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Metabase Carajás diz que Vale faz ‘capitalismo selvagem e busca lucro a qualquer custo’

Continua o impasse sobre os reajustes salariais e outros benefícios entre sindicatos que representam trabalhadores que atuam na mineradora Vale e diretores da empresa.

A proposta da mineradora Vale que foi rejeitada pelos sindicatos é de reajuste salarial de 6,5% a partir da assinatura do acordo, além da manutenção de outros benefícios, pagamento de 13º do cartão alimentação, limitação do cartão alimentação e auxílio educação aos empregados afastados por doença, por seis meses.

As propostas foram rejeitadas pelos sindicatos que durante esta quinta-feira (3) e sexta-feira (4) continuarão em negociação.

Confira abaixo a nota publicada no site do Metabase Carajás:

“A Vale começou muito mal as negociações e apresentou aos sindicatos uma contraproposta indecente para o Acordo Coletivo 2016/2017. Já avisamos, de imediato, que a categoria será incendiada, com uma mobilização que exige toda a nossa agressividade contra mais este disparate da mineradora.
Depois de nos enfiar goela abaixo um Zero nos salários em 2015 e outro zero na PLR, a Vale está propondo agora um reajuste de 6,5% e um 13º cartão alimentação no valor de R$ 620,00.
Os patrões querem que os trabalhadores e suas famílias passem fome, pois, além de desconsiderar defasagem salarial de 24 meses desde o último reajuste, a Vale começa uma contraproposta muito abaixo até mesmo da inflação dos últimos 12 meses, estimada em algo próximo a 10%.
O METABASE CARAJÁS e demais sindicatos do Grupo RENOVAÇÃO repudiaram este desrespeito e recusamos a proposta escrota na própria mesa. Mas não ficamos apenas nisso: mandamos nosso recado aos patrões de que os trabalhadores serão mobilizados em nível nacional, exigindo que toda a nossa pauta de reivindicações seja discutida e tenhamos a recuperação do valor real dos nossos salários.
Alertamos todos os trabalhadores para se prepararem. Faremos um movimento de força para sermos respeitados e o empenho de todos será definidor para fazer com que a Vale não continue seu capitalismo selvagem, buscando o lucro a qualquer custo para os acionistas, levando nossas famílias a uma vida miserável.
Nova reunião já está marcada para os dias 3 e 4 de novembro”.

Após apropriação indébita e incêndio criminoso, sem terra continuam presos em Marabá

Vinte e dois dos 23 integrantes de movimento agrário presos no último final de semana irão responder às acusações encarcerados no sistema prisional de Marabá. A decisão foi proferida pelo juiz substituto, Enio Maia Saraiva, respondendo pela Vara de Eldorado do Carajás, durante audiência de custódia realizada na sala de audiências da 1ª Vara Criminal de Marabá, nesta semana. Apenas um dos autuados em flagrante recebeu o direito de responder em liberdade por apresentar transtorno mental.

As 23 pessoas estão sendo acusadas dos crimes de apropriação indébita, incêndio criminoso, associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo após invadirem uma fazenda em Eldorado do Carajás na última sexta-feira (30). Durante a audiência, o Ministério Público do Estado do Pará requereu que fossem juntados aos documentos uma via do Jornal CORREIO, edição em que a prisão dos sem terra foi divulgada, 17 fotografias e 11 laudas de boletins de ocorrência diversos.

A defesa também solicitou a juntada de 11 laudas de documentos referentes à Creumar Santos Araújo, o único acusado em liberdade. As duas solicitações foram acolhidas pelo magistrado que homologou a prisão em flagrante de todos convertendo a de 22 pessoas em preventiva de todos. O juiz entendeu que a custódia dos acusados é necessária para garantia da ordem pública “haja vista a gravidade latente dos crimes imputados aos acusados”.

Ele ressaltou o fato da polícia ter apreendido armas de fogo no local do fato como também a destruição lá promovida que, conforme o juiz, “acarretam uma considerável sensação de insegurança no seio da sociedade, fazendo-se necessário o recolhimento dos flagranteados à estabelecimento penal apropriado a fim de reestabelecer a tranquilidade e evitar a ocorrência de novos fatos delitivos”, diz a decisão.

Em relação à Creumar Araújo, o juiz entendeu que os documentos apresentados pela defesa demonstram que ele é portador de transtorno mental, inclusive foram apresentados documentos do INSS indicando que o acusado recebe benefício por ser pessoa com deficiência. Em seu depoimento, Creumar também relatou possuir uma doença mental decorrente de um acidente com moto.

Todos foram transferidos de Parauapebas, onde foram autuados em flagrante, para Marabá na última segunda-feira (31). Os homens foram conduzidos para o Centro de Triagem Masculino de Marabá (CTMM) e as mulheres para o Centro Regional de Recuperação Feminino de Marabá (CRFM). A prisão aconteceu no último sábado (29), na Fazenda Serra Norte, a três quilômetros da sede do município de Eldorado do Carajás.

Com o grupo foram apreendidas seis motos, armamentos, munição e pólvora, entre outros objetos. O procedimento foi conduzido pelo delegado Alexandre do Nascimento Silva, titular da Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (Deca), sediada em Marabá, e a operação contou com apoio da Polícia Militar de Parauapebas. A invasão da propriedade ocorreu na madrugada da sexta-feira (28) e há relatos de funcionários afirmando que as pessoas presas agiram de forma violenta aterrorizando todos que estavam na sede, inclusive crianças. Além disso, a maior parte do patrimônio foi destruída, conforme o delegado que cuida do caso.

O advogado que acompanha o caso, Thiago Aguiar, informou antecipadamente que iria solicitar a soltura caso ela não ocorresse durante audiência de custódia e afirmou não concordar com o enquadramento de todos os presos por porte de arma de fogo, afirmando acreditar que a conduta deveria ter sido individualizada e não coletiva.

SAIBA MAIS

Continuam recolhidos Ricardo Rodrigues Feitosa, Marcilene Moraes Feitosa, José Raimundo Pereira da Silva, Bento Alves Quirino, Aldeci Paiva Matos, Denis Cleiton Pereira de Araújo, Pablo Mateus de Sousa Alves, Rafael Pereira da Conceição, Rodrigo Santos Souza, Willian Fernandes de Oliveira, Wanderson da Silva Santana, Genilson Sousa Silva dos Santos, Francisco do Nascimento Lima, João Pereira da Conceição Júnior, Nizael Pereira da Conceição, João Silva, Ozélio dos Santos Souza, Werlewson dos Santos Souza, Ronilson Aguiar da Silva, Willian Aguiar da Silva, Wellington Silva da Silva e Antônio Alves Barbosa.

Reportagem: Luciana Marschall / Grupo Correio de Comunicação

Darci Lermen e Sérgio Balduíno participam de encontro de prefeitos e vereadores

O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará (TCM-PA), o Ministério Público de Contas dos Municípios e a Escola de Contas Públicas “Conselheiro Irawaldyr Rocha” estão realizando, nesta quinta-feira (3) e sexta-feira (4), o Encontro de Prefeitos e Vereadores – Transição Responsável Para uma Gestão de Qualidade. O objetivo é capacitar gestores para a adequação da gestão dos recursos públicos municipais nos anos de 2017 a 2020.

O prefeito eleito de Parauapebas nas eleições municipais deste ano, Darci José Lermen (PMDB), seu vice-prefeito Sérgio Balduíno (PSB), além de membros da equipe de transição do novo governo,  e do Presidente Municipal do Diretório do PMDB em Parauapebas, Cássio Flausino, estão participando do evento em Belém do Pará.

Durante o encontro, que conta com a parceria da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) e do Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA), também estão sendo dadas orientações técnicas quanto ao processo de transição governamental no âmbito municipal.

O é realizado no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, no horário das 8h às 18h, e reúne cerca de 1600 pessoas, entre prefeitos que estão encerrando mandato, novos gestores do executivo municipal e presidentes de Câmaras de Vereadores de todo o Pará.

Este evento ocorre a cada quatro anos, próximo ao início de uma nova gestão. Nesta edição, terão palestrantes e painelistas regionais e nacionais de instituições que lidam diretamente com questões municipalistas. Entre eles, os Tribunais de Contas do Município, do Estado e da União, da Controladoria Geral da União, Ministério Público e outros.

O tema deste ano reforça a necessidade de garantir um processo de transição de mandatos transparente e correta em todas as regiões do Pará, evitando problemas como a perda de informações e bens públicos. Entre as irregularidades em transições governamentais elencadas pelo TCM-PA, está a falta do repasse de informações da gestão em exercício para os prefeitos e presidentes de Câmaras Municipais eleitos. Destacam-se os casos quando os ordenadores de despesa atuais não fazem o balanço da gestão e o desvio do patrimônio público, como o sumiço de computadores, documentos e outros itens.

O Encontro de Prefeitos e Vereadores está em consonância com outras ações estratégicas do TCM-PA, que buscam a transparência das gestões públicas municipais. No último dia 06 de outubro, o plenário do Tribunal de Contas dos Municípios aprovou a Instrução Normativa 01/2016, que dispõe sobre procedimentos para garantir a transição de governos nos municípios paraenses. De acordo com o documento, serão realizados orientações e regramentos técnicos junto aos poderes executivo e legislativo municipais de todo o estado para que a transmissão dos cargos ocorra de forma correta sem perda de informações e bens públicos.

Segundo o presidente do TCM-PA, conselheiro Cezar Colares, “o Tribunal fará o acompanhamento junto os municípios para que haja uma transição republicana, independente de questões políticas. Acima de tudo, o processo de transição é uma responsabilidade de todos”.

Em declarações prestadas ao Portal Pebinha de Açúcar, o prefeito eleito Darci Lermen comentou sobre a importância de participar de eventos como este. “Apesar de eu ter sido prefeito por dois mandatos consecutivos em Parauapebas, vejo este evento com uma importância gigantesca, afinal, nossa equipe precisará estar sempre atenta às orientações de instituições fiscalizadores importantes e acima de tudo, trabalhar com responsabilidade e como manda a lei, afinal, iremos trabalhar com recursos públicos”, disse.

Cabo da Polícia Militar é morto com a própria arma em Marabá

Faleceu na tarde desta quarta-feira (2), no Hospital Regional do Sudeste do Pará, o cabo Robson Rocha dos Santos, de 29 anos, da Polícia Militar, baleado em serviço no final da manhã do mesmo dia, na Folha 29, em Marabá. O homem que o baleou também morreu, pouco depois, em confronto com outros policiais militares, na Vila Sororó, zona rural de Marabá, enquanto tentava fugir da cidade.

O major Sales Cabral, subcomandante do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), informou ao CORREIO que o cabo e o colega de guarnição receberam denúncia acerca de um homem que estaria transportando droga na Folha 29, Nova Marabá. “A guarnição estava próximo e eles se depararam com o denunciado que saiu correndo, invadindo casas, até que foi para o fundo de um quintal”.

Neste momento, diz, apenas o cabo havia conseguido acompanhar o fugitivo e não se sabe de que maneira o policial teve a arma tomada, uma vez que não houve testemunhas do baleamento dele. “A gente acredita que o cabo, tentando transpor algum obstáculo na perseguição, possa ter caído e o cara se aproveitou e pegou a arma do policial. Com a própria arma da PM ele efetuou os dois disparos contra o policial militar”, deduz.

Dois disparos da arma atingiram Robson Rocha, um na cabeça e outro no abdome. Em seguida, o homem roubou um automóvel Ford Ka 2012, de cor preta e placas laca OBW-5124, da casa onde aconteceu o baleamento do policial militar e fugiu seguindo pela Rodovia BR-155, em direção ao município de Eldorado do Carajás.

Ele foi interceptado, no entanto, pela guarnição da Vila Sororó e trocou tiros com os policiais militares, mas acabou alvejado. “Ele entrou em confronto com os policiais e foi atingido, ainda foi socorrido, mas chegou em óbito no Hospital Municipal de Marabá (HMM). Foi recuperada, ainda, a arma roubada do policial e com a qual ele efetuou disparos contra a guarnição. Todas as munições da arma, que tem 15 tiros, foram utilizadas”, finalizou o major.

Até o fechamento desta edição não havia sido identificado, junto ao Instituto Médico Legal (IML), o corpo do homem responsável pela morte do policial militar. Com ele não foi encontrado qualquer documento de identificação, apenas um alvará de soltura em nome de Malones Silva Lima, de 25 anos, emitido pela Comarca de Parauapebas, mas que pode pertencer à outra pessoa.

Os militares ainda apreenderam uma barra de substância ilícita, provavelmente crack, que será encaminhada para análise no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, assim como a arma do policial militar. O corpo do cabo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML), por volta das 16 horas para ser necropsiado.

Foto da vítima em vida
Foto da vítima em vida

Amigos e familiares lamentam a perda

“É um momento de muita dor, nem sei o que falar, é sentimento de perda, de angústia, de revolta”, desabafou Valmir Santos, pai do cabo Robson Rocha dos Santos, após receber a notícia da morte precoce do filho, na tarde desta quarta. “No país em que estamos vivendo, sem lei, onde o pai de família não pode mais trabalhar, infelizmente as pessoas não tem amor de Deus e acabam tirando a vida de um pai de família”.

Conforme o pai, Robson era “um menino exemplar”, apegado à família e à religião. “Ele estava sempre conosco em casa, ia para a igreja, acompanhado da esposa dele, e eu espero em Deus que aquilo que ensinei ele tenha sempre colocado em prática. Se partiu Deus sabe por quê, não posso julgar e nem dizer, só sei que ele morreu defendendo a sociedade. É um momento de tristeza”, finalizou.

O cabo Rodrigo Lima, da diretoria da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar de Marabá, também lamentou a morte do colega e criticou o modelo de policiamento que vem sendo colocado em prática no Estado do Pará. “É uma perda irreparável, era um policial de boa família, muito respeitador, evangélico, tinha amizade com todos os policiais e todos tinham um carinho enorme por ele,  que era chamado Robinho, um cara muito querido da tropa. Tudo isso por causa da violência desenfreada, do tráfico de drogas e eu culpo um pouco também o estado”, afirmou.

De acordo com ele, um município do porte de Marabá deverá estar atuando com rádio patrulhamento e não no formado de polícia comunitária como estava o cabo na manhã desta quarta. “Com essa violência não tem como termos essa polícia comunitária trabalhando com dois policiais na viatura, teríamos que ter o rádio patrulhamento, com mínimo de três policiais em uma viatura, com a possibilidade de se trabalhar com segurança. A sociedade perdeu um homem que trabalhava, demonstrava trabalho e só podemos lamentar”, finalizou.

Reportagem: Luciana Marschall / Grupo Correio de Comunicação

Dois cemitérios de Parauapebas recebem visita de cerca de 30 mil pessoas no feriado

O feriado do Dia de Finados, que aconteceu na última quarta-feira (2), foi bastante movimentado nos dois cemitérios municipais de Parauapebas.
De acordo com dados obtidos pela equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar, cerca de 30 mil pessoas visitaram seus entes queridos ao longo do dia nos locais.

Em Parauapebas, existe um cemitério que fica localizado no Bairro da Paz, que está desativado para novos enterros, e outo que fica na Rodovia Municipal Faruk Salmen, que está ativo.

Flores, emoções, lembranças e saudades foram itens bastante comuns nos cemitérios durante toda a quarta-feira. Na oportunidade, a Igreja Católica celebrou missas e as milhares de pessoas aproveitaram o momento para relembrar de seus familiares que já não estão mais vivos.

Um dos pontos que deixou a desejar, durante a visitação nos cemitérios, foi o fato de que a Prefeitura Municipal de Parauapebas (PMP), por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo (SEMURB), fez uma limpeza nas vésperas do feriado e acabou deixando vários entulhos em cima de túmulos, o que revoltou os familiares dos mortos, que tiveram que limpar várias áreas.

DADOS OFICIAIS

Conforme as informações sobre óbitos repassadas por órgãos municipais ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos dez anos 10.029 pessoas faleceram em Marabá e 4.666 morreram em Parauapebas. Juntos, os cadáveres desses dois municípios seriam suficientes para lotar um megacemitério do tamanho da cidade de Curionópolis.
Há dados numéricos para praticamente tudo no Brasil, embora não sejam acessíveis a todos.

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