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INTERMEDIÁRIO: Parauapebas está longe de ser sustentável, aponta estudo inédito

Imagine você um município onde considerável número de adolescentes, em vez de estar na escola tomando lições de prevenção à gravidez precoce, antecipa aos 14 anos o diploma de “mãe”. Imagine também um lugar onde a conexão para acesso à internet é devagar, quase parando, sendo essa tecnologia um dos principais meios para rompimento da condição de isolamento no interior amazônico. Imagine mais: uma sociedade infestada por ladrões, onde furtos e assaltos à luz do dia deixam de ser exceção para se tornarem regra de sobrevivência, pelo menos para os fora da lei, que vagam impunes e a postos para o próximo ataque.

Seja bem-vindo a Parauapebas, o segundo mais rico município do Estado do Pará – em Produto Interno Bruto (PIB), ressalte-se – e onde a maioria dos indicadores de sustentabilidade rasteja e pede socorro.

Longe de ser o pior lugar do mundo para se viver, Parauapebas, um dos grandes motores da economia paraense, está muito distante de ser considerado um município sustentável. É o que revela o estudo da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa), intitulado “Barômetro da Sustentabilidade de Municípios com Atividades Minerárias no Estado do Pará”, lançado na última sexta-feira (14), em Belém.

O relatório de 41 páginas analisa o grau de sustentabilidade de Parauapebas e de outros 12 municípios de base mineral, a exemplo dos vizinhos Canaã dos Carajás, Ourilândia do Norte e Marabá. O referencial são 27 indicadores ligados aos Objetivos do Milênio (ODM) e, ao mesmo tempo, considerados sensíveis às ações imediatas do Estado. Os indicadores, aliás, estão distribuídos em Bem-Estar Humano (20 critérios) e Bem-Estar Ambiental (sete critérios).

Conforme o estudo, a situação de Parauapebas, numa escala de 0 a 100 para medir sua sustentabilidade, é “intermediária”, já que as pontuações do município foram 47 em Bem-Estar Humano e 68 em Bem-Estar Ambiental. Na prática, o município está a meio caminho de chegar a ser sustentável, mas diversas questões conspiram em favor do contrário e até parecem ser mais fortes, pelo menos no momento.

Os dados levantados para dimensionar o Barômetro compreendem uma realidade entre 2010 e 2014, justamente quando Parauapebas explodiu em população, crescimento econômico e empregos. Se traduzisse o cenário apenas de 2015, o resultado geral poderia ser catastrófico em decorrência da crise financeira que assola o município.

Reportagem especial: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar
Foto: Anderson Souza

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