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Quantidade de tracajás tem aumento graças à parceria

A chegada do verão amazônico representa trabalho dobrado para os voluntários que atuam na ONG Movimento Educacional de Preservação da Amazônia (Mepa). Em julho inicia o período de desova das tartarugas e tracajás da Amazônia, estendendo-se até o mês de outubro. É a época de maior risco tanto para as fêmeas, quanto para os seus ninhos em função da caça predatória, que coloca em risco a reprodução e a perpetuação da espécie.

A Ong Mepa atua na preservação de tartarugas e tracajás (os quelônios da Amazônia), e na área de educação ambiental, voltada para as comunidades ribeirinhas, com foco no uso sustentável dos recursos naturais. A organização também atua no reflorestamento de áreas degradadas às margens dos rios da bacia Tocantins-Araguaia, no sudeste paraense.

César Peres, presidente da Mepa, explica que o trabalho é realizado o ano todo, mas em julho, os cuidados são redobrados em função de possíveis ameaças aos ninhos e às fêmeas. “Quando identificamos que o ninho está em área de risco, seja por predadores naturais ou pelo próprio homem, os ovos são manejados para bases do projeto, onde ficam incubados até o nascimento”. Os filhotes ficam nos ninhos artificiais e no berçário, onde passam pelo processo de aclimação, que é o período de quarentena para que eles tenham condições físicas adequadas às adversidades naturais que irão enfrentar no habitat natural”, explica.

Peres esclarece que a proteção das fêmeas também precisa ser redobrada porque elas ficam mais vulneráveis no período de desova e, para isso, o trabalho de conscientização é muito importante. “Ao conscientizarmos as pessoas, ganhamos aliados na proteção de espécies ameaçadas”, enfatiza .
Desde 2004, quando foi criada, a Ong já devolveu à natureza mais de 70 mil filhotes de tartarugas e tracajás. Deste total, foram soltos mais de 39 mil apenas nos dois últimos anos com o apoio da Vale, através do projeto Aços Laminados do Pará (Alpa).

César Peres destaca que o apoio da mineradora possibilitou o aumento das atividades ambientais da Ong. “O convênio com a Alpa inclui fomento, preservação e conservação de quelônios com técnicas de manejo sustentável de monitoramento de desova e nascimento, além de programa de sensibilização das comunidades ribeirinhas”, diz ele.
No ano passado, aproximadamente 24 mil filhotes de quelônios foram devolvidos à natureza, nos rios de Marabá e Itupiranga, quase o dobro da soltura realizada em 2011, quando foram soltos à natureza cerca de 15 mil filhotes.

A Vale, por meio da Alpa, vem apoiando o projeto de preservação dos quelônios desde 2011. “Essa iniciativa é tão importante na questão educacional quanto no repovoamento das espécies, onde o principal predador, (o homem) torna-se multiplicador da cultura de preservação e conservação, evitando ações predatórias”, avalia o analista de meio ambiente da Alpa, Klênio Santiago, que acompanha o projeto de perto.

Reportagem: Ulisses Pompeu

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