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Marabá cai quatro posições e Canaã ‘sumiu do mapa’ das exportações

O mês de janeiro foi fraco também para dois gigantes de peso da Balança Comercial: Marabá, que ostenta lá fora o concentrado de cobre produzido no Salobo pela Vale, o aço da Sinobras, o manganês da Buritirama e as carnes do frigorífico JBS; e Canaã dos Carajás, que exporta cobre do Sossego, também assinado pela Vale.

No caso de Marabá, que vinha se mantendo na posição de número 36 entre os exportadores, o município caiu para a posição 40 porque vendeu muito menos em relação ao que comercializara em 2015. Em janeiro deste ano, o município exportou 67,8 milhões de dólares em produtos, um tombo de 54% ante os 147,2 milhões de janeiro do ano passado. A baixa no preço do cobre colaborou para a queda, o que gerará ao município royalties menores em março.

No primeiro mês deste ano, Marabá vendeu 63,8 milhões de dólares em cobre ante 126,7 milhões no mesmo período do ano passado. Ou seja, apenas com esse produto, perdeu 49,7% das exportações. Além disso, a Alemanha, maior consumidora das commodities marabaenses, particularmente o cobre em concentrado, saiu de cena e diminuiu em 66,4% suas compras diretas. Taiwan e Estados Unidos, outros dois dos maiores importadores dos produtos de Marabá, nada compraram em janeiro.

Para piorar, a balança do mês passado não registra duas operações importantes realizadas no município: a produção de aço da Sinobras e a extração de manganês da Buritirama, responsáveis por turbinar, em janeiro de 2015, respectivamente 12,8 milhões e 2 milhões de dólares.

OSTRACISMO

A situação de Canaã dos Carajás, 73º na lista até dezembro de 2015, é mais preocupante. Ainda sem contar com a força da operação de S11D, o município foi parar em janeiro na 147ª colocação, sua pior condição na Balança Comercial desde que a mina de cobre do Sossego começou a operar na “Terra Prometida” em 2004. Nos tempos de pujança, o cobre alçou Canaã ao posto de terceiro maior exportador do Pará e um dos 30 maiores do Brasil. Hoje, o município se vê atrás até dos paraenses Almeirim, Castanhal, Ourilândia do Norte e Oriximiná, os quais não possuem expressiva tradição e peso na balança nacional.

No começo deste ano, as exportações de Canaã minguaram para 14,4 milhões de dólares, sendo que em janeiro do ano passado o município vendeu 69,35 milhões de dólares. Além de perder mercado na venda de cobre, Canaã dos Carajás perdeu, em 2015, o posto de maior produtor nacional do produto para Marabá.

Se depender apenas das operações do Sossego, cuja mina vai encerrar as atividades no início da próxima década, a arrecadação da Cfem pela prefeitura de lá vai ser um fiasco este ano. O preço do cobre no mercado internacional nunca esteve tão ruim na década atual.

Reportagem: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

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