sofreram deslizamento de terra, sendo duas no bairro Nova Vida e duas no Bairro da Paz.

Os motivos já existentes, segundo Wanterlor Bandeira, são suficientes para que a Coordenadoria Municipal de Devesa Civil (COMDEC), decrete Estado de Emergência. Assim, ficará mais fácil para criar mecanismos para atender a população, já que não se tem tempo para licitar materiais. “Até aqui estamos nos virando com o que temos e recorrendo a parceiros como, por exemplo, a Vale, que nos cedeu barcos e equipe técnica qualificada; além de várias secretarias municipais para nos auxiliar nesta empreitada”, detalha Wanterlor Bandeira, garantindo que as pessoas podem acionar a qualquer momento a Defesa Civil através do telefone: (94) 3356-2597, ou do celular: (94) 99290-5969. Os números estão disponíveis 24 horas por dia.

De acordo com dados da COMDEC, em 2009 a enchente atingiu 35% do bairro Liberdade II, porém este ano já atingiu o Caetanópolis, Nova Califórnia, Complexo VS 10 e diversos outros bairros. Entre as ruas com razoável tráfego de veículos e agora estão inundadas são: O, P, Q e Vinícius de Moraes, todas estão praticamente interditadas em virtude dos alagamentos. Mas as previsões são de que este ano tenha uma cheia ainda maior nos rios da região.

Mas não é apenas em Parauapebas que as fortes chuvas têm causado transtornos. Nas regiões sul e sudeste do Pará, exemplo claro a rodovia PA-279, no sul do Pará, via que liga Xinguara às cidades de Água Azul do Norte, Ourilândia do Norte, Tucumã e São Félix do Xingu, que está com vários trechos tomados pelas águas. E é desta região que vem mais água que, naturalmente, provocará mais desconforto aos que moram nas proximidades do Rio Parauapebas ou igarapés que cortam o perímetro urbano.

 

Reportagem: Francesco Costa / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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