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Prefeitura de Parauapebas inicia o mês de novembro com mais de R$ 16 milhões na conta

Caiu na conta das prefeituras a cota-parte da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) ou, vulgarmente, royalty de mineração. É um dinheirinho que enche de alegria o coração de gestores aflitos e esbanjadores, especialmente em fim de ano, em final de mandato.

As fortes emoções da exploração de minérios realizada em setembro lançaram para pagamento nesta sexta-feira (4), R$ 16,21 milhões à conta da Prefeitura de Parauapebas; R$ 3,75 milhões à conta da Prefeitura de Marabá; R$ 1,89 milhão à conta da Prefeitura de Canaã dos Carajás; e R$ 627 mi à Prefeitura de Curionópolis.

Para lamento dos prefeitos, infelizmente eles ainda não arranjaram um jeitinho brasileiro de receber décimo terceiro em Cfem, mas, se serve de consolo, de hoje a um mês ainda cairá a última compensação do ano. Ou seja: o Natal vai ser gordo, não adianta conversa fiada.

Este ano, Parauapebas já recebeu R$ 168,96 milhões em royalties; Marabá viu florescer R$ 42,54 milhões na conta; Canaã abocanhou R$ 17,95 milhões; e Curionópolis passou a mão em R$ 4,6 milhões. Os dados podem ser acessados na página do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) ou no portal do Banco do Brasil, na conta de governo pública que cada prefeitura mantém.

Quem quiser mais informações sobre como essa dinheirama toda tem sido gasta, favor dirigir-se ao prédio da prefeitura mais próximo e tente marcar uma audiência com o chefe do Executivo de seu município porque ele tem obrigação — ao menos em tese — de dizer o que tem sido feito com tantos milhões, que é dinheiro público. Agora, se o chefe do Executivo terá condições morais e psicológicas para dizê-lo, aí já são outros quinhentos.

Reportagem: André Santos / Colaborador do Portal Pebinha de Açúcar

Presidente da OAB Parauapebas afirma estar sendo ameaçado de morte

Em entrevista coletiva concedida na última sexta-feira (4), na sede da Ordem os Advogados do Brasil, em Belém do Pará, o presidente Alberto Campos informou aos principais veículos de comunicação do estado que a instituição já cobrou de órgãos de segurança pública a investigação minuciosa de ameaças veladas ao advogado Deivid Benasor, que preside a subseção da OAB no município de Parauapebas.

Aos repórteres, ao advogado revelou que tomou conhecimento das ameaças por meio de outro colega de profissão, que o alertou a respeito de seu nome está “marcado para morrer”, conforme ventilou uma autoridade policial do município. Benasor recebeu a informação na quinta-feira (3) e imediatamente acionou a seccional paraense, os magistrados locais e as autoridades policiais.

A priori, o presidente Alberto Campos e o próprio Deivid Benasor acreditam que as ameaças decorrem da atuação do presidente subseccional na cobrança que “instituições fiscalizem o crime organizado que se instalou em Parauapebas”.  Pela manhã, Campos acompanhou Benasor no registro da ocorrência na Divisão de Homicídios, na Delegacia Geral da Polícia Civil do Pará.

Os dois presidentes estiveram ainda no Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), no Ministério Público Estadual. O caso também já foi comunicado e registrado no Grupo de Atuação Especial de Repressão a Crimes de Representatividade (GAER). Na parte da tarde, Alberto Campos reuniu com o comandante-geral da Polícia Militar do Pará, o coronel, Roberto Campos. “Há suspeitas de policiais militares envolvidos nas ameaças”, pontuou o presidente.

À imprensa, o presidente da OAB-PA frisou que Parauapebas vivencia um momento bastante difícil, “de total descrédito por parte da sociedade do município dos órgãos incumbidos da aplicação da lei”, face os contingentes pequenos da Polícia Militar e da Polícia Civil. “Apesar de alguns magistrados terem se esforçado para dar andamento nos processos criminais que envolvem o crime organizado, o Tribunal de Justiça do Estado não tem conseguido fazer com que juízes sejam lotados para continuar o trabalho que vinha sendo desenvolvido. Há só um juiz em todas as Varas da Comarca. Isso dá uma sensação de insegurança”, lamentou.

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No entanto, o presidente assegurou que a OAB-PA cumprirá seu papel institucional e cobrará das autoridades de segurança pública do Pará atenção especial ao caso. “Não queremos que volte a acontecer em Parauapebas o homicídio do presidente da subseção, como ocorreu com o Jakson Silva, em janeiro de 2015”, relembrou. Na avaliação de Campos, as ameaças tentam “calar a instituição, de maneira que fique inerte e apenas observe esse tipo de violência”, em referência à atuação da OAB-PA como assistente de acusação ao lado do Ministério Público na ação penal contra os supostos mandantes e executores dos assassinatos de Dácio Cunha (2013) e da investigação da morte de Jakson Silva, além do recente episódio de violência contra uma advogada.

Alberto Campos reiterou que “a OAB-PA” estará vigilante para se faça justiça e se devolva a tranquilidade à sociedade do município de Parauapebas. “Não iremos sossegar”. O presidente anunciou ainda que o superintendente da Polícia Civil na região ficará responsável pela investigação das ameaças, bem como solicitou proteção especial a Deivid Benasor e cuidado na segurança em torno do complexo judiciário de Parauapebas. “Não se tem a origem efetiva dos recados. Há alguns nomes, mas resguardá-los”.

Deivid Benasor, por sua vez, garantiu que não prejudicarão a atuação da subseção da OAB em Parauapebas. “De forma alguma, vou mudar minha postura. Nossa intenção é apenas tomar cautela. Mas se amedrontar, jamais”, afirmou. O advogado acredita que as ameaças sejam fruto da atual conjuntura de violência no município aliada às atuações da subseção nos casos que envolveram colegas advogados, além do episódio dos policiais militares recentemente. “Vamos aguardar a apuração dos fatos e ver até que ponto essa informação procede ou não”, finalizou.

Acusados de homicídio, três guardas municipais de Parauapebas são presos em Jacundá

Durante a noite da última sexta-feira (4), por volta das 22h00, a Polícia Militar do Município de Jacundá-PA foi acionada via celular e recebeu uma denúncia de que na Vila Janari, zona rural da cidade de Goianésia-PA tinha acontecido um homicídio e que os supostos assassinos teriam fugido em um carro Prisma de cor preta.

Com as informações recebidas, os policiais que estavam na guarnição composta pelo Sargento Elias, Cabos Paiva e Amorim e Soldados Abreu e Valente, em buscas pela Vicinal Mourão Madeira, conseguiram identificar o carro preto e abordaram três pessoas, que após as averiguações, foram identificadas como sendo  guardas municipais do município de Parauapebas.

Em revista no automóvel, os policiais militares encontraram três pistolas 380. Na hora das revistas, os militares estranharam o fato dos três guardas municipais de Parauapebas estarem armados, uniformizados e em uma área que não pertence ao município que eles trabalham.
Os três abordados foram interrogados pelos policiais militares, porém, como as respostas não os convenceram, os guardas municipais foram conduzidos e apresentados na Delegacia de Polícia Civil em Jacundá.

Apesar do homicídio ter sido registrado em área do município de Goianésia, os três guardas municipais identificados como Giego Lucio Santos de Oliveira, Raimundo dos Santos Matos e Raimundo Nonato Garcia foram presos no município de Jacundá, e por esse motivo foram encaminhados para aquela cidade.

Agora as polícias Militar e Civil irão montar inquérito para saber se os guardas municipais têm ou não envolvimento no homicídio registrado no município de Goianésia do Pará.

Vale ressaltar que a Guarda Municipal de Parauapebas não é armada, ou seja, as armas encontradas com os acusados não são da Prefeitura Municipal de Parauapebas.

A equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar entrou em contato com Sérgio Pastana, atual Comandante da Guarda Municipal de Parauapebas, que por sua vez, afirmou que pelo motivo da ocorrência ter acontecido em outra cidade, ainda está colhendo informações concretas. “Sabemos o que vem sendo noticiado na imprensa, que três guardas municipais foram detidos na cidade de Jacundá. Estamos aguardando informações solicitadas na polícia daquele município para maiores detalhes”, relatou o Comandante que se colocou à inteira disposição de nossa equipe de reportagens.

Projeto que prevê redução de cargos na Câmara de Parauapebas já está tramitando

Foi lida na sessão ordinária desta quinta-feira (3), a proposição que tratará da reorganização da estrutura organizacional da Câmara Municipal de Parauapebas, com a extinção de 144 cargos comissionados. Trata-se do Projeto de Lei nº 043/2016 que prevê alterações no plano de cargos, carreiras e vencimentos dos servidores do Legislativo.

A medida é resultado de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a Câmara e o Ministério Público do Estado do Pará, no dia 28 de outubro.

Com a implementação do projeto, o número de assessorias de gabinetes será reduzido, alguns cargos de direção serão extintos, outros passarão por readequações e deverão ser assumidos por servidores efetivos da Câmara. Essa redução resultará em uma economia de R$ 496.177,47.

O presidente da Câmara, Ivanaldo Braz (PSDB), defendeu a readequação do quantitativo de cargos do Legislativo como uma das medidas a serem adotadas para enfrentar a crise financeira pela qual passa Parauapebas. Segundo ele, se não houver redução dos custos a máquina pública ficará inviável em 2017. “A nossa arrecadação no ano que vem será outra. Vamos perder quase R$ 10 milhões do duodécimo da Câmara. Então, se não fizermos isso agora, o próximo presidente não vai dar conta de pagar a folha”.

O Projeto de Lei nº 043/2016, que tramita em regime de urgência, está em análise nas comissões e passará por duas votações. A previsão é que ele seja aprovado até o final de novembro e entre em vigor no mês de dezembro.

Reportagem: Nayara Cristina

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