Pesquisar
Close this search box.
Pesquisar
Close this search box.

Vigilante de escola municipal de Parauapebas tem obra infantil publicada

Uma história que inspira e enche de orgulho Parauapebas. Francisco Rodrigues do Nascimento, de 50 anos, vigilante patrimonial da Escola Benedito Monteiro, que fica localizada no bairro Guanabara, é o autor da obra: “A Coruja Vaidosa e Outras Histórias”, publicada em 2015, pela Editora Protexto, de Curitiba (PR).

Na obra, o autor conta que os bichos também estão inseridos no mundo da tecnologia. “O livro contém 10 historinhas distintas; começa com a coruja e termina com o menino que contava as estrelas, um garoto que cresceu na cidade grande, que vai passar um período na roça, no interior, e acaba vendo que a vida no interior não era nada daquilo que ele pensava. Quando volta para a cidade, o garoto retorna com outra mentalidade”, explica, completando que “assim como a cidade grande tem suas belezas, o interior também tem o seu valor, a sua riqueza”.

Temas importantes no âmbito social, relacionados ao preconceito e bullying na escola também são abordados.

História de vida

Francisco do Nascimento veio para Parauapebas, em 2008, e trabalha como vigilante desde 2013, no anexo da Escola Benedito Monteiro, onde funciona o Programa Mais Educação. Nascido na cidade de Esperantinópolis, no estado do Maranhão, Francisco foi criado sem pai, que saiu de casa quando ele tinha apenas cinco anos de idade. Ele conta que sempre teve gosto pela leitura e que escrever é, na verdade, um dom. É apaixonado por obras clássicas de escritores como Machado de Assis, Graciliano Ramos e José de Alencar.

O interesse de escrever para crianças surgiu da ideia de uma professora da escola onde ele trabalha. “A professora perguntou por que eu não tentava escrever algo para o público infantil. Já tinha publicado um livro de poemas e outros de romances para adultos. Foi aí que eu pensei nessa possibilidade”, conta Francisco.

O autor de “A Coruja Vaidosa e Outras Histórias” começou a frequentar a escola aos 12 anos de idade, no Maranhão, quando pode ser alfabetizado. “Não tinha aula; professor, para dar aula no interior, naquela época, era difícil. Andávamos quilômetros e quilômetros para chegar na escola. Apesar de toda dificuldade, fui alfabetizado, terminei o ensino fundamental, concluí o ensino médio e, hoje, tento concluir a faculdade de Letras que, por problemas financeiros, não tenho conseguido manter. Mas, estou tentando. Faço o curso a distância; comecei presencial, mas tinha problemas por causa do meu serviço; faltava muito às aulas por causa do trabalho”, diz.

Francisco Rodrigues do Nascimento também é autor do livro “Relicário”, de 2014. Planos para 2016 são muitos; um deles é outro projeto de uma nova obra literária. “Estou tentando ver com uma editora de São Paulo, caso tudo dê certo, a editora poderá distribuir para todo o Brasil. Meu grande sonho é me tornar bastante conhecido com o que escrevo, embora, eu não me considere como um escritor comercial, mas, como alguém que escreve para externar o que sente. Quero conseguir um grande público através disso”, almeja.

Reportagem: Jéssica Borges/Ascom

Qual sua reação para esta matéria?
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0
+1
0
Ei, Psiu! Já viu essas?

Deixe seu comentário