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MST ocupa Estrada de Ferro Carajás em Parauapebas

Trabalhadores Rurais Sem Terra ligados ao MST continuam acampados no município de Parauapebas e na noite de ontem, terça-feira, 4, interditaram a EFC (Estrada de Ferro Carajás), impossibilitando o trânsito de trens de carga e de passageiros.

Quem recebeu mais uma vez a equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar foi um dos coordenadores do MST, Pablo Santiago, afirmando que enquanto o Governo não responder às reivindicações apresentadas, a estrada de ferro continuará ocupada por tempo indeterminado.

No local continua um clima pacífico e até agora nem Vale ou Governo Federal se manifestaram sobre o caso; e a Polícia Militar não está no local, porém as reivindicações continuam a espera de respostas.

Veja as reivindicações dos membros do MST:

Assentamento imediato de todas as famílias acampadas, tendo como Plano de Meta assentar pelo menos 50 mil famílias ente 2016/2018;

Imediata desburocratização do acesso a créditos;

Garantia da universalização de programas de desenvolvimento a todos os assentamentos através de suas organizações;

Fortalecimento do Programa Nacional de Educação da Reforma Agrária;

Construção imediata de 300 novas escolas de área der Reforma Agrária, 100 centros de educação infantil, e a garantia de 30 Institutos Federais dentro das áreas de assentamento;

Para a mineradora se posicionar sobre o assunto, a equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar entrou em contato com a Assessoria de Comunicação (ASCOM) da Vale, veja a nota enviada à reportagem:

Sobre interdição da EFC pelo MST em Parauapebas

A Vale informa que a Estrada de Ferro Carajás (EFC) foi invadida na madrugada desta quarta-feira, 5/8, em trecho do município de Parauapebas (PA), por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que estavam acampados às proximidades da ferrovia desde a última segunda-feira, 3/8. Eles atearam fogo em madeira sobre os trilhos, com isso, impedindo o tráfego de trens, prejudicando as atividades de transporte de passageiros (que beneficia cerca de 1.300 passageiros por dia nos estados do Pará e Maranhão), de minérios, carga geral e de combustíveis para a região.

Além do crime de invasão (esbulho) de propriedade privada e do risco de desastre ferroviário previstos no Código Penal, os manifestantes incorreram em desobediência à ordem judicial concedida pela Justiça Estadual de Parauapebas, que determinou a imediata reintegração do trecho da Estrada de Ferro Carajás invadido, com imposição de multa diária de 50 mil reais para cada invasor. A decisão de reintegração será cumprida pelos Oficiais de Justiça com apoio da Polícia Militar.

A Vale informa, ainda, que ajuizará ações criminais contra os líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e todos aqueles que estiverem invadindo a Estrada de Ferro Carajás, visando a responsabilização pelos crimes praticados e buscará o reparo dos danos causados pelos manifestantes durante a obstrução da ferrovia.

A Vale reforça que cumpre com todas as suas obrigações legais, ambientais, tributárias e esclarece que todos os imóveis com reservas minerais, compensação ambiental ou para apoio à atividade de mineração não se prestam às atividades de agricultura e nem para fins de reforma agrária, inclusive por imposição de lei.

Sobre o Trem de Passageiros

Devido a interdição na EFC, o Trem de Passageiros não circulará nesta quinta e sexta ( 6 e 7/8). Os passageiros que já haviam comprado seus bilhetes podem ir às Estações de Passageiros para realizar remarcação ou solicitar reembolso a partir de segunda-feira, 10 de agosto. Mais informações podem ser obtidas pelo Alô Ferrovias: 0800 285 7000.

Sobre a Vale

A Vale ressalta que as atividades realizadas ao longo de 30 anos no Pará contribuem de forma decisiva para o desenvolvimento socioeconômico do Estado. Os municípios onde a empresa opera apresentam crescimento e se desenvolvem impulsionados pela mineração, atraindo novos empreendimentos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), a balança mineral do Pará registou, em 2014, saldo de mais de US$ 9 bilhões. As exportações de bens minerais representaram 70,6% do total exportado pelo Estado, somente no ano passado. O Pará contribui com cerca de 37% para o saldo Brasil do setor mineral e ocupa o 2º lugar em arrecadação da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais). Além disso, os principais municípios onde a empresa está presente estão entre os três maiores arrecadadores da CFEM: Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá. O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), equivalente ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU, revela que os municípios mineradores ocupam as dez primeiras colocações no Pará, comprovando a contribuição da atividade para o desenvolvimento socioeconômico local.

Reportagem e foto: Francesco costa – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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Ei, Psiu! Já viu essas?

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