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Professor de escolinha de futebol é condenado a quase 28 anos de prisão em Marabá

O Poder Judiciário condenou Ubiratan Ramos de Carvalho, conhecido em Marabá como Bira Ramos, responsável por escolinhas infantis de futebol por vários anos na cidade, a 27 anos e 10 meses de reclusão, soma de penas por duas acusações de estupro de vulnerável e uma pelo artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente: adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.

Preso desde abril deste ano, ele foi julgado nesta segunda-feira (19) pelo juiz Daniel Gomes Coelho, da Vara Criminal de Marabá, no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes. A acusação foi realizada delas Promotorias de Justiça da Infância e Criminal em parceria com as investigações da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Data), que tem à frente a delegada Ana Paula Fernandes.

Ao menos dois quintos da pena – mais de 10 anos – deverá ser cumprida em regime fechado, provavelmente no Centro Regional de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama), antes que o condenado possa progredir para o regime semiaberto. Ubiratan aguardava preso o julgamento por força de mandado de prisão preventivo, expedido pela Comarca de Marabá e cumprido pela equipe da Deam.

O Jornal Correio, de Marabá veiculou a notícia da prisão na época, realizada na escola de futebol dele, no Núcleo Cidade Nova. Essa, inclusive, foi a segunda prisão dele em decorrência de casos semelhantes, porém na anterior, em 2009, ele acabou absolvido das acusações. Neste ano, além de ser preso em cumprimento de mandado, ele ainda recebeu voz de prisão em flagrante, uma vez que a Polícia Civil encontrou imagens pornográficas envolvendo crianças no aparelho celular do condenado.

A delegada Ana Paula Fernandes relatou, na época, que um mês duas vítimas, uma criança de 8 anos e outra de 13, denunciaram Bira pelos crimes. A primeira vítima procurou diretamente o Ministério Público do Estado do Pará, onde fez a denúncia, sendo uma das alunas do projeto de futebol que afirma ter sido abusada mais de uma vez, em uma sala na própria escola. Já a segunda procurou a Polícia Civil e, conforme as investigações, foi aliciada no Residencial Tiradentes, onde o suspeito a teria levado até a casa de uma irmã e cometido o estupro. A delegada destacou, na época, que no aparelho celular havia vídeos de crianças em cenas de sexo explícito.

Sobre a condenação, a delegada Ana Paula Fernandes informou na noite desta segunda-feira (19) que a Data vem atuando com foco em casos de estupro de vulnerável. “A delegacia especializada quer mostrar para a população que existe punição e que não só esse caso do Bira Ramos como outros estão tendo uma condenação alta. Estamos com o sentimento de dever cumprido nesse caso específico, pois sabemos que ele vinha cometendo esse crime há anos e já havia sido absolvido anteriormente, mas agora conseguimos a condenação”, comemorou.

SAIBA MAIS

A reportagem tentou entrar em contato com o advogado que acompanhava o Bira Ramos no dia da prisão, porém ele não atendeu às chamadas e tampouco respondeu mensagens de texto enviadas para o número do seu celular. Na época, ele afirmou que a defesa não iria se manifestar por enquanto, uma vez que o processo corria em segredo de Justiça. Cabe recurso da decisão judicial.

Reportagem: Luciana Marschall / Grupo Correio de Comunicação

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