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Sespa equipa comitê que vai atuar no combate ao mosquito Aedes Aegypti

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), está adquirindo inseticidas, mosquiteiros, carros e vários outros insumos e equipamentos que irão ajudar no combate ao mosquito Aedes Aegypti no Estado. O investimento faz parte do plano de ação criado para combater o avanço das doenças causadas pela picada do inseto: febre amarela, dengue, zika vírus e chikungunya.

No dia 17 de dezembro, foi publicada no Diário Oficial do Estado portaria criando o Grupo Técnico Condutor, de caráter consultivo, a fim de auxiliar na definição de diretrizes estaduais de vigilância, prevenção e controle das emergências para o enfrentamento das doenças, e no acompanhamento e avaliação de ações desenvolvidas pela Sespa e instituições envolvidas. “O governo federal decretou estado de emergência nacional, e com isso todos os Estados precisaram criar medidas próprias de combate ao mosquito também”, explica o secretário de saúde, Vitor Mateus.

O comitê é composto por pessoas, vinculadas a instituições públicas e privadas, envolvidas em eventos de enfrentamento das quatro doenças no Pará. Fazem parte deste projeto: Diretoria de Vigilância em Saúde, Departamento de Controle de Doenças Transmissíveis por Vetores, Departamento de Epidemiologia, Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), Assistência Pré-Hospitalar e Hospitalar, Coordenação Estadual de Mobilização Social, Diretoria de Políticas de Atenção Integral à Saúde, Laboratório Central do Estado (Lacen) e Instituto Evandro Chagas. O Exército também deve participar da campanha.

Coordenação – Buscando executar ações que freiem o avanço do mosquito no Estado, o Grupo Técnico está responsável por elaborar protocolos e fluxogramas e programar planos diretores, preventivos, de contingência e de ação da área da saúde para atuação em situações de emergências.

Ainda segundo a portaria, é de responsabilidade da equipe apoiar os municípios na estruturação das vigilâncias em saúde; elaborar um Plano de Ação; fazer o monitoramento, acompanhamento e avaliação da atuação no enfrentamento ao mosquito; manter atualizadas e disponíveis informações relacionadas às situações de saúde no âmbito estadual da febre amarela, dengue, zika vírus e chikungunya; além de implantar um banco de dados e elaborar os mapas temáticos quanto às ameaças, vulnerabilidade e riscos decorrentes desses vírus.

Ao todo, 100 agentes da Sespa estão responsáveis em supervisionar os serviços dos agentes de endemias dos municípios dando suporte, treinamento e orientações. O combate ao Aedes Aegypti, que pretende quebrar o ciclo do mosquito, deverá ser feito em duas etapas: a primeira ficará responsável em eliminar o inseto no estágio da larva. Este processo será durante o período chuvoso. Na época de menos chuva, o plano atacará o mosquito na fase de alado, ou seja, quando o Aedes Aegypt está na fase de jovem para adulto.

Vitor Mateus destaca ainda que cidades como Parauapebas e Altamira, apontadas pelo monitoramento da Sespa como áreas vermelhas de incidência das doenças, vão receber atenção redobrada no combate ao inseto.

Prevenção – Os vírus da dengue, chikungunya e zika levam a sintomas parecidos, como febre e dores musculares, mas as doenças têm gravidades diferentes, sendo a primeira a mais perigosa. A dengue, que pode ser provocada por quatro sorotipos diferentes do vírus, é caracterizada por febre repentina, dores musculares, falta de ar e moleza. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e pode levar à morte.

O chikungunya caracteriza-se principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre dez e 15 dias, mas as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. Complicações sérias e morte são muito raras. Já a febre por zika vírus leva a sintomas que se limitam a, no máximo, sete dias, sem deixar sequelas. Não há registro de casos de morte provocados pela doença no Pará. O tratamento para a zika é apenas paliativo, de suporte e de correção de sequelas. Logo, é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor. A Sespa também deixa claro que a preocupação com a zika segue os mesmos procedimentos em relação à dengue e chikungunya.

Recomendações – O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus zika e o surto de microcefalia no Nordeste do país. A confirmação foi possível a partir da identificação do Instituto Evandro Chagas, que detectou a presença do vírus em amostras de sangue e tecidos do recém-nascido que morreu no Ceará com suspeita da doença. Aos gestores e profissionais de saúde, a Sespa orienta que todos os casos de microcefalia sejam notificados imediatamente por meio de um formulário eletrônico e que também sejam reforçadas as ações de prevenção e controle vetorial em áreas urbanas e peri-urbanas, conforme estabelecido nas Diretrizes Nacionais de Programa Nacional de Controle da Dengue.

É importante que as gestantes mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal nos serviços de saúde. Além disso, a orientação é que elas evitem o consumo de bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não usem medicamentos sem orientação médica e evitem contato com pessoas com febre ou infecções. A vulnerabilidade do feto tem maior risco no primeiro trimestre de gestação.

A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma má formação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é importante para identificar oportunamente a associação com o zika, e imediatamente tomarem-se as medidas de controle.

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