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Programação Semanal (12/07 à 18/07/2013)

Programação Semanal
(12/07 à 18/07/2013)
Olá Bariloche, Esse é um e-mail do Portal Circuito Cinemas com a programação semanal do cinema que você freqüenta. Escolha seu filme e tenha uma ótima diversão.
Programação Circuito Parauapebas (Parauapebas-PA)
FilmeClas.Horário
Guerra Mundial Z14a.Dub. – 19h00, 21h30
Meu Malvado Favorito 2Liv.Dub. – 13h00, 15h00, 17h10, 19h20, 21h30
O Cavaleiro Solitário (Estreia)14a.Dub. – 14h00, 17h20, 20h30
O Homem de Aço (Estreia)12a.Dub. – 14h40, 18h00, 21h00
Truque de Mestre12a.Dub. – 14h00, 16h30
IngressosSALA TRADICIONAL
Seg., ter. e qui (exceto feriado):
R$ 16,00 (int.) e R$ 8,00 (meia)
Qua. (exceto feriado):
R$ 14,00 (int.) e R$ 7,00 (meia)
Sex. à dom. e feriado:
R$ 18,00 (int.) e R$ 9,00 (meia)

SALA 3D
Seg., ter. e qui (exceto feriado):
R$ 22,00 (int.) e R$ 11,00 (meia)
Qua. (exceto feriado):
R$ 18,00 (int.) e R$ 9,00 (meia)
Sex. à dom. e feriado:
R$ 26,00 (int.) e R$ 13,00 (meia)

 

Parauapebas: pobre cidade rica do Brasil

 

Poucas pessoas fora do Pará (e até muitas dentro do próprio Estado) desconhecem por completo a existência de Parauapebas. Nem por isso a proclamação ufanista deixa de ser verdadeira, para surpresa geral de quem leu o anúncio (e lê esta coluna).
Os números apresentados pelo encarte de propaganda atestam que Parauapebas é a 33ª cidade mais rica do país, considerando-se o Produto Interno Bruto. Seu PIB, de 2,1 bilhões de dólares, já é o segundo, maior do Pará, equivalendo à soma das riquezas produzidas pelos Estados do Acre, Roraima e Amapá, todos da região norte do Brasil.
Já o PIB/per capita de Parauapebas (parte da riqueza que cabe a cada habitante do município) vai para o topo do ranking nacional. Deixa para trás São Paulo, que é a maior cidade do continente e das maiores do mundo, além da capital do país, Brasília. Parauapebas (nome do principal rio da região, inspirada em designação homônima de um rio de Minas Gerais) é também o município que apresenta o maior superávit na balança comercial brasileira.

Com todas essas grandezas, Parauapebas é a 4ª cidade do interior do Brasil com maior potencial de consumo. O prefeito Valmir Mariano, que assumiu o cargo em 1º de janeiro, fez o anúncio para declarar que vai aproveitar esse potencial, ao invés de desperdiçá-lo, como de regra. Sua administração acaba de lançar o Programa de Desenvolvimento Estrutural com horizonte de vigência até 2025, quando a população, hoje de 160 mil habitantes, deverá chegar a 500 mil.

Parauapebas se torna, assim, o primeiro município paraense (e um dos poucos no país) a tentar um planejamento de longo prazo em muitos e muitos anos. Nem a capital, Belém, possui uma ferramenta dessas. Não li o programa e por isso ainda não posso avaliá-lo.
O que se destaca logo é que a prefeitura parte para um programa, sem um plano, que lhe daria visão mais ampla e duradoura, se bem feito. Parece ser um contraste entre proposições “estruturantes” (conforme o jargão do momento) para uma década e meia de vigência e medidas de natureza administrativa, fiscal e tributária.

Os números de Parauapebas em apenas meio quarto século de vida política independente impressionam. Mais impressionante, contudo, é o contraste entre essas grandezas físicas e a realidade econômica e social do município. Se a prefeitura enriqueceu e os imigrantes mais bem qualificados que atraiu fizeram seu pé de meia, o cotidiano não expressa esses seus títulos de riqueza.
A explicação é óbvia: Parauapebas é a sede do maior empreendimento extrativista mineral do planeta. Os 120 milhões de toneladas de minério de ferro que Carajás exportou no ano passado multiplicaram as rendas que circulam na China, no Japão e em outros locais do mundo.

Mas não, na mesma proporção, a dos moradores de Parauapebas, cuja qualidade de vida está muito distante de corresponder às suas estatísticas físicas e econômicas. As grandezas que comemoram podem vir a ter a duração do apito do trem da Vale se essa rota de escoamento de seu grande recurso, não renovável, não mudar.
Não sei se o programa do prefeito Valmir Mariano aborda, enquadra e direciona esse aspecto. Mas sua propaganda em Veja o ignorou. A omissão frustra as esperanças das suas promessas e a credibilidade das suas palavras?

O cotidiano da cidade parece indicar que sim. Enquanto a periferia incha na pobreza, as áreas centrais da cidade exibem um fenômeno típico das grandes cidades: o congestionamento de carros. Só nesse aspecto é que, de fato, Parauapebas, com seus 150 mil habitantes, se aproxima da parte mais rica do Brasil.

Reportagem: Lúcio Flávio Pinto / Yahoo Notícias

Atraso de mais de duas horas marca abertura do JEP’S em Parauapebas

A cerimônia de abertura aconteceu por volta das 20h35min. Uma grande massa compareceu ao ginásio para prestigiar o evento que contou a presença de várias autoridades, entre elas, o prefeito Valmir Mariano, o presidente da Câmara de Vereadores Josineto Feitosa, o Secretário interino de Educação Shirlean Rodrigues, o Secretário de Esporte e Lazer Marcel Nogueira, o representante da Secretaria Estadual de Educação Lúcio Antônio Hackenhaar, Jorge Roberto (ASCOM), Kássio de Carvalho (ASCOM SEMOB), Rômulo Maia (Saúde), Gesmar Rosa (SAAEP), Rafael Cristo (DMTT), Daniel Barroso (SEMURB) e Janderson Rodrigues (VALE).

Um dos momentos mais aguardados da cerimônia de abertura do JEP’S foi a apresentação das delegações das cidades para todos os presentes no ginásio: Brejo Grande do Araguaia, Breu Branco, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado do Carajás, Goianésia, Jacundá, Marabá, Rondon do Pará, São Geraldo do Araguaia, Tucuruí e Parauapebas estão participando do evento esportivo.

A Tocha Olímpica, símbolo maior doas jogos foi conduzida pelo atleta paraolímpico Thiego Marques de 14 anos, baixa visão categoria B2 “Judô Sol” (uma das revelações do Judô Paraolímpico Brasileiro), o atleta deu a volta olímpica com a companhia do professor e técnico Antônio Sergio. O jogador João Sena fez o juramento do atleta.
Após toda a cerimônia de apresentação das equipes, o prefeito de Parauapebas Valmir Mariano declarou oficialmente aberto às disputas dos JEP’S 2013.

Os jogos aconteceram a partir desta quinta-feira (30) até domingo (2) de junho, dás 7 horas da manhã, ás 21h30min. Os locais de disputas serão as quadras: Colégio Chico Mendes, Novo Horizonte, Eduardo Angelim, Terezinha de Jesus e ginásio Poliesportivo. As modalidades em disputa são: Handebol, Futsal, Voleibol, Basquetebol, Tênis de Mesa e Xadrez.

Reportagem: Carlos Campos / Bariloche Silva

Parauapebas não ganha o suficiente pelo minério extraído do município

 

Parauapebas bate a cidade de São Paulo, coração financeiro nacional, em US$ 57.930.277,23 nas exportações, e enquanto regozija por dinheiro de sobra na balança, a capital paulista amarga déficit de US$ 1.617.906.534,22. Se serve de consolo, entre todos os 2.224 municípios exportadores, São Paulo é – apesar do saldo negativo na balança justificado por ser o maior importador nacional – o primeiro colocado em transações comerciais. Parauapebas é o oitavo.

Por aqui, os valores são gigantes para um município de apenas 172.689 habitantes e 49.788 empregos formais, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego para abril deste ano. A propósito, são poucos que produzem esses bilhões de dólares de Parauapebas. Dos quase 50 mil trabalhadores formais do município, só 13 mil, atualmente, extraem os minérios de ferro e manganês, as chamadas commodities que a mineradora Vale negocia lá fora.

A PORTAS FECHADAS
Avenida Graça Aranha, número 26, Centro da cidade do Rio de Janeiro. Grave bem esse endereço. Aí, num imponente edifício, a mineradora Vale mantém sua sede global e controla a vida econômica de Parauapebas, que é sua colônia de exploração e está a 2.695 quilômetros.

Tome nota deste outro: Edifício InterContinental Business Center, 50F, Zona de Yu Tong Road, Xangai, China. É lá, a 18.267 quilômetros da sede global e a 22 horas e meia de voo, onde brasileiros e chineses tomam chá, dão risadas, articulam, fazem concessões, traçam planos para Parauapebas, assinam contratos de longo prazo, apertam as mãos e fecham negócios. Não há lisura no processo. O luxuoso arranha-céu InterContinental, onde funciona o escritório da Vale na China, é responsável por despejar as maletas de dólares que partem do Oriente rumo ao Novo Mundo.

Todos os dólares metamorfizados a partir dos minérios de Parauapebas são negociados a portas fechadas. A China, desde o início da década de 2000, oferece tapete vermelho e sala com vidros de cristal à Vale para tudo fluir bem no submundo das operações com os minérios parauapebenses. Prefeito, vereadores e cidadãos do município jamais seriam convidados a acompanhar o escambo, e esse tipo de situação até arrepios causa à mineradora, para quem a presença de “estranhos” – e maiores interessados – a seus negócios seria uma atitude constrangedora.

A China tem pressa e é a mais gulosa pelo ferro de Parauapebas, que lhe apraz com 66% de hematita, o melhor teor “in natura” do planeta. Ela, sozinha, fechou com a Vale US$ 1.445.765.374,11 em negócios, entre janeiro e abril deste ano. Isso quer dizer que, de cada dois dólares que entram no Brasil oriundos das vendas dos minérios de Parauapebas, um foi pago por chineses. Nem mesmo a língua enrolada, devido ao mandarim, é suficiente para deter uma transação financeira pomposa, a qual ampliou de 47,04% em 2012 para 49,76% este ano.

Mas há muito mais gente afoita pelos minérios de Parauapebas. A fila é grande: tem japonês, tem francês, tem sul-coreano, tem alemão, tem italiano, tem holandês, tem taiwanês. Tem gente até de Omã, no Oriente Médio. Os Estados Unidos ficam praticamente no rabo da fila – 19º lugar entre 22 interessados – e este ano só valorizaram os minérios daqui com US$ 3.237.420,04 – uma mixaria para um país que, um dia, quis tudo sozinho.

NOS BASTIDORES
Na natureza, o ferro esconde-se no meio de um monte de terra e de outros minérios “sem valor” econômico (chamados estéril). Mas não é tão sem valor assim. Acontece que no complexo de Carajás, o mesmo de onde a Vale extrai os valiosos ferro e manganês, são encontrados também alumínio, cobre, níquel, zinco, cromo, titânio, fosfato, ouro, prata, platina, paládio, ródio, estanho, tungstênio, nióbio, tântalo, zircônio, terras-raras, urânio e diamante. Alguns desses bens minerais permanecem em quantidades ainda desconhecidas, já que não são o foco da mineradora e, portanto, não se faz necessário, em tese, gastar dinheiro com pesquisas de prospecção para dimensionar sua abundância e quantidade.

A própria Vale, em seu livro “Nossa História 2012”, admite haver essa mina de preciosidades quando afirma: “Em Carajás – e isso continua a ser descoberto no decorrer dos anos –, essa concentração e essa variedade de depósitos minerais se dá em níveis jamais imaginados. Coisa de quem, como definiu o primeiro-ministro chinês, ‘agradou os deuses'”.
Os principais órgãos de pesquisa mineral do país, como o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) também já apontaram haver um verdadeiro tesouro na região enterrado pela mãe natureza.

Por outro lado, quando o ferro é vendido ao exterior, por exemplo, não raro alguns desses “sem valor” vão junto. Mas a Vale – e o próprio município de Parauapebas, que recebe Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) – só lucra pelo minério de ferro que vende. Puro e seco. A mineradora não quer saber dos restinhos de outros minérios paraenses que saem infiltrados navios afora. Para ela, se houver no pacote, são insignificantes.
Para Parauapebas, na prática, é uma fortuna que vem sendo perdida em royalties desde 1985, quando a primeira viagem de trem cruzando os 892 quilômetros de floresta e clareira levou o minério de ferro até São Luís para embarcá-lo ao mundo.

PERDEMOS NÓS
O que, para os brasileiros, é algo insignificante, em países de tecnologia de ponta, como Japão e Alemanha, é uma mão na roda. Os restinhos de ouro, prata, zinco, alumínio, cromo, estanho, tungstênio, nióbio, urânio, entre outros, tornam-se componentes para sofisticados celulares, tablets, smartphones, notebooks, carros, aviões, equipamentos médicos e até bomba atômica.
O “lixo” brasileiro que vai embolado com o minério de ferro é reciclado lá fora e volta altamente sofisticado e custando o olho da cara. Até os chineses estão fazendo uso dessa técnica e garimpando o restinho de estéril e o inútil para fabricar seus produtos de qualidade duvidosa, mas com forte apelo no mercado internacional.
Ao município de Parauapebas, só resta assinar embaixo o atestado de que está sendo passado para trás.

Reportagem: André Santos

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