Pesquisar
Close this search box.
Pesquisar
Close this search box.

Jornada Pedagógica reúne mais de dois mil educadores no ginásio poliesportivo

A Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) atraiu mais de dois mil servidores públicos nas manhãs e nas tardes desta quarta-feira (22) e quinta-feira (23) no ginásio poliesportivo do Bairro Beira Rio, por ocasião da Jornada Pedagógica deste ano em Parauapebas.

A mesa diretiva na abertura do evento foi formada pelo prefeito Valmir Mariano; vice-prefeita Ângela Pereira; secretária municipal de Educação, Juliana de Souza; presidente da Câmara Municipal, vereador Josineto Feitosa; e a professora Célia Godoy, palestrante da jornada.

Juliana de Souza enfatizou os benefícios que a vem proporcionando aos servidores responsáveis pela educação no município, entre estes a concessão de 45 dias de férias, qualificação de professores e demais profissionais educacionais, licença prêmio, manutenção da carga horária durante as férias, além dos benefícios que serão ofertados em breve, como pós-graduação e especialização.

O prefeito Valmir Mariano informou que aprendeu muito com algumas adversidades enfrentadas no primeiro ano de gestão no setor de educação. “Mesmo assim, inauguramos seis novas escolas, qualificamos nossos professores, adquirimos mais de 100 ônibus escolares 0 km e firmamos convênios com instituições universitárias para realização de novos cursos superiores”, destacou.

Clodoaldo Luiz dos Santos é professor do 5º ano da Escola Municipal Antônio Matos. Ele é um dos participantes assíduos das formações oferecidas pela Semed e acredita que a Jornada é uma grande oportunidade de aperfeiçoamento profissional. “Durante a Jornada refletimos e aprimoramos nossas práticas. Ela é uma das ações mais significativas, promovidas pelo governo e contribui para que atinjamos um objetivo maior: a melhoria da qualidade do ensino”.

Célia Godoy

Após os pronunciamentos das autoridades na abertura do evento, a palestrante Célia Godoy ministrou pela manhã o tema “A gestão das relações interpessoais” para um público estimado em mais de mil professores e diretores de escolas das áreas da Educação Infantil e 1º e 2º ciclos.

À tarde, Célia Godoy ministrou a mesma palestra para a mesma quantidade de público, desta vez aos profissionais do 3º e 4º ciclos, Educação de Jovens e Adultos (Eja) e Educação Indígena e do Campo.

Em sua palestra, Célia Godoy interagiu com os educadores, discorrendo sobre desafios diários enfrentados pelos professores, o eu de cada, auto-estima, relações interpessoais, transformação x estabilidade; comportamento humano, compartilhamento social, motivação, entre outros temas.

A Jornada Pedagógica prossegue no ginásio do Beira Rio prosseguiu hoje, quinta-feira (23), com a palestra “Qualidade social de educação: o direito de aprender”; oficinas nas escolas nos dias 24, 27 e 28; e planejamento pedagógico nas escolas nos dias 29, 30 e 31 de janeiro.

Reportagem: Waldyr Silva / Fotos: Bariloche Silva

Prefeitura amplia abastecimento de água em mais de 100%

Só no ano passado, mais de 4.100 casas receberam novas ligações realizadas pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep). Os bairros atendidos foram Altamira, Liberdade I, Rio Verde, Vale dos Carajás, Nova Vida, Jardim Canadá e Bela Vista I e II.

Quem já recebia água tratada em casa também percebeu a melhoria no serviço, já que o volume distribuído passou de 20 milhões para aproximadamente 41 milhões de litros de água por dia. Foram mais de 11,6 bilhões de litros de água produzidos e tratados nas duas Estações de Tratamento de Água do município em 2013. A quantidade é suficiente para atender a 180 mil habitantes, segundo os técnicos do Saaep. O abastecimento é complementado pelos caminhões pipa, que distribuíram 324 milhões de litros de água no ano passado.

Foram aproximadamente R$ 34 milhões investidos em ações como a ampliação do sistema de captação, aquisição de bombas, aquisição de produtos químicos, substituição do sistema adutor, construção de reservatórios, construção de redes de distribuição de água, perfuração de poços, tanto na zona urbana como na zona rural, e interligação de rede de água principal.

Mas a preocupação não está apenas na oferta de água em grande quantidade. O Saaep realiza diariamente análises laboratoriais na água tratada pelas ETAs e considera aspectos como cor, turbidez, pH e cloro residual. O acompanhamento é criterioso e garante que a população receba água tratada e de qualidade, conforme os parâmetros exigidos pela portaria 2914 de 2011 do Ministério da Saúde.

Segundo o gestor do órgão, Gesmar Costa, a previsão para investimento em 2014 será de mais de R$ 80 milhões. “Nosso grande desafio em 2014 é dobrar novamente a produção e chegar aos 80 milhões de litros de água diários”, afirma. Já está prevista a ampliação da capacidade das ETAs 1 e 2. A primeira passará dos atuais 32,16 para 43,2 milhões e a segunda de 17,5 para 24 milhões de litros de água por dia, o complemento virá do sistema alternativo de abastecimento de água.

Acompanhe as próximas reportagens e veja as ações que já estão em curso para garantir o abastecimento regular de água em todo o município.

Reportagem: Diego Pajeú / Foto: Anderson Souza / Irisvelton Silva

Parauapebas é o 2º município brasileiro que mais demite

Se, atualmente, os municípios paraenses de Altamira, Canaã dos Carajás e Marabá estão entre os 50 que mais criam postos de trabalho com carteira assinada em todo o Brasil, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados esta semana, a notícia não é animadora para quem mora em Parauapebas, considerada a “Capital do Minério” e uma terra de oportunidades.

O motivo é simples: Parauapebas foi o segundo município brasileiro que mais demitiu e com o segundo pior saldo de contratações, atrás apenas de Porto Velho, capital de Rondônia. Isso mesmo. A “Capital do Minério”, que nas décadas de 1990 e 2000 chegou a abrir mais de 20 mil oportunidades no setor mineral, hoje se vê às voltas com o avanço tecnológico e com a especialização constante dos serviços da indústria extrativa.

Em 2013, de acordo com o Ministério do Trabalho, enquanto Altamira abriu 15.053 oportunidades com carteira assinada, posicionando-se como a nova maior empregadora do país, Parauapebas mandou à rua da amargura 5.795 pessoas. A desmobilização de algumas frentes de trabalho nas minas, a especialização das atividades e a perda de investimentos no setor mineral para a vizinhança, somadas a um estrangulamento social e a previsibilidade de exaustão das jazidas, talvez sejam alguns dos fatores que expliquem os números do Caged para a “Capital do Minério” e, também, as diversas placas de “vende-se” e “aluga-se” espalhadas em sua área urbana.

ALTAMIRA
Hoje, o Brasil tem 5.570 municípios, e Altamira é o único – e pela primeira vez na história – a desfilar entre as dez maiores fronteiras de oportunidades Brasil adentro. Turbinada pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que vez por outra empaca em razão das manifestações e polêmicas de que é alvo, a “Princesinha do Xingu”, com 105 mil habitantes, intimida até metrópoles com quase 3 milhões de moradores, como Salvador, capital baiana, que criou 16.738 vagas no ano passado.

Estimativas não oficiais dão conta de que Altamira ganhou cerca de 30 mil novos moradores apenas em 2013, a maioria trabalhadores nordestinos que se mudaram para lá na esperança de arranjar emprego nas obras de Belo Monte. E deve não ser mentira, a julgar pelo movimento na rodoviária de Marabá, principal ponto de partida direto rumo a Altamira.
Há três anos, do Terminal Agrorrodoviário “Miguel Pernambuco”, no Km 6, apenas duas vans partiam de Marabá a Altamira por dia. Hoje, a média é de uma van – lotada de pessoas sentadas e em pé – por hora. Há dias em que saem até 30 carros entupidos de candidatos a emprego na “Princesinha do Xingu”, atual rainha de emprego no Pará.

Por outro lado, no mesmo mapa em que Altamira emerge como capital do emprego, surgem, ainda mais avassaladores, os problemas sociais, que chegam nas malas daqueles que se dirigem ao município, mas não conseguem se empregar. Esse número, sem dúvidas, é muito maior do que aqueles que conseguem encontrar o doce sabor da carteira assinada.

CANAÃ DOS CARAJÁS
A 70 quilômetros de Parauapebas está a cidadezinha que mais recebe investimentos privados no Pará e a segunda que mais emprega no Estado. Com 4.488 postos com carteira assinada gerados ao longo de 2013 e desfilando na 42ª colocação nacional, Canaã ocupa um lugar confortável que nem mesmo Belém, capital paraense de quase 1,5 milhão de habitantes, sonha em estar.
Em Canaã, a mineradora Vale aposta todas as suas fichas para retirar 90 milhões de toneladas de minério de ferro, com 66% de teor de hematita, até – no mais tardar – 2018. É o S11D em ação, o maior projeto de mineração da história da humanidade e em torno do qual estão em jogo cerca de 20 bilhões de dólares para erguer mina, usina, aeroporto, ramal ferroviário para ligar S11D à Estrada de Ferro Carajás (EFC) e duplicar as trilhos da ferrovia.

De Marabá, Parauapebas e Xinguara, principais entrepostos humanos com destino imediato a Canaã, partem veículos entupidos de esperançosos por emprego na “Terra Prometida”, que na próxima década deve se consolidar como o maior produtor de minério de ferro de alto teor do planeta, com a ascensão da Serra Sul, tendo em vista a exaustão das minas de Serra Norte, em Parauapebas.
Com 31 mil habitantes no município, segundo estimativas oficiais, a prefeitura local crê que Canaã já tenha de 40 mil para lá, apenas na área urbana, que tem se expandido como rastilho de pólvora nos últimos dois anos.

MARABÁ
Com 4.126 vagas de emprego formais criadas, Marabá tem o 46º melhor saldo do país, de acordo com o Ministério do Trabalho. Depois de enfrentar uma década negra, com a quase falência de seu setor guseiro, o município mais desenvolvido e movimentado do sudeste paraense volta à cena, apresentando o maior progresso na balança comercial brasileira entre 2012 e 2013, bem como se tornando um dos principais mineradores do país, devido ao projeto de cobre do Salobo.

De olho no filão consumidor adormecido de Marabá, muitas empresas do ramo comercial, particularmente supermercados e lojas de departamentos, fincaram bandeira no “Tigre da Amazônia” – que, agora, sim, começa a fazer jus ao apelido que o colocaram no final da década passada. Atualmente, Marabá é dono de um dos maiores e mais movimentados shoppings da Amazônia, o qual atrai consumidores de todas as redondezas. Ainda tem mais centros de consumo a caminho para abocanhar os R$ 2,75 bilhões da terceira mais badalada praça de consumo paraense.

Ainda assim, a redenção de oportunidades por que passa o município, dono de 19 agências bancárias, ainda não é a ideal. Com 251 mil habitantes oficiais (e ao menos 50 mil “vagando” em subestimativas oficiosas), Marabá tem gargalos que, para os “progressistas” de plantão, travam seu desenvolvimento e a criação de empregos, como um pedral que estaciona a navegabilidade pelo Rio Tocantins. Sem a derrocagem do pedral, uma tão sonhada siderúrgica que a Vale prometeu construir no município não sai. E para muitos, hoje, mesmo com a derrocagem pronta, a siderúrgica não vinga mais.
Mas se esse sonho acabou, Marabá não para e busca novos ares. Jamais se deixará estagnar ou regredir por uma promessa não cumprida. O povo é forte e faz a diferença. As oportunidades do “Tigre” estão apenas no começo.

Reportagem: André Santos

Deixe seu comentário