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Parauapebas figura entre os seis municípios com alto índice de sífilis congênita

Com a informação abrindo o plantel das estratégias de combate à sífilis congênita, o trabalho do Governo do Estado está voltado para os seis municípios com maiores índices da doença. “Estamos sentando com a equipe técnica da gestão dos municípios e capacitando a Atenção Básica em Saúde através dos Agentes Comunitários de Saúde”, explicou Marília Medeiros Silva, técnica da coordenação da saúde da mulher do Estado do Pará, que esteve reunida com os ACSs em Parauapebas na manhã da última quarta-feira (18), no auditório do Centro Universitário de Parauapebas (Ceup), onde, além de ouvir dos agentes a realidade que encontram no dia a dia nas visitas e também nas unidades de saúde, a equipe do Governo do Estado traçou, em parceria com o município, estratégia de acordo com a situação local.

Segundo explicou Marília Medeiros, cada município tem suas peculiaridades, mas, em todos se nota a dificuldade de levar os homens a buscar o tratamento. Os motivos não são somente o machismo, mas também o horário em que as unidades de saúde oferecem atendimento, por isso, uma das propostas é que haja mais um turno de atendimento para que possa receber homens e mulheres que, por motivo de trabalho, não conseguem acessar o serviço público de saúde.

Belém, Ananindeua, Cametá, Bragança, Marabá e Parauapebas são os municípios paraenses que exigem preocupação pela grande incidência da doença. Por isto, em todos eles está havendo a mesma dinâmica de trabalho com a gestão, equipe técnica e ACSs. Em alguns deles, os conselhos municipais de saúde voltados para o público afetado também estão sendo chamados para a discussão.

“A ideia é construir um plano de ação regionalizado com informações de cada município, para depois juntar e fazer um plano estadual e posteriormente passar essas informações a nível federal”, sugere Marília Medeiros, mensurando que até o final de agosto o relatório deve estar pronto. Enquanto isso não seja concluído, outras ações em favor da prevenção devem acontecer nos municípios, já estando previsto para Parauapebas um evento para orientação sobre cuidados da mulher paraense e outro de combate específico da sífilis direcionado para os profissionais.

 

Saiba mais sobre sífilis congênita – Trata-se da transmissão da doença de mãe para filho. A infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê, quando este nasce gravemente doente. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal. Quando o resultado é positivo, é importante tratar corretamente a mulher e seu parceiro. Só assim se consegue evitar a transmissão da doença.

Sinais e sintomas – A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal.

O diagnóstico se dá por meio do exame de sangue e deve ser pedido no primeiro trimestre da gravidez. O recomendado é refazer o teste no 3º trimestre da gestação e repeti-lo logo antes do parto, já na maternidade. Quem não fez pré-natal, deve realizar o teste antes do parto. O maior problema da sífilis é que, na maioria das vezes, as mulheres não sentem nada e só vão descobrir a doença após o exame.

Tratamento – Quando a sífilis é detectada, o tratamento deve ser indicado por um profissional de saúde e iniciado o mais rápido possível. Os parceiros também precisam fazer o teste e ser tratados, para evitar uma nova infecção da mulher. No caso das gestantes, é muito importante que o tratamento seja feito com penicilina, pois é o único medicamento capaz de tratar a mãe e o bebê. Com qualquer outro remédio, o bebê não estará sendo tratado. Se ele tiver sífilis congênita, necessita ficar internado para tratamento por 10 dias. O parceiro também deverá receber tratamento para evitar a reinfecção da gestante e a internação do bebê.

Reportagem: Francesco Costa | Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

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