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Greve dos bancários no Pará começa na terça-feira (6)

Para as 10h de hoje está programada rodada de negociação específica com a direção executiva do Banco do Estado do Pará (Banpará). Às 18h, os trabalhadores voltam a se reunir em assembleia de organização da greve na sede do Sindicato dos Bancários, na rua 28 de Setembro, 1.210, bairro do Reduto, em Belém.

A paralisação é nacional, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), conforme aprovado em assembleias realizadas na quinta-feira, 1, em diversos estados. No Pará, a greve é por tempo indeterminado, conforme deliberado na assembleia do dia 1º. “Amanhã, primeiro dia da greve, devemos ter comissões de esclarecimento no Basa [Banco da Amazônia], Banpará, Bradesco e Banco do Brasil da avenida Presidente Vargas, nas chamadas áreas das matrizes e direções gerais. Também, vamos percorrer a Caixa São Brás, o Itaú e Santander da avenida Nazaré’’, informou a diretora da Federação dos Bancários da Região Centro Norte e representante da CUT no Pará, Vera Paoloni. Também haverá atuação direta dos trabalhadores junto as agências bancárias em Santarém e Marabá.

A categoria pede reajuste salarial de 16% com piso de R$ 3.299,66. A 25 de setembro, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta de reajuste salarial de 5,5%, com piso de R$ 1.321,26 a R$ 2.560,23. O aumento incidiria também sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 2.500,00. Mas, para Vera Paoloni, a proposta é desrespeitosa, por não cobrir nem a inflação do período, que ficou em 9,88% em agosto deste ano.

“A nossa greve será intensa e com muito vigor, para que os banqueiros entendam que a vergonhosa proposta de 5,5%, que sequer cobre a inflação de 9,88% é um desrespeito aos bancários e bancárias e ao conjunto das nossas reivindicações apresentadas. Não aceitaremos propostas rebaixadas, sem a reposição da inflação do período e sem ganhos reais nos salários, compatível com a lucratividade do setor’’, observou Vera Paoloni.

A diretora sindical considera a greve um instrumento legítimo dos trabalhadores e ela só acontece, diz ela, ‘’porque os trabalhadores esbarram na intransigência e no desrespeito dos banqueiros”. “Todas as nossas reivindicações são totalmente justas e os bancários e bancárias têm de ter o reconhecimento por seus esforços na construção dos resultados do sistema financeiro brasileiro, no qual nenhuma crise afetou. Aliás, é um setor que só lucra com a crise’’, afirmou ela.

Além do aumento salarial de 16%, incluindo resposição da inflação mais 5,7% de aumento real, e do piso de R$ 3.299,66, equivalente ao salário mínimo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-Pará) em valores de junho passado, os bancários também querem vale-alimentação e refeição e auxílio creche no valor de R$788,00 mês, melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e de assédio moral, Plano de Cargos, Carreiras e Salários para todos os bancários, entre outros pleitos.

Reportagem: ORM

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