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Prefeitura se prepara para agenciar o desenvolvimento local

“Sabemos que, com determinação e muito trabalho, vamos atingir as metas propostas e proporcionar a melhoria de qualidade de vida do nosso povo, suprindo Parauapebas de equipamentos sociais e urbanos à altura de sua magnitude de desenvolvimento. Esse é o nosso compromisso”, afirma Valmir Mariano, Prefeito de Parauapebas.

De olho nos 500 mil habitantes: Com o objetivo de dotar a cidade de infraestrutura social e econômica capazes de suprir suas deficiências atuais e projetar serviços e equipamentos públicos que atendam às exigências futuras, quando a população do município alcançar a marca de meio milhão de pessoas, a gestão atual lançou recentemente o Programa de Desenvolvimento Estrutural (PDE).

O PDE está orçado em 2,5 bilhões de reais e tem como metas: contribuir para o desenvolvimento acelerado e sustentável da cidade transformando a qualidade de vida das pessoas; promover o crescimento e a diversificação da economia com vistas à geração de emprego e renda e acesso aos serviços públicos além de combater às desigualdades sociais.

Estão previstas as seguintes ações estruturantes: melhoria na infraestrutura urbana, investimento em habitação de interesse social e construção de equipamentos públicos. Em relação à diversificação econômica, destacam-se as ações que permitirão o desenvolvimento de negócios voltados para verticalização da produção mineral, atraindo para a cidade indústrias tais como da linha branca e automobilística.

Parauapebas ‘original’ é muito mais rico do que se imagina

Acontece que, após o dia 10 de maio de 1988, data de sua emancipação do domínio de Marabá, Parauapebas deu origem a dois outros municípios e, por isso, perdeu muito e ganhou muito. A intensidade do lucro ou do prejuízo depende do interesse dos envolvidos e da ótica a partir da qual for analisada.

Em 1991, a Lei de número 5.694, do dia 31 de dezembro daquele ano, deu vida ao primeiro bebê de Parauapebas: Água Azul do Norte. Três anos mais tarde, na gestação de 5 de outubro de 1994, por força da Lei 5.860, veio o caçula: Canaã dos Carajás.
Foram partos de alívio à época, visto que hoje, ter um município com quase o triplo do tamanho para administrar, com povoados e vilas espalhados pelos quatro pontos cardeais, não seria brincadeira.

PERDAS
Parauapebas perdeu parte das riquezas que mais lhe fazem felizes com a emancipação de suas crias, e só foi saber disso décadas depois, não obstante terem ficado consigo os minérios de ferro e manganês. Ao entregar Água Azul do Norte, em 1991, foi embora junto a área onde hoje está instalado o projeto Onça Puma, uma verdadeira mina de dinheiro sobre uma reserva de ferro-níquel e cujas terras pertenciam, inicialmente, ao município de Água Azul, mas, por questões políticas, foram parar em Ourilândia do Norte, que até bem pouco tempo lucrava entre R$ 3 e 4 milhões mensais com arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM).

Ao abrir mão de Canaã dos Carajás, em 1994, Parauapebas perdeu sem querer, querendo, a mina de cobre do Sossego e aquele que em breve fará de Canaã um superParauapebas: o megaprojeto S11D, o mais novo xodó da mineradora Vale e no qual ela está centrando forças. Só com o cobre que hoje faz a alegria de Canaã dos Carajás, Parauapebas deixou de faturar nestes anos todos cerca de R$ 200 milhões. Em 2012, Canaã recolheu em royalties de mineração quase R$ 37 milhões.
E há mais leite derramado. Além de perder as commodities minerais (níquel em Água Azul do Norte; cobre e ferro em Canaã), Parauapebas também perdeu terreno para esparramar a pecuária, a maior fonte de sobrevivência de Água Azul do Norte. Isso porque nas terras água-azulenses pastam neste momento 546 mil bois e vacas, praticamente 20 cabeças de gado por habitante e quatro vezes o rebanho de Parauapebas. Hoje, o município que teve seu níquel anexado ao vizinho é grande exportador de carne desossada, um negócio que lhe dá visibilidade mundo afora e que, no ano passado, valeu mais de 15 bilhões de dólares.

Em Canaã, a relação com o mundo exterior tem sido a melhor possível. O cobre do município está em total sintonia com a Bulgária, Coreia do Sul, Alemanha, China, Índia e Suécia, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O caçulinha de Parauapebas saiu do anonimato no final da década de 2000 para tornar-se hoje o 4º maior exportador paraense – atrás de sua mãe, de Barcarena e de Marabá – e o 83º município brasileiro de prestígio internacional, com R$ 144,6 milhões fechados em negócios de concentrado de cobre com os gringos apenas nos três primeiros meses deste ano. Os três juntos, exportando como um só, seriam imbatíveis na balança comercial brasileira.

Atualmente, se seus dois filhos estivessem sob sua batuta, Parauapebas teria um impressionante Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 17,7 bilhões e estaria pau a pau com Belém, cujas riquezas somam R$ 18 bilhões. Seria uma ameaça à hegemonia da capital paraense, que certamente tombaria na apuração de PIB deste ano realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
E mais: se hoje Parauapebas é, sozinho, o 33º município mais rico do Brasil, de posse de Canaã e Água Azul, ele avançaria quatro posições, deixando para trás quem o incomoda na escalada ao topo, a saber: Santo André (SP), com PIB de R$ 17,3 bilhões; Ribeirão Preto (SP), R$ 17 bilhões; Canoas (RS), R$ 16,5 bilhões; e Sorocaba (SP), R$ 16,1 bilhões. Ninguém iria segurar a trindade, que se encostaria na capital maranhense, São Luís, e daí para atropelar Belém seria apenas um projetinho de R$ 300 milhões, algo que a mineração no trio movimenta em apenas um mês.

GANHOS
Nem tudo são flores, entretanto. Se continuasse unida, Parauapebas sofreria com pressões políticas e de movimentos sociais e seria praticamente inviável cuidar de 230 mil habitantes a ermo, num espaço em que seus extremos chegariam a 500 quilômetros em linha reta.
Nesse mesmo espaço gigante, de mais de 17 mil quilômetros quadrados, praticamente do tamanho do município de Marabá, a floresta seria sua perdição, literalmente. Parauapebas “grande” teria cerca de 9,4 mil quilômetros quadrados de área de mata intacta e iria à loucura para tentar deter a sanha dos vilões da floresta, que atualmente atacam Água Azul do Norte, sendo a agropecuária sua faceta mais voraz. O próprio rio que lhe emprestou o nome, o Parauapebas, nos dias atuais sofre as dores da ausência de fiscalização ambiental por parte dos órgãos competentes. Assoreamento e poluição são apenas parte de um drama que vai além dos olhos, como a perda de diversidade de ictiofauna e afugentamento de espécies outras que dependem do rio, como jacarés, ariranhas, lontras, capivaras e sucuris. Com três corpos num só município, o descontrole do processo seria total, dadas as distâncias a percorrer.

Com grandes projetos anunciados para Canaã dos Carajás, este município tem captado para si alguns habitantes e problemas de Parauapebas. Todos os dias, a vizinhança desembarca por lá levando na mala a esperança de conseguir um lugar à sombra na fronteira da mineração. Os problemas vão a reboque, na mesma bagagem, denotando que a relação familiar entre ambos os municípios é problemática por natureza. O detalhe é que, se os três municípios do Parauapebas original vivessem uma só vida, firmes e fortes, eles comporiam um dos maiores bolsões de pobreza do Pará.
O Parauapebas inicial teria hoje quase 45 mil pessoas vivendo na miséria e na indigência, dez mil delas passando fome em algum lugar do grande território. A vantagem de cada um ter tomado seu rumo foi a deslocalização da pobreza para a localização individual: cada qual cuidando do seu quadrado.

Além do mais, o Parauapebas de hoje, se fosse o grande, não estaria no topo dos índices de qualidade de vida e desenvolvimento em nível de Pará, já que seus pontos negativos se somariam aos de seus filhos, donos de índices relativamente piores e muito mais agressivos.
O grande Parauapebas, neste raiar de 25 anos, estaria quatro vezes mais lotado e com uma renda média mais baixa, sem falar dos problemas graves em saúde pública que fariam convergir a sua sede urbana todas as mazelas e enfermidades espalhadas em suas entranhas.

Ainda assim, o Parauapebas único, esse que restou, é ganancioso e vaidoso por números pujantes. Os administradores, que, com tantos recursos, pouca coisa fizeram em benefício da população, bem que gostariam de ter, hoje, o níquel de Onça Puma e a farra do boi em Água Azul, assim como o cobre do Sossego e o ferro de S11D, em Canaã.
Os sucessivos gestores de Parauapebas parecem ter herdado de ingleses o espírito de pirata para saquear as riquezas e sempre procurar o mar de onde sai mais, sem saber o que fazer com o que já eles têm disponível e, bem assim, vivendo perigosamente e vendo afundar tudo o que ajuntaram, sem dar a devida destinação ao tesouro.
Desta feita, não há mina de dinheiro que dê conta, tampouco terras a mais e terras de menos para resolver problemas graves e crônicos que perturbam e florescem diariamente, indiferentes a pouca idade e a muita riqueza.

Reportagem: André Santos

História de Parauapebas vai além das aparências

 

Os índios Xikrin, por exemplo, que já ocupavam a Terra Indígena Cateté nas cercanias da Floresta Nacional (Flona) de Carajás, circularam bastante pelo chão de Parauapebas até se fixarem. Aliás, a peregrinação deles – que eram cerca de 280 indivíduos no início da década de 1980 – está para além de quando a mineradora Vale começou a se movimentar para implantar o Programa Grande Carajás (PGC) na mesma década.
Também, o resumo da ópera não é a aterrissagem do geólogo Breno Soares em Carajás, em 1967, quando detectou haver no então pedaço de terras pertencentes a Marabá (hoje Parauapebas) jazidas de minérios de ferro e manganês.

Então, quando se inicia a “descoberta” de Parauapebas, de fato? A resposta pode ser encontrada em duas importantes áreas da ciência: a Economia e a Ecologia. E não se deve esquecer o fato de que a unidade territorial em que atualmente se assenta o município era parte de Marabá, daí a história real precisar romper as fronteiras geográficas e temporal e ser analisa com critério para que ninguém seja desmerecido em medalha de jubileu.

SÉCULO RETRASADO
Tudo começa em 1872, quando os primeiros nordestinos migrantes (que fugiam das condições de extrema pobreza no Maranhão e da seca no Ceará e no Piauí) e a população já existente se movimentaram no trabalho de extração de látex e de coleta de castanha-do-pará. Eles deram os primeiros passos dentro da mata cerrada, entre vales, serras e colinas, existentes no pedaço do então território de Marabá, hoje Parauapebas.
Entre 1898 e 1919, a infraestrutura montada na época da borracha foi gradativamente transferida para a exploração da castanha, o que foi possível devido ao fato de serem atividades econômicas do mesmo tipo. De acordo com registros de historiadores, os trabalhadores seguiam em caravanas e montavam acampamentos dentro da floresta, mas não suportavam as condições inóspitas do ambiente, que tinha mosquitos para todos os gostos e que lhes acertavam com doenças, por vezes, mortais. As feras da mata e dos pântanos à beira do Rio Parauapebas, como onças, jacarés, sucuris e piranhas, também afugentavam e faziam os trabalhadores desistirem, já que aquele universo era completamente desconhecido, perigoso e diferente da região de onde haviam migrado.

FOTO PIONEIRA
Primeira imagem em Parauapebas é de um tamanduá

Nas duas primeiras décadas do século 20, é registrada outra frente de ocupação do atual Parauapebas, quando aportaram em Marabá diversos migrantes que tomaram o rumo da selva paraense, descendo o Rio Tocantins, para trabalhar caçando caucho, árvore da qual se extrai o látex para fabricação de borracha, produto tão valioso naquele momento.
Ao mesmo tempo, muitos ambientalistas, ecologistas e curiosos também fizeram parada em Marabá, via Rio Tocantins, para desbravar a natureza selvagem da região. Conforme o livro “Fauna da Floresta Nacional de Carajás: Estudos Sobre Vertebrados Terrestres”, uma produção inédita de autoria de diversos biólogos da região e do país, a primeira e mais antiga foto de um animal da região é a de um tamanduá-mirim tirada em 1920, na Flona de Carajás, por pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Como a Flona se localiza no município de Parauapebas, e não há registro fotográfico mais antigo, a imagem do tamanduá é pioneira no município. Ela constaria dos arquivos do MPEG.

Ainda na década de 1920, as frentes migratórias para Marabá e que permitiram uma movimentação mais intensa em Parauapebas tinham como foco a extração e comercialização da castanha-do-pará. Nesse período, prevaleceu a migração temporária, em razão da safra da castanha, e os principais indivíduos que circularam nas terras parauapebenses saíam do Baixo Tocantins, no Pará; do então norte do Goiás, hoje Tocantins; e de várias regiões do Maranhão – deste último Estado em maior número.

Na década de 1930, foi registrada nova frente de migração, realizada por garimpeiros que procuravam diamante nos pedrais do Rio Tocantins e, depois, avançavam aos rios Itacaiúnas e Parauapebas. Todos esses migrantes chegavam primeiramente ao burgo de Marabá, que naqueles anos tinha não mais que 3 mil habitantes e 460 habitações, praticamente todas de palhoça e de taipa, conforme escreve o pesquisador Otávio Guilherme Velho em seu livro “Frentes de Expansão e Estrutura Agrária: Estudo do Processo de Penetração numa Área da Transamazônica”.
O mesmo rio por onde maranhenses, goianos e outros paraenses chegavam a Marabá, o Tocantins, o conduziam ao Rio Itacaiúnas, que deságua no Tocantins; e do Itacaiúnas ao Rio Parauapebas, já que este deságua naquele. Via Rio Parauapebas, que cortava a parte de terras que pertenciam ao município de Marabá, coletores de castanha, seringueiros e garimpeiros chegavam e se instalavam no solo parauapebense.

Entre 1939 e 1945, período da Segunda Guerra Mundial, o movimento Parauapebas adentro foi intenso, especificamente na porção norte do município atual. Isso porque a propaganda do governo Vargas, com vistas a atrair trabalhadores nordestinos para a produção de borracha na Amazônia, instaurou o imaginário sobre a Amazônia como “terra prometida”.
A pesquisadora Maria Verónica Secreto, em seu artigo “A Fronteira Amazônica no Governo Vargas: Campanhas da Borracha e Mobilização de Trabalhadores”, descreve um dos cartazes do Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (Semta), do governo da época, o qual continha um mapa com braçais dirigindo-se para o Norte e uma frase de efeito: “Cada um no seu lugar!”.

DEVASSA
Soldados da borracha também marcharam a Parauapebas

Em Marabá e região, os moradores mais antigos geralmente têm algum parente que foi “soldado da borracha” e que, na procura do produto, se embrenhou nas matas de Parauapebas à procura de caucho e seringueira. A essa época, conforme Otávio Guilherme Velho, os maranhenses estavam deixando de migrar temporariamente para ocupar de vez as extensas terras de Marabá, de quem Parauapebas só ganharia alforria em 10 de maio de 1988.

Na década de 1950, o padre Barruel de Lagenest fez uma pesquisa em Marabá – a primeira de que se tem notícia – e constatou que 65% das pessoas que morriam eram maranhenses, 16% eram goianos e 10% eram piauienses. As mortes estariam relacionadas a doenças contraídas na mata durante os trabalhos de coleta de castanha e extração de látex nas porções oeste e sul do município, esta última porção onde hoje se encontra Parauapebas. As informações constam do livro de Lagenest, “Marabá: Cidade do Diamante e da Castanha”, datado de 1958. Até mesmo os “casórios” da época já eram dominados pelos maranhenses, que respondiam, também, por 65% das uniões na região.

Aliás, os maranhenses posteriores que se instalaram de norte a sul no município de Marabá e, bem assim, em Parauapebas, passaram a desempenhar trabalhos na lavoura e nos castanhais da região. A pesquisadora Maria Antonieta da Costa Vieira nota em sua dissertação de mestrado em Antropologia, “Caçando o Destino: Um Estudo Sobre a Luta de Resistência dos Posseiros do Sul do Pará”, que nos estados do Maranhão e do atual Tocantins ocorriam a concentração fundiária e o seu uso especulativo em função da abertura da Rodovia Belém-Brasília, o que implicou a expulsão de camponeses que migraram ao sudeste do Pará à busca de terras devolutas e de matas para o desenvolvimento da agricultura de subsistência. Isso significa que muitos dos migrantes maranhenses no Pará são frutos da diáspora nordestina intergeracional.
Em Parauapebas, isso é refletido por meio de migrantes maranhenses com idade superior a 60 anos, embora não seja regra. A atração de maranhenses pelo município na atualidade deve-se, entretanto, ao fator mineração, que, direta e indiretamente, fez a população dobrar entre 1991 e 2000 e, mais uma vez, dobrar entre 2000 e 2010, quando ocorreram os censos oficiais.

Aí, chega-se a 1960, década quando ocorre a história em que o geólogo chega a Carajás, “descobre” o minério e todo o resto recontado a cada aniversário municipal. Embora se registre que “os primeiros habitantes” chegaram em 1981 e que a conformação da sede urbana por parte da mineradora Vale tenha incentivado a mobilidade humana na região, é bom lembrar que a própria Vale patrocina o livro “Fauna da Floresta Nacional de Carajás: Estudos Sobre Vertebrados Terrestres”, no qual é relatado o fluxo a Parauapebas de vários pesquisadores e auxiliares de campo que se embrenharam nas matas do município, no final dos anos de 1960 e durante toda a década de 1970, para produzir diagnósticos ambientais relativos ao licenciamento de projetos de mineração.
Ressalte-se que todo o histórico registrado pela literatura sobre Parauapebas, para antes de 1967, leva em consideração o município em sua formação inicial, a qual compreendia as terras de Água Azul do Norte e Canaã dos Carajás. Não é demais lembrar que o município atual sofreu redução de 10.260,37 quilômetros quadrados a partir de 1991, com o desmembramento dos municípios de Água Azul e Canaã – este último em 1994.

Reportagem: André Santos

Parauapebas, uma cidade de empreendedores

“Logo de início já sentimos que ia dá certo, as mercadorias saíam muito rápido. Durante todo esse tempo somente em um ano o nosso faturamento foi menor que ano anterior, foi na época em que a Vale foi privatizada”, informou o empresário. Esse exemplo retrata a conquista de vários outros empreendedores que apostaram na cidade, que investiram e que já obtiveram retorno.

Esse lado empreendedor de Parauapebas se fortalece a cada dia, é o que afirma o gerente do Sebrae Raimundo Nonato de Oliveira. “Eu vejo aqui um microclima de forte empreendedorismo e a sua dinâmica é envolvente”, cita Raimundo quando se refere aos alunos da Universidade Federal Rural da Amazônia, polo de Parauapebas, vencedores do Desafio Sebrae internacional, em março desse ano.

Os números comprovam essa tendência, até 24 de abril desse ano, 2.399 pessoas atuavam como Microempreendedores Individuais (MEI), o que representa 3% desse tipo de registro empresarial em todo o Pará, e a procura aumenta a cada dia, de acordo com o gerente do Sebrae.
O empreendedorismo é despertado pelas oportunidades que a cidade apresenta, a revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios, por exemplo, aponta Parauapebas como uma das melhores cidades brasileiras, entre cem e duzentos mil habitantes, para se abrir um negócio, já a revista Exame diz que o mercado é ávido por serviços nas áreas de educação, saúde e lazer.

BANCO DO POVO
De acordo com o diagnóstico sócio econômico produzido pela Fadesp a pedido da Prefeitura no ano de 2011, há um alto índice de formalização das empresas de pequeno porte na cidade.

Para aumentar ainda mais esse índice e fomentar muito mais o empreendedorismo, a prefeitura disponibiliza crédito para pessoas físicas ou jurídicas que se interessam em montar um negócio ou que já possuem, por meio do Banco do Povo. Até 2012, o banco disponibilizou em média 200 créditos por ano, e a meta da gestão atual é ampliar para 500.

Hoje, são gerados 737 empregos diretos e 2850 indiretos, com a ampliação do atendimento a previsão é que esses números dupliquem. Além do crédito, os empreendedores recebem orientação técnica quanto ao desenvolvimento do negócio e implantação de controles diversos. Toda a estrutura do órgão assim como os valores financiados são de recursos próprios da Prefeitura.

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