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Moradores do Vale dos Carajás entram em conflito com loteador

O caso, envolvendo cerca de 200 famílias, foi parar na justiça e, pelo visto, ainda tem muitos capítulos a serem escritos. Trata-se da segunda etapa do Bairro Vale dos Carajás, em Parauapebas, onde famílias já foram despejadas por ordem judicial, sob a alegação de atraso no pagamento de várias parcelas dos terrenos. Do outro lado, a população reclama dos juros supostamente abusivos e, o mais agravante, que a citada etapa faz parte de uma área da União e de preservação ambiental, o que motivou muitos a deixar de pagar as parcelas.

As famílias despejadas recorreram da decisão judicial e receberam a autorização para retomar suas moradias, mas eis que surge outra dificuldade: a casa já havia sido vendida e nela já há outro morador, que também não tem culpa do imbróglio que entrou.

“Comprei esse terreno e com muito sacrifício construí minha casa e fui obrigada a sair dela e voltar a morar de aluguel. Hoje volto para ela por ordem da justiça e aqui encontro outro morador”, reclamou Aline Costa à equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar, enquanto participava de um ato de apoio a outro morador que teve aviso de que na tarde desta quarta-feira (8) também teria que deixar sua casa por ordem judicial.

O morador que aguarda ser despejado é Antonio Ferreira da Silva. Ele conta ter se sentido lesado depois de três anos de ter adquirido a área, que o dono legítimo não é o loteador. “Não posso deixar minha residência, pois esta casa é a única que tenho”, afirma Antonio Ferreira.

Outra história que a equipe de reportagens checou por lá foi o caso do morador Valdir Sudário Salasar, que comprou o terreno à vista, porém, ao pedir os documentos do terreno, a loteadora não concedeu, mandando que ele fosse à prefeitura e ao Cartório de Registro de Imóveis, mas ele não encontrou aquela etapa do loteamento nos registros do Departamento de Terras.

O preço das parcelas, que sobem com frequência, é outra reclamação dos moradores, dando conta que compraram o terreno pelo valor de R$ 60 mil, e quando consultaram para ver o valor que ainda deviam receberam um extrato de que deviam mais de R$ 70 mil.

 

Outro lado – A equipe de reportagem procurou os representantes da Imobiliária Vale dos Carajás, responsável pelo parcelamento daquela área, Marx Jordy e Jussara Jordy, porém, não quiseram gravar entrevista, afirmando apenas que, por se tratar de um caso que está na Justiça, irão aguardar que saia a decisão.

Quanto à ilegalidade da área, eles negam e garantem que a área é de propriedade particular adequada para parcelamento. “Se as pessoas se sentem prejudicadas, o que devem fazer é procurar a Justiça e aguardar o parecer dela”, afirmou Jussara Jordy.

Reportagem: Francesco Costa | Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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