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Igreja na Praça São Francisco é furtada novamente

Enquanto as obras de revitalização da Praça São Francisco não são finalizadas em Marabá, a população padece perante a ação de bandidos. No último fim de semana o alvo foi novamente a Igreja São Francisco, de onde foram levados alimentos e um botijão de gás. De acordo com Cláudio Silva Feitosa, zelador da Igreja, o furto só foi percebido quando ele chegou para trabalhar na manhã de sábado (23).

“O arrombamento foi na frente da Igreja, em um depósito, que é a cozinha da pastoral. Cheguei 6h30 e a porta estava quebrada. E estava tudo pelo chão, porque eles tiraram o carvão do saco e encheram de refrigerante, água mineral e levaram outro botijão de gás. Além de quase 40 kg de carne”, confirmou.

Ele também disse que um dos frequentadores da paróquia foi até a delegacia localizada na Cidade Nova para pedir ajuda, porém o prédio não funciona nos fins de semana. Devido ao arrombamento, a porta do local, que era de madeira, foi trocada por uma de ferro e uma manifestação foi realizada em frente à Igreja em prol da comunidade, na tarde do último sábado (23).

Cartazes foram anexados aos tapumes na ocasião e ainda permanecem no local, neles estavam escritos pedidos de ajuda direcionados ao Ministério Público e às autoridades responsáveis, inclusive foi solicitada a intervenção dos vereadores. O zelador informou que a comunidade pretendia até derrubar os tapumes para diminuir a insegurança.

O Jornal Correio chegou a noticiar recentemente a onda de assaltos no local em decorrência dos tapumes colocados pela prefeitura municipal na realização de obras na Praça, além de relatar outro furto na Igreja, ocorrido há duas semanas. Cláudio relatou que os criminosos se escondem atrás das divisórias e que ele já viu homens armados observando o movimento de todos os que passam pelo “beco”.

“A Igreja mesmo está ficando fechada. Na hora que facilitar, as coisas que estão aí vão ser levadas. Um dia desses, eu vi um armado aí só esperando alguém sair do banco e era um moleque”, relatou, afirmando que senhoras que frequentam a Igreja já foram vítimas dos bandidos.

REUNIÃO

Na edição 3.006, quando foi noticiada a falta de segurança na Praça São Francisco, houve discordância entre a Polícia Militar e a Guarda Municipal sobre a responsabilidade da segurança no local. O comandante do 4º BPM, o tenente coronel Denner Eudes Favacho da Rocha, informou que uma reunião seria realizada na última terça-feira (26) para definir o impasse.

Ele afirmou que seria essencial que a Guarda Municipal assumisse o papel de guardar a praça, para que a PM pudesse focar o policiamento em outras localidades. “Isso não quer dizer que a PM não vá fazer policiamento nas Praças. A gente tem feito abordagem, patrulhamento, mas para nos ajudar seria bom que a GM fizesse o papel dela já que tem efetivo para isso”, destacou.

Ele ainda falou sobre a questão do trailer que ficava na Praça e foi retirado de lá. O que, segundo ele, veio de uma recomendação do Ministério Público. “Ele estava colocado em ponto que feria uma questão legal, que são as condições de acesso para deficiente. O próprio MP nos mandou documento recomendando às viaturas”, relatou.

O secretário Municipal de Segurança Institucional, major Jorgeandre de Almeida Seade, lembrou que a Praça é da prefeitura, porém que a prevenção dos crimes é de responsabilidade da PM.

“É público e notório que temos um problema de efetivo da Guarda Municipal e a PM vinha desenvolvendo um excelente trabalho com um trailer, o que inibia os crimes na região. Mas quando tira-se um policiamento consagrado do local, a criminalidade toma conta”, ressaltou, completando que os bandidos não respeitam a GM.

Ele disse que a Guarda Municipal deve fazer um levantamento na região para que possa colocar um efetivo de 24h ou de pelo menos das 18h às 00h. “Acredito que se não houver entendimento entre a nossa secretaria e o comando da PM, vamos pedir apoio para Belém. Essa política de integração não pode ser desfeita de um momento para o outro”, confirmou.

igreja-invadida

Reportagem: Nathália Viegas / Grupo Correio de Comunicação

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