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Integrantes da Fetraf invadem áreas da Vale em Serra Pelada

Confira abaixo a nota enviada pela Assessoria de imprensa da Vale ao Portal Pebinha de Açúcar:

A Vale informa que desde às 6h20 da manhã deste domingo (7/5), cerca de 700 integrantes da  Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) invadiram as Fazendas Ana Célia e Boa Viagem, ambas de propriedade da Vale. Os invasores chegaram ao local usando cerca de 100 veículos, entre ônibus, carros e  motocicletas.

As fazendas estão situadas a cinco quilômetros da portaria da unidade de Serra Leste, município de Curionópolis. Até o momento, o acesso à Serra Leste não foi obstruído e a operação não foi paralisada.

A Vale já acionou a Polícia Miliar e está adotando as medidas judiciais e criminais cabíveis. A invasão de propriedade privada é crime. A empresa aguarda uma atuação rigorosa das autoridades junto aos envolvidos nas reiteradas invasões de seus imóveis destinados à atividade de mineração ou compensação ambiental.

Colisão entre carro e moto mata piloto na PA-275

Um acidente de trânsito envolvendo uma moto CG, preta, e um veículo Chevrolet GM/ Prisma, MAXX, cor vermelha, placas NSY-3188, Confresa, (MT), matou o repositor de mercadorias Nelcivan Silva das Dores, 27 anos de idade, natural de Itaituba, (PA), que residia no município de Canaã dos Carajás, e trabalhava em um grande supermercado e distribuidora da região.

O sinistro aconteceu por volta das 18h00 de sábado, 06, na rodovia PA-275, entre os municípios de Parauapebas e Curionópolis, a cerca de 18 quilômetros do centro de Parauapebas.

Na hora do ocorrido a vítima trafegava de Canaã dos Carajás com destino ao município de Eldorado do Carajás, quando no local avançou a contramão da pista, instante em que bateu de frente com o veículo prisma que trafegava em sentido contrário.

Informações repassadas pela família para a polícia, dão conta que a vítima havia chegado do trabalho e ao passar em sua residência teria dito que iria para Eldorado, onde residem seus familiares.

Não se sabe ao certo o que pode ter acontecido para que Nelcivan Silva avançasse a contramão da pista, entretanto duas hipóteses foram levantadas no local, uma delas foi que o rapaz estivesse embriagado e a segunda foi que ele teria tentado realizar uma ultrapassagem e não teria dado tempo.

A polícia tenta identificar quem são os dois motoqueiros que andavam em outras duas motos no mesmo sentido da vítima, que ao ver o acidente teriam parado e afirmado que a vítima vinha pilotando realizando zig-zag na pista.

De acordo com duas testemunhas, um carona e a esposa do motorista do veículo prisma, na hora do fatídico o veículo era ocupado por cinco pessoas e vinha de Curionópolis para Parauapebas. “Eu vinha no banco de trás e não vi nada, foi muito rápido. Quando me espantei foi pela pancada”, contou Sebastião Carvalho Ferreira, 55 anos,

Já a esposa do motorista que se identificou apenas por Joanadarque, disse que viajava no banco do carona quando de repente avistou a moto se aproximando, momento em que seu marido pisou no freio e ainda tentou evitar a batida, mas sem sucesso.

O condutor do prisma sofreu uma forte batida no peito, foi socorrido e encaminhado ao hospital.

Após levantamentos de praxe realizados pelos investigadores Odorico Almeida e Priscila Negrão, e também perícia por parte de uma equipe do Instituto Médico Legal (IML), o corpo de Nelcivan Silva foi removido do local e encaminhado para exame de necropsia no Centro de Perícias Renato Chaves de Parauapebas.

Reportagem: Caetano Silva / Da Redação do Portal Pebinha de Açúcar

A felicidade é uma arma quente: Por Paulo Silber

Hoje fez uma semana que minha filha ligou, com a voz magoada, para avisar:

– Papai, o Belchior morreu…
Foi uma breve conversa para um longo adeus:
– Caramba, filha!
– Poxa, papai…

De resto, o silêncio. Estranhamente sólido, mas riscado de fendas. Golpes abertos nos nossos músculos, desorganizados e imprecisos como um canto torto.
Aquele canto que, feito faca, corte a carne de vocês.

Quando o silêncio se impõe entre nós, que nos amamos tanto, ele contém um grito velado de desespero ou acolhe uma inesperada epifania. Tudo depende do que nos digam nossos olhos, habituados a se expressar em silêncios.
Dali em diante, mesmo a distância, fiquei grudado à pele dela noite e dia, enxergando minha tristeza refletida nas meninas dos olhos da minha menina; desenhando, à meia-luz dos meus próprios olhos, a sombra difusa da tristeza dela.

Quando morre alguém que eu amo, me sinto um homem menor.
Assim fiquei, miúdo, até quarta-feira, quando cheguei a Parauapebas para participar do Publicom. Mesmo envolvido com o dever de falar e imbuído da obrigação de ouvir tudo o que foi dito e escutado nestes três dias, nada do que eu disse foi falado sem ao menos uma menção ao Belchior, por menor que fosse: uma palavra, um verso, uma ironia, uma certeza, uma revelação, uma inquietude, uma expressão de amor ou revolta, ternura ou desprezo, angústia ou felicidade.

Como é perversa a juventude do meu coração.
Toda vez que precisei dizer, o Belchior falava, oferecendo-me argumentos legitimados pela emoção. Nem todos politicamente corretos, pois não me sinto obrigado a falar como supostamente se deve, daquele jeito correto, suave, muito limpo, muito leve.

Palavras, como os sons, são navalhas – e eu não posso falar ou cantar como convém, sem querer ferir ninguém.

Municiado por frases de outrora, ainda plausíveis em novos contextos, citei e ressuscitei Belchior nas entrevistas, nos workshops, nos rituais do evento ou nas conversas reservadas. No auditório, no hotel ou no bar. Para muitos ouvidos, pouca audiência ou um reles travesseiro.

No mundo das referências subjetivas, que se entregam às conexões necessárias às quais recorro, a poesia, a reflexão, a razão e a loucura de Belchior ainda pulsam.

Com tal importância, que brotou felicidade onde havia angústia, o que me ajudou a convencer muita gente de que, no universo da comunicação, é preciso viver as coisas novas, que também são boas. Acabar com isolamentos, de práticas ou de pessoas, pela simples percepção de que toda distância é apenas o princípio de uma aproximação.

Com tal relevância, que iluminou vontades secretas, como o Sol acende quintais, ajudando-me a demonstrar a que a comunicação de hoje deve estar onde a gente quiser que ela esteja, priorizando a sociedade dos cidadãos e não os mandriões da sociedade. Recolocando-nos na condição de ouvidores das pessoas e mediadores da informação. Guardiães da reputação, sim, desde que tenhamos presença firme à mesa das decisões e não sejamos segregados nos sofás dos mandados. Para assumir responsabilidades e impor bom senso, respeito e verdade.

Com tal presença, que se começa a formar uma rede de colaboradores agregando instituições de credibilidade, como a Think Olga, e profissionais de grande qualidade, diversas habilidades e muita disposição, capazes de reafirmar uma premissa cada vez mais orgânica: os valores individuais, quando praticados de forma coletiva, nos igualam pela grandeza.

O Publicom Pebas foi intenso, revelador, importante, diversificado e ao mesmo tempo convergente. Focado, mas sem abrir mão do engajamento.

Para mim, que cheguei a Parauapebas trajando tristeza e encerrei o encontro todo prosa, becado pelo sorriso que vem da alma, foi um Publicom feliz.
Muito feliz.

Acredito que essa felicidade tenha contagiado a todos: à cidade que nos recebeu e à Secom que foi recebida, com tanto carinho e respeito.
Obrigado, Parauapebas. O respeito e o carinho são recíprocos. Os resultados são promissores, porque nos estimulam e libertam, transformando a felicidade numa arma quente.

Pois é, o tempo andou mexendo com a gente, sim.
Não é, Belchior?
Eu sinto tudo na ferida viva do meu coração.

Paulo Silber é jornalista e Diretor de Jornalismo da Secretaria de Comunicação do Pará (SECOM)

Publicom Parauapebas encerra em clima da cultura de convergência

Foram dois dias de intensa troca de experiências, debates e atualizações sobre os diversos nichos da imprensa e formas de trabalhar a informação. A cultura da comunicação convergente foi o norte do Publicom Parauapebas, que ocorreu nestas quinta (4) e sexta-feira (5) no Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia do Pará (IFPA). Realizado pela Secretaria de Estado de Comunicação do Pará (Secom), com apoio da Prefeitura de Parauapebas, o encontro teve mais de 220 inscritos entre jornalistas, radialistas, técnicos, estudantes e outros profissionais interessados no tema.

Com uma programação que incluiu workshops e palestras, o Publicom colocou em pauta as tecnologias para a informação e debateu os modelos tradicionais e novos formatos nas diversas plataformas de comunicação, mas, principalmente, levantou os conceitos de humanização, confiança, credibilidade e responsabilidade na produção dos conteúdos pelos veículos.

Aberto no último dia 4, o encontro levantou os mais importantes e estratégicos pontos da comunicação atual. O publicitário e jornalista Mauro Lima, que também é diretor de publicidade da Secom. foi o ministrante do workshop de hipertexto, e colocou a conexão entre as linguagens como uma das chaves para este novo momento da informação. “O mais interessante nesse Publicom é ver que todos os momentos do evento se conectaram e deixaram claro, cada um dentro de uma linguagem, que hoje o profissional da comunicação precisa estar em todas as plataformas e saber utilizar cada uma delas de forma interativa e responsável”, destacou.

Para a fotógrafa Desirée Giusti, que ministrou workshop sobre os processos poéticos na fotografia, o interessante da programação é que algumas oficinas tiveram complementação entre si. “Quando o Mauro fala na apresentação dele que precisamos entender o que estamos fazendo com a nossa memória diante da rapidez das informações que são postadas na internet, eu vejo parte do trabalho que trato na minha oficina, pois a fotografia também é construída por memória”, exemplificou.

O radialista Tony Sun, apresentador da Rádio Terra FM, participou das oficinas de hipertexto (ministrada por Mauro Lima) e de mídias digitais (ministrada por Aline Freitas) e disse que sai do Publicom encantado com tantas possibilidades. “A linguagem que é usada, as metodologias que foram apresentadas, principalmente na oficina de hipertexto, pra mim foram inovadoras, pois ele (o ministrante) colocou de uma forma bem didática o que é essa comunicação, mostrando como se dá essa rede. Comunicadores todos somos, mas a forma como você comunica é o que faz a diferença. Foi o que eu aprendi aqui hoje”, finalizou.

Doação de livros inaugura a biblioteca do IFPA dentro do Publicom

Lançada em abril passado, a campanha de incentivo à leitura encabeçada pela Secretaria de Comunicação também chegou à Parauapebas via Publicom. Cada inscrito no evento foi orientado a doar um livro, no momento do credenciamento, para uma biblioteca da região. O material recolhido foi encaminhado de forma não programada ao próprio IFPA, que por ter sido inaugurado recentemente ainda não possuia livros em sua biblioteca.

O coordenador de comunicação do IFPA, Anderson França, manifestou seus entusiasmo em poder inaugurar a biblioteca do Instituto durante o Publicom com os livros doados pelos participantes. “Nós já estávamos felizes em receber essa ação e quando vimos a possibilidade de ter nossa biblioteca funcionando com os livros trazidos pelos participantes do evento, ficamos ainda mais felizes e agradecidos”.

Ao todo, 180 livros foram doados ao IFPA durante o encerramento do evento, dentre eles obras de Machado de Assis, Karl Marx, Augusto Cury, livros didáticos e até de escritores locais. “É inacreditável que estejamos recebendo esses livros aqui. Num deles eu paguei 100 reais apenas pela versão em PDF, e agora tô com ele aqui em mãos”, disse emocionada a estudante de Mecânica, Gisele Ingrid, 18 anos.

Para a jornalista Layse Santos, que ministrou a palesta de encerramento, esse incentivo à leitura casa perfeitamente com a comunicação, pois, segundo ela, “o grande diferencial de um bom jornalista não está apenas na tecnologia, mas no conteúdo que se quer passar com ela. Não importa a plataforma se você não tem o que dizer, e esso conhecimento só se adquire com muita leitura, com a cultura pessoal que você constroi”, afirmou.

Com 20 anos de experiência em televisão, Layse conversou com uma plateia experiente e interessada. Intitulada “A Nova TV: como o mundo digital está transformando o telejornalismo”, a palestra durou cerca de uma hora, seguida de mais uma hora de um intenso bate-papo com os profissionais presentes.

A jornalista afirmou a relevância do Publicom no processo de aprimorar a comunicação na região. Para ela, o evento superou as expectativas: “Eu já conhecia a cidade e alguns jornalistas daqui, mas não tinha a dimensão da força da comunicação em Parauapebas. Encontrei profissionais cheios de conteúdo e realmente interessados em trabalhar a informação de forma cada vez melhor e responsável. E o Publicom tem uma enorme contribuição nisso tudo, pois é o único a reunir esses profissionais para debater esse papel.”

O diretor de jornalismo da Secom, Paulo Sílber, reafirmou que o objetivo primordial do Publicom não é o de ser um gerador de fórmulas, mas sim um encontro onde o ouvir e o diálogo são os mais importantes. “Nós só podemos fazer uma comunicação realmente inteligente se estivermos todos conectados não apenas na tecnologia, mas uns aos outros, isso é também humanizar o jornalismo.”

O mesmo princípio foi destacado na programação de sexta por Juliana de Faria, da ONG Think Olga, em sua palestra. “Buscar o respeito com a informação passa, primeiro, pelo respeito com as diferenças de cada lugar deste estado, essa é a democratização e a comunicação pública que acreditamos”, finalizou Paulo Silber.

O Publicom – Encontro de Comunicação do Pará é realizado pela Secretaria de Comunicação do Pará (Secom). A próxima edição regional do evento será na cidade de Santarém, no eeste paraense, antes do Publicom Belém. Ambos serão realizados no segundo semestre de 2017.

Reportagem: Danielle Franco / Agência Pará

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