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Projeto da Ferrovia Paraense é apresentado em Redenção

Um dia depois de Santana do Araguaia foi a vez do município de Redenção receber a Reunião Técnica do projeto da Ferrovia Paraense. O auditório do Sindicomércio recebeu um grande público nesta quarta-feira, 16, para ouvir do secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, Adnan Demachki, a apresentação do projeto da ferrovia. O evento contou com a presença do vice-governador Zequinha Marinho; do secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Giovanni Queiroz; do deputado estadual Gesmar Costa; dos prefeitos Carlos Javé (Redenção), Jair Martins (Conceição do Araguaia), Fredson da Silva (Pau D’Arco) e Paulinho Dias (Rio Maria).

O secretário apresentou detalhes sobre o avanço do projeto desde o início, há três anos, assim como os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, as tratativas do governo do Estado com o governo federal e os avanços conquistados nos últimos meses.

O público presente, formado por produtores rurais, comerciantes, cidadãos dos municípios de Redenção, Xinguara, Rio Maria, Cumaru, Conceição do Araguaia e Pau D’Arco, apresentou dezenas de perguntas sobre o projeto. Perguntado sobre licenciamentos ambientais e possíveis entraves sociais e jurídicos no trajeto da Ferrovia Paraense, Demachki salientou que a linha não passa por áreas indígenas ou quilombolas, tampouco florestas densas ou áreas de preservação. “Sempre foi uma preocupação do Governo do Estado ter um empreendimento que respeitasse as comunidades tradicionais e com o menor impacto possível”.

Entre os presentes, a expectativa pelo empreendimento mostrou-se grande. “Um dos problemas que se tem para ampliar a produção agrícola do sul e sudeste é a logística. O modelo rodoviário é muito caro. Uma ferrovia irá diminuir substancialmente esse custo. Vai melhorar a rentabilidade do produtor, aumentar a produtividade, gerar empregos e riqueza. É uma ação de governo que vai viabilizar que a região seja um dos principais polos agrícolas do país”, comentou Luciano Guedes, produtor agrícola e vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).

Vitório Guimarães da Silva, produtor agropecuário nos municípios de Santana do Araguaia, Redenção e Xinguara, também reforçou a importância do projeto da ferrovia. “Quem produz precisa de transporte, que até então é precário na região. Com a ferrovia poderemos triplicar a área plantada na região. Vai melhorar a produção, sem erro, e será extraordinário para o desenvolvimento da região caso consigamos implanta-lá”.

Para garantir a viabilização do projeto, já há compromissos de cargas que estão sendo firmados, especialmente para o trecho de Barcarena a Marabá. “Precisamos consolidar o projeto com compromissos de empresas que contratarão cargas no segundo trecho, o trecho sul, de Marabá a Santana do Araguaia”, disse o secretário Adnan Demachki.

Os prefeitos presentes e presidentes de entidades de classe da região decidiram se unir, independentemente de cor partidária, e se reunirão com as tradings de soja que estão estabelecidas no sul do Pará e norte do Mato Grosso, além das empresas do setor mineral.

A Ferrovia

A Ferrovia Paraense cortará o estado de sul a norte em 1.312 quilômetros, conectando-se com a Ferrovia Norte-Sul, permitindo que esta chegue até o Porto de Barcarena, que no Brasil é o mais próximo dos grandes mercados consumidores, como China, Europa e Estados Unidos.

O custo do projeto é estimado em R$ 14 bilhões, considerando investimentos na construção da própria ferrovia e de entrepostos de carga. O licenciamento ambiental está sendo conduzido por órgãos estaduais, com chance de o vencedor do certame assinar o contrato de concessão já com a licença em mãos.

A interligação da Ferrovia Paraense com a Norte-Sul, num trajeto de apenas 58 quilômetros entre Rondon do Pará e Açailândia (MA) – trecho final da Norte-Sul – abre caminho para uma nova alternativa de escoamento de carga em um porto paraense, e é um dos atrativos do projeto para a iniciativa privada. A Ferrovia Paraense cruzará 23 municípios do estado e terá capacidade de carga de até 170 milhões de toneladas/ano.

Reportagem: Tylon Maués

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