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QUADRIÊNIO: Entre 2011 e 2015, Parauapebas acumulará rombo econômico de R$ 7 bilhões

Não é preciso ter Nobel em Economia para saber que, na prática, a queda nas exportações em 2015 leva o Produto Interno Bruto (PIB) local – totalmente centrado na exportação das commodities minério de ferro e minério de manganês – a um encolhimento drástico para muito menos do que foi em 2011 e 2012.
A apuração de PIB dos municípios, divulgada anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sempre no mês de dezembro em moeda corrente (isto é, real – R$), é um estudo que apresenta defasagem de dois anos. Isso implica dizer que o resultado de PIB que será divulgado ao final deste ano corresponde a números de 2013.

O dado mais recente de que o município dispõe foi divulgado no final de 2014, referente a 2012.

Na trajetória econômica municipal, só para recapitular, Parauapebas vibrou por um feito inédito na história das grandezas econômicas do Pará em 2013: seu PIB (referente a 2011) ultrapassara o de Belém – o placar foi de R$ 19,9 bilhões (para a Capital do Minério) contra R$ 19,7 bilhões (para a Capital Paraense). Naquele 2011, ao ocupar o 25º lugar na lista dos municípios mais ricos do Brasil, lado a lado das principais praças financeiras do país, Parauapebas apresentou auge de tudo: do boom populacional, do mercado imobiliário, da arrecadação per capita e, principalmente, do preço pago lá fora pela tonelada de seu valioso minério de ferro.

Os empregos bombavam e tudo foi tão intenso que, dois ou três anos depois, o município – já no começo de uma crise – ainda estampava revistas e publicações de mídia Brasil adentro como um “centro de prosperidade” e bonança. O orgulho de superar Belém, todavia, durou pouco e acabou em 2014, com a apuração do PIB de 2012.

Acontece que o preço do minério em 2012 não teve o mesmo vigor que em 2011, o que levou a uma queda no valor das exportações, estas as quais são o motor que puxa a engrenagem da geração de riquezas na Capital do Minério. Por consequência, a economia parauapebense apresentou a maior queda nacional para um município, passando de R$ 19,9 bilhões em 2011 para R$ 16,7 bilhões em 2012 – um rombo de mais de R$ 3 bilhões. Este ano, quando sair o resultado do PIB de 2013, a economia deve ficar espremida entre os resultados de 2011 e 2012.

Mas o PIB de 2014 deverá ser decepcionante, porque o valor de dólar das exportações do ano passado foi o menor desde 2010.
Para 2015, o cenário é ainda mais assustador, a julgar pelos cinco meses já transcorridos. Isso porque as exportações de minérios genuinamente parauapebenses não devem ultrapassar a cifra de 4 bilhões de dólares, o que, na prática, somando-se aos demais setores econômicos locais geradores de riqueza, subtraindo-se os elementos deflatores e convertendo tudo em real, deve ficar em R$ 12 bilhões, uma perda desastrosa que não terá como ser evitada, nem mesmo com o dólar rompendo a barreira dos R$ 3. No frigir dos ovos, o ex-ricaço município do Pará agoniza.

Reportagem especial: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar
Foto: Arquivo

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