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Jovem migra para ensino a distância e Uniasselvi cresce

A Uniasselvi – instituição de ensino a distância dos fundos Vinci, Carlyle e Neuberger Berman – pretende aumentar sua base de alunos em cerca de 50% nos próximos dois anos. A meta é saltar dos atuais 268 mil para 400 mil via crescimento orgânico. O grupo educacional também está em negociações para aquisição de outras instituições, cujas transações podem ser fechadas até
agosto.

A companhia está capitalizada com a entrada da Neuberger Berman que passou a deter 25% do negócio em junho do ano passado e fez um aporte de R$ 375 milhões. Cerca de 30% dessa quantia foi para o caixa da Uniasselvi, que é a segunda maior instituição de ensino a distância do país, atrás apenas da Unopar, da Kroton.

A própria Uniasselvi pertencia à Kroton, maior companhia de ensino superior privado do país. Mas o grupo teve que vender a instituição de ensino a distância em 2015, para cumprir uma exigência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no processo de aprovação de sua fusão com a Anhanguera. Na época, a Uniasselvi foi negociada por R$ 850 milhões e, atualmente, é avaliada em R$ 1,5 bilhão.

Em 2018, a Uniasselvi faturou R$ 405 milhões, o que representa uma alta de 19% quando comparado a 2017. A margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) gira na casa dos 40%.

A combinação de crise econômica e forte queda na oferta de Fies (programa de financiamento estudantil do governo federal), que vêm afetando negativamente o ensino superior privado, até contribuiu para o crescimento da Uniasselvi.

Entre junho de 2018 e março deste ano, sua base de estudantes aumentou em 60 mil. “Muitos alunos com dificuldades financeiras migraram para a graduação a distância, que tem uma mensalidade média de R$ 260, cerca de um terço dos cursos presenciais. Além disso, houve a redução do Fies, que financia exclusivamente cursos presenciais”, diz Pedro Graça, presidente da Uniasselvi. O impacto negativo do cenário de crise, afirma ele, foi uma pequena elevação de inadimplência entre os veteranos.

Fundada há 20 anos em Santa Catarina, a Uniasselvi vem passando por uma transformação. Em 2018, boa parte do crescimento veio das regiões Norte e Nordeste e de alunos na faixa etária entre 17 e 22 anos. “Nos nossos cursos, temos aula presencial uma vez por semana com um tutor local que conhece o perfil dos alunos e, muitas vezes, são até colegas na cidade. Isso faz toda a diferença para controlar a evasão e tem sido um ponto relevante no Norte e Nordeste”, diz Graça. Na Uniasselvi, somente 40% dos alunos concluem os quatro anos da graduação. Porém, em cursos 100% on-line ofertados por outras instituições cerca de metade dos estudantes desiste já no primeiro período letivo.

Hoje a maioria dos matriculados da Uniasselvi tem mais de 30 anos, uma característica comum nos cursos a distância, mas é entre os jovens que concluíram recentemente o ensino médio que tem ocorrido a maior taxa de crescimento nos últimos semestres. Segundo Graça, vem caindo a percepção de que cursos a distância têm qualidade inferior e os jovens estão mais abertos à novas tecnologias.

A Uniasselvi conta com 426 polos de ensino a distância, sendo que um terço dos alunos são de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Neste ano, a meta é abrir 70 unidades e em 2020, mais 150 polos em várias regiões do país.

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