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Ex-governadora do Pará participa de evento do PT em Parauapebas

Ainda na noite deste sábado (27), Ana Júlia estará no Bairro Palmares Sul, quando na oportunidade o vereador Israel Pereira Barros, o Miquinha, realizará um grande evento que marcará a sua já tradicional prestação de contas do mandato que exerce no Poder Legislativo.

No evento realizado na Câmara Municipal, os deputados Beto Faro e Bordalo; além do Presidente Estadual do PT, ex deputado Milton Zimmer, também estiveram presentes e debateram sobre vários assuntos de interesse do Partido dos Trabalhadores.

O encontro petista reúne várias lideranças municipais com o objetivo de afinar os entendimentos referentes as eleições que serão realizadas em outubro deste ano em todo o país. Os pronunciamentos iniciaram pela mesa composta pelos convidados e os vereadores do PT em Parauapebas, Miquinha e Euzébio.

O evento petista não reuniu apenas a tendência AS, da qual faz parte o vereador Miquinha, prova disso foi a presença do vereador Euzébio Rodrigues (DS) e Ana Júlia Carepa.

“As tendências buscam no entendimento o fortalecimento, afinal estamos no mesmo barco e precisamos remar na mesma direção”, explicou Miquinha, que convidou a todos para sua prestação de contas que acontece na noite de hoje na Palmares Sul.

Esta já é a sétima prestação de contas feitas pelo vereador Miquinha, onde ele mostra à comunidade sua atuação no Parlamento Municipal, inclusive em favor daquele bairro, seu principal reduto eleitoral.

Reportagem: Francesco Costa – Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

Show de Tirullipa superlota CDC em Parauapebas

Mais de duas horas de muita animação e com muitas gargalhadas. Assim se resumiu a noite da última sexta-feira (26), durante o show do humorista Tirullipa nas dependências do Centro de Desenvolvimento Cultural de Parauapebas (CDC), que fica localizado no Bairro Cidade Nova.

Nem mesmo o forte calor que fazia no local fez com que as centenas de pessoas que superlotaram o CDC saíssem de lá sem sorrir das várias performasses apresentadas por Tirullipa, jovem humorista que vem se destacando em todo o Brasil com apresentações em várias casas de shows.

O evento foi realizado pela Se Joga Produções e RBATV Parauapebas, em parceria com o Portal Pebinha de Açúcar que fez a cobertura com exclusividade.

Parauapebas tem pior janeiro: mais 559 trabalhadores eliminados do mercado

Era por volta de 10h30 da manhã desta sexta-feira (26), e, em frente à porta de acesso à agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Parauapebas, trabalhadores ateavam fogo no mundo a fim de chamar a atenção da sociedade para sua condição: desempregados e desesperados. Havia pais de família sérios, assim como havia aqueles que gostam de fazer volume, criar fofoca e causar tumulto.

A pauta deles era uma só: “contratação já”, a ser feita pelas minguadas empresas que ainda acampam em Parauapebas, mirando obras que pipocam nos quatro cantos do vizinho município de Canaã dos Carajás, que segue fazendo zoada por causa das obras de implantação do projeto S11D e do Ramal Ferroviário Sudeste do Pará, assinadas pela mineradora multinacional Vale.
A confusão em frente à porta do Sine foi controlada, o tráfego de veículos foi liberado, os trabalhadores foram embora sem qualquer esperança.
Às 15 horas de hoje, veio uma bomba para Parauapebas, desta vez jogada em forma de estatística pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), uma espécie de balanço mensal do mercado de trabalho, referente ao mês de janeiro deste ano. A “Capital do Minério” teve o pior janeiro da história em termos de criação de empregos com carteira assinada.

O município abriu 1.169 postos de trabalho, mas demitiu 1.728 trabalhadores. O saldo disso, totalmente vermelho, foi de 559 postos a menos para as costas da sociedade, um recorde negativo e que coloca Parauapebas como o terceiro pior para se empregar, atrás de Altamira, que fechou 784 vagas por conta da finalização das obras civis da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, e de Belém, que perdeu 817 postos, a maior parte no comércio. É o pior resultado de Parauapebas desde sua emancipação, em 1988.
Vale ressaltar que os dados do Caged não contabilizam as demissões de servidores públicos, a exemplo dos temporários. Considerados estes, o número de desempregados nos municípios é ainda maior. Há servidores públicos temporários atuando nos municípios paraenses nos três poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário) e nas esferas municipal, estadual e federal. Os distratos deles não entram no balanço mensal do Ministério do Trabalho e Emprego.

SETORES

A maioria dos trabalhadores demitidos em Parauapebas no mês de janeiro estava na construção civil: 367. Depois desse setor, o comércio mandou embora 147 funcionários. A situação é tão crítica que o município viu, em apenas um ano, sua força de trabalho celetista (com carteira assinada) minguar de 48.500 trabalhadores em janeiro de 2015 para 41.276 em janeiro deste ano. É a maior diáspora no mercado de trabalho de um município do Pará – nem Belém, muito maior que Parauapebas, conseguiu proporcionalmente tal “proeza” no período.
Aos trabalhadores, um recado: os cargos líderes de demissões no município, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, são servente de obras, vendedor de loja, motorista de caminhão, auxiliar de escritório, operador de caixa, repositor de mercadorias, faxineiro, pedreiro e carpinteiro. Em cargos como o de motorista, o município perdeu renda mensal de R$ 1.777, o que, ao final das contas, leva crise ao comércio porque, sem emprego, trabalhador algum vai gastar na praça.
Os cargos que mais empregam são de ajustador mecânico, que paga salário mínimo na carteira, e zelador de prédio, com ganhos de R$ 1.156.
No segundo mais rico município paraense, a situação do mercado de trabalho está tão caótica que até a profissão de ministro de culto religioso registrou demissão [misericórdia!]. E como os próprios ministros da unção dizem em seus encontros com os fiéis, “só Deus na causa”. O desemprego viralizou praticamente na mesma velocidade em que o Zika.

REGIÃO
Marabá demite mais de 300 e Canaã contrata quase 300

A hecatombe, que ceifou vários postos de trabalho em Parauapebas, também fez suas vítimas em Marabá, o principal município do Sudeste Paraense. Lá, foram eliminados do mercado 333 trabalhadores, 199 dos quais no comércio. O setores de serviços, com 50 vítimas, e construção civil, com 49, vêm em seguida.
Em Marabá, é praticamente impossível encontrar trabalho nos cargos de vendedor de loja, operador de caixa, servente de obras, assistente administrativo, atendente de loja, repositor de mercadorias e supervisor administrativo, neste último caso uma perda de R$ 1.995 em salário. Por outro lado, contratam-se ajustador mecânico, vigilante e zelador de prédios.
Os salários pagos em carteira assinada em Marabá, entre contratados e demitidos, incrivelmente superou os de Parauapebas. Nenhuma das ocupações com melhores ou piores estoques paga apenas salário mínimo.

Alheio às demissões em Parauapebas (seu município genitor) e em Marabá (seu município avô), Canaã dos Carajás continua bombando: por lá, 269 trabalhadores conseguiram arranjar emprego em janeiro, 256 deles no setor da construção civil, que atualmente torna a “Terra Prometida” o maior canteiro de obras urbanas do interior do Pará.
Em Canaã, diferentemente dos outros lugares, há vagas para as ocupações de servente de obras, montador de máquinas, carpinteiro, eletricista da área eletroeletrônica, soldador, eletricista de instalações prediais, montador de estrutura metálica, conservador de via no segmento de trilhos, pedreiro e mestre de obras. O salário para quem consegue se empregar é 50% superior ao de Parauapebas. Um mestre de obras, por exemplo, cuja escolaridade é de apenas ensino fundamental completo, está assinando carteira em Canaã com R$ 4.082,96, muito mais que o salário médio de quem tem nível superior em Parauapebas, que rasteja para chegar aos R$ 4 mil.

Mas cuidado: a maior parte das vagas de emprego em Canaã é temporária. Com o final das obras civis de S11D e do ramal ferroviário, o município vizinho deverá seguir o mesmo rumo do mercado de trabalho dos demais: demissões.

No Pará, além de Canaã dos Carajás, os municípios de Curionópolis (por causa da retomada do projeto Serra Leste, que tem movimentado o setor de serviços e o comércio), Itaituba e Santarém (ambos no oeste paraense, que vivem a esperança de se tornarem as fronteiras de escoamento no Pará e no Brasil) são as atuais referências na geração de empregos com carteira assinada. Verdadeiras ilhas de prosperidade em meio a um oceano de desastres.

O resultado do Caged aponta que o mês passado foi o pior janeiro do Brasil desde 2009. Cerca de 100 mil trabalhadores sob regime celetista foram demitidos. No Pará, o saldo negativo foi de 4.470 postos, e apenas o setor mineral contratou mais que demitiu.

Reportagem: André Santos – Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

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