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Mães de crianças especiais temem fim do atendimento na APAE Parauapebas

Um grupo de mães de crianças especiais atendidas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Parauapebas estão apreensivas e temem que a falta de verbas deixe indisponíveis serviços extremamente fundamentais para os assistidos pela instituição.

Uma das funcionárias, que não quis gravar entrevista e pediu para não ser identificada, disse que por falta de recursos, todos os funcionários estão cumprindo aviso prévio e serão dadas baixas em todas as carteiras para que sejam desligados do trabalho na entidade.

Diante da real situação, a funcionária declara que, caso a APAE consiga convênios no próximo ano, os funcionários serão recontratados, porém, como prestadores de serviços. Cerca de 20 pessoas trabalham na APAE nas mais diversas funções: terapeutas, psicólogos, fisioterapeuta, nutricionista, neurologista etc.

“A APAE não vai fechar. Fazemos parte de uma federação, tudo pode mudar, mas o futuro ainda é incerto”, garante a funcionária, esclarecendo que apenas o serviço passará para responsabilidade do município, como já estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA.

Ainda de acordo com a funcionária, a instituição continuará com as portas abertas até mesmo porque mantêm convênio com empresas privadas, mas os serviços serão direcionados para maiores de 18 anos.

Em documento assinado pelo prefeito de Parauapebas, Valmir Mariano (PSD), e pelo presidente da Câmara Municipal, Ivanaldo Braz (SD), o poder público se comprometeu em assumir a prestação de serviços a partir de janeiro do próximo ano, garantindo a reabilitação de crianças de 0 a 18 anos.

A estudante de serviços sociais e mãe de uma das crianças atendidas pela APAE, Kelly Lima, não aceita que os serviços sejam transferidos da APAE para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Lá não tem nada pronto. Não tem terapeuta, não tem transporte. Se o tratamento for interrompido, nossas crianças vão regredir. Meu filho usa sonda, já está quase comendo pela boca, mas se os estímulos pararem a gente volta à estaca zero”, desabafa Kelly.

A sugestão dada por Kelly é que os serviços sejam mantidos e aprimorados na própria APAE custeados pela administração pública. “Se um dia nossas crianças forem transferidas, que seja para um lugar onde tenha estrutura de um centro de reabilitação”.

O filho de Kelly tem dois anos de idade, nasceu com lesão hipóxia por causa de um erro médico na hora do parto. “Consegui o atendimento na APAE depois que ele já tinha um ano, foi muito difícil conseguir por causa da lista de espera das crianças que precisam desses estímulos é muito grande”, finaliza.

Reportagem: Stéfani Ribeiro – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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