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Ministério da Fazenda reconhece falhas na renovação de Ferrovia, alertadas pelo Governo do Pará

A Secretaria de Promoção e Advocacia da Concorrência (Seprac), do Ministério da Fazenda, elaborou dois pareceres técnicos sobre a antecipação da renovação dos contratos de concessão das Estradas de Ferro Carajás (EFC) e Vitória – Minas (EFVM), ambas operadas pela Vale. De acordo com os documentos, o valor do investimento, oriundo da antecipação, não justificaria a antecipação excepcional da renovação do contrato. Para o órgão, seria melhor aguardar o fim dos contratos, que encerram em 2026 (EFC) e 2027 (EFMV), e realizar uma nova licitação para a exploração das ferrovias.

O Programa de Parceria de Investimentos, do Governo Federal, havia anunciado a intenção de antecipar a renovação de vários contratos de concessão em todo o país, para angariar investimentos e expandir a malha ferroviária brasileira. No caso da Estrada de Ferro Carajás, este contrato seria antecipado em aproximadamente nove anos. Caso haja a renovação, a Vale terá a concessão por mais 30 anos a partir de 2026, em troca de a empresa iria construir 386 km da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), no Mato Grosso.

Entretanto, para a SEPRAC, este acordo seria mais benéfico para a Vale do que para a União, uma vez que os valores utilizados para referência estariam abaixo do valor de mercado e não dariam a real dimensão do investimento já realizado nas ferrovias pela mineradora. No caso da Estrada de Ferro Carajás, o valor dos investimentos que seriam arrecadados através da renovação (R$11,4 bilhões) já seriam aplicados à ferrovia de qualquer jeito, pois corresponderiam a gastos em manutenção e conservação nos próximos 30 anos, sobrando um valor de R$243 milhões da renovação em si, o que não justificaria a sua realização antes do tempo.

Em relação às vantagens apresentadas pela Agência Nacional de Transportes terrestres (ANTT), “a agência destacou como benefícios decorrentes da prorrogação antecipada a modernização dos contratos e a antecipação dos investimentos para solução de conflitos urbanos nos municípios pelos quais passa a EFC. Entretanto, ao realizar análise das vantagens apontadas, esta Seprac identificou que os investimentos para redução de conflitos urbanos totalizam R$ 243,1 milhões, correspondentes a apenas 2,13% do total de investimentos constantes da modelagem. Outro aspecto que merece destaque é que a modernização dos contratos – benefício potencial do processo de prorrogação antecipada poderia também ser aplicada em uma nova rodada de licitação”.

Por fim, o parecer técnico concluiu que as justificativas para a antecipação apresentadas pela ANTT não correspondem aos critérios estabelecidos em lei sobre o tema e contestou que pagamento da Vale à União pela renovação se dê por meio de investimento cruzado, através da construção da FICO. O parecer técnico não tem o poder de evitar a antecipação, mas é o primeiro estudo oficial do Governo Federal contrário a essa decisão.

Discussões – Durante uma audiência pública realizada em Brasília, em setembro deste ano, representantes da ANTT apresentaram dados sobre a antecipação, que foram criticados pelo Procurador Geral do Estado, Ophir Cavalcante. “Os estudos que foram apresentados pela ANTT refletem apenas uma ideia dominante do poder central, Brasília quer porque quer fazer essa antecipação, todos os estudos que forem apresentados vão ser criticados, porque efetivamente partem de um pressuposto que não atende ao interesse público, não dá uma vantajosidade nessa renovação antecipada de quase 10 anos da concessão”, declarou Cavalcante.

O Procurador também avaliou de que forma o Pará poderá ser atingido com esse processo de antecipação da renovação da concessão. “São impactos totalmente negativos, estamos falando da renovação de uma ferrovia que é explorada exclusivamente por uma empresa, que já duplicou essa ferrovia, já abriu um ramal para o S11D; tudo foi feito para atender o interesse de uma grande mineradora que tem uma excelência de trabalho, mas nunca se levou em conta o interesse público do Estado do Pará. Por que não se permite direito de passagem nessa ferrovia para outras empresas? Porque não se permitiu ou se concedeu a possibilidade de ramais para outras regiões no estado do Pará?”, questionou o Procurador Geral.

Sobre a Ferrovia Paraense

O projeto da Ferrovia Paraense consiste na construção, operação e manutenção da ferrovia, por meio de concessão comum. Ela terá 1.312 km de extensão, interconectando todo o leste do Pará, desde Santana do Araguaia até o Porto de Vila do Conde, em Barcarena. A implementação da Ferrovia Paraense será dividida em Trecho Norte, ligando Morada Nova a Barcarena (porto de Vila do Conde), com 759 km de distância; e Trecho Sul, ligando Santana do Araguaia a Morada Nova, com 553 km de distância. O custo estimado do Projeto é de R$ 14 bilhões.

A ferrovia vai passar por 23 municípios do Pará, integrando a porção leste do Estado de norte a sul. Os vagões da ferrovia terão capacidade para transportar até 170 milhões de toneladas por ano. Com o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental aprovado, o empreendimento está em fase de conclusão para o seu licenciamento ambiental e já tem nove compromissos de carga de empresas interessadas em transportar sua produção pela ferrovia.

Enquanto Câmara quer CPI para aumentar a receita, Parauapebas quer progresso social

Se mineração chegasse ao fim hoje, Prefeitura de Parauapebas não teria como manter sequer a atual folha de pagamento, de mais de R$0,5 bilhão por ano. Até servidores concursados teriam de ser demitidos, aos montes

Hoje (06) foi protocolado um pedido de abertura de uma CPI na Câmara Municipal de Parauapebas para investigar a Minerado Vale. A motivação da CPI é investigar a diferença entre os preços de vendas registrados nas notas fiscais e o preconizado na legislação mineral vigente, para determinação na base de cálculos da CFEM – Contribuição Financeira Sobre a Exploração Mineral. É bom lembrar que na legislatura passada foi aberta uma outra CPI contra a Vale na Câmara de Parauapebas e pouco, ou quase, nada produziu.

Ninguém sabe onde estarão os vereadores da atual legislatura em 2040, quando o minério de ferro das minas de N4 e N5 da Serra Norte de Carajás, as mais fartas e prósperas existentes no município de Parauapebas, esgotar-se. Mas, na atualidade, é tanto tiro no pé disparado pela Câmara que, no médio prazo, causará um buraco em Parauapebas do tamanho daquele que ficará nas entranhas do município quando a indústria extrativa mineral por aqui findar seu ciclo.

Problemas dentro e fora da área urbana saltam aos olhos e até a envergonham em nível nacional. Faltam saneamento básico, infraestrutura escolar, equipamentos de saúde pública e emprego. Sobram criminalidade, má distribuição de renda e pobreza. Ontem (5), aliás, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) atualizou os números de pessoas de baixa renda no país, e Parauapebas já contabiliza 69.330 cidadãos nessa lamentável condição, com pessoas cujo rendimento per capita não chega sequer a meio salário mínimo por mês.

Apesar de tantas lástimas sociais, a Câmara se mostra preocupada com abertura de mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para questionar práticas fiscais da mineradora multinacional Vale nos limites do município, de 2017 para cá. A iniciativa é louvável, mas está longe de refletir a real necessidade da população de Parauapebas, que sabidamente não faz questão de ver os cofres públicos com — ainda mais — dinheiro. Dos 5.570 municípios brasileiros, só 59 arrecadam mais que Parauapebas. No entanto, há mais de 1.450 com qualidade de vida superior à da “Capital Nacional do Minério de Ferro”. Isso desmonta qualquer discurso de que dinheiro seja problema para implementação de políticas públicas; o que de fato existe é a combinação da ausência de políticas, falência das que estão em curso e inadequação das raras que vêm sendo pensadas.

Falta de base

De maneira didática, a mineradora Vale funciona como o pilar que sustenta a empáfia financeira de Parauapebas. Nestes 30 anos, o município apenas cresceu — demais, diga-se de passagem — e não se desenvolveu a contento. A multinacional, que possui várias práticas comerciais questionáveis, como a de receber bônus pelo minério de Parauapebas e nada retornar ao município em relação a isso por não haver imposição legal, está longe de ser santa.

Mas, em três décadas, entre mortos e feridos no estranhamento de relações de todos os entes do poder público com a empresa, salvam-se todas as contas públicas do município.

Desde a primeira safra de royalties, em 1991, quando a moeda nem era o Real, até outubro deste ano, a Prefeitura de Parauapebas já viu entrar nos cofres R$2,77 bilhões. O valor da Cfem de 1991 transformado em moeda de hoje seria equivalente a R$1,58 milhão, de acordo com dados históricos do Tesouro Nacional. Em 2018, sem contar os repasses que ainda vão cair este mês e em dezembro, a prefeitura já faturou R$313,7 milhões. É, indiscutivelmente, muito dinheiro.

E, seja direta ou indiretamente, para além da compensação financeira, a Vale ainda derrama dinheiro em forma de taxas e impostos tanto a Parauapebas quanto ao Estado do Pará. Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Taxa de Fiscalização sobre Recursos Minerais (TFRM) são algumas das fontes de renda de estado e município para cima da mineradora.

Nesse universo de investida tributária à indústria mineral, o poder público em Parauapebas não dispensa o comportamento desesperado por dinheiro, quando o correto seria sentar para discutir o futuro do município exatamente sem a indústria mineral.

Sem alternativa

Parauapebas tem poucas alternativas, hoje e no futuro, diante do quadro atual de inércia de atribuições e responsabilidades intergovernamentais. Considerando-se o cenário socioeconômico atual, se o minério acabar, o município irá à lona. Se o minério não acabar, mas a produção for interrompida por mudança no comportamento do mercado internacional, o município irá à lona também. E se, ainda assim, o minério nem acabar, nem a produção for interrompida, mas gradativamente for reduzida, o município irá à lona do mesmo jeito. Não haverá minério que suporte o ritmo atual de produção, em torno de 140 milhões de toneladas por ano (Mtpa).

E aí está a grande questão a resolver. Com seu tamanho, e sem a extração mineral praticada pela Vale, Parauapebas só conseguiria arrecadar o equivalente à da Prefeitura de Castanhal, cuja receita corrente líquida no ano gira em R$377,5 milhões. Essa receita, todavia, não faria sequer cócegas à folha de pagamento da Prefeitura de Parauapebas, com valor anual de R$526,3 milhões. A conta não fecharia e servidores públicos, inclusive concursados, teriam de ser demitidos para conseguir deixar a folha com R$204 milhões e, assim, não ultrapassar o teto máximo de 54% da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Tudo isso parece absurdo e distante da realidade atual do município, mas se caminha para chegar lá. Hoje, sem qualquer ganha-pão além da Vale, o cenário de queda de receitas segue em frente e avante, com ou sem as benesses da mineração. O poder público simplesmente tem preguiça de pensar na questão, que é urgente.

O excessivo gasto de energia do Legislativo parauapebense para retirar pedras quietas e fora de rota, bem como para “recavar minas” em busca de mais recursos, deixa a “Capital Nacional do Minério de Ferro” cansada para buscar alternativas viáveis, lógicas, maduras e que potencializem a economia de fato, a fim de dar condições à sobrevivência da sociedade local. Adensar as cadeias produtivas do campo e criar condições para transformar Parauapebas em polo universitário, atraindo e não expulsando jovens aspirantes à universidade, precisam ser premissas básicas, inclusive com os recursos que já se tem.

Mineração local

Conforme o mais recente relatório da Vale, as reservas de minério de ferro dos corpos atualmente disponíveis (N4E, N4W e N5) e das reservas que serão as próximas a entrar na mira da lavra (N1, N2 e N3) totalizam 2,337 bilhões de toneladas. Na prática, segundo a empresa, é minério que dura até 2040, mas pode acabar antes porque o minério de Serra Norte tem teor acima de 65% e vem sendo demandado aceleradamente pela China, por conta das políticas de combate à poluição implementadas naquele país. No município ainda existem reservas intocadas nos corpos de N6, N7, N8 e N9, mas o volume conjunto dos quatro não suportaria dez anos na atual velocidade de produção da Vale em Parauapebas, em torno de 140 Mtpa.

Em 2015, a Vale extraiu do município 127,6 Mt de minério de ferro; em 2016, aumentou para 143,6 Mt; e no ano passado, 142,7 Mt. Este ano, de janeiro a setembro, já são 95 Mt. Em relação ao ano passado, aliás, a produção em Parauapebas está cerca de 9,5 Mt menor. Isso, para se ter ideia, corresponde a R$ 30 milhões em royalties que deixaram de entrar na conta da prefeitura local, o que confirma o argumento exposto mais atrás de que nem é preciso que o minério acabe para Parauapebas sentir efeitos no bolso; basta que a intensidade da produção diminua, e o município vai parar de ganhar.

Ao longo deste ano, as exportações de minério de ferro a partir do município despencaram em relação ao ano passado. Em 2017, de janeiro a setembro, foram 4,94 bilhões de dólares transacionados. Este ano, caiu para 4,35 bilhões de dólares. Mesmo com a queda das transações, os royalties à Prefeitura de Parauapebas aumentaram por conta de mudanças na legislação mineral, pela estabilização do preço do minério entre 65 e 80 dólares por tonelada e pela subida do dólar.

As questões conjunturais tributárias acerca de um produto precificado pelo mercado internacional e com forte repercussão na dinâmica social de Parauapebas estão para muito além da CPI da Câmara local, que perde tempo na tentativa de catar mais moedas, de um conjunto farto delas que não chega à população em forma de qualidade de vida.

Em minha opinião, essa CPI é perda de tempo e energia. Os nobre edis parauapebenses deveriam usar toda essa tenacidade com a Vale construindo pontes para trazer para o município um percentual do bônus que a Vale ganha lá fora sobre o minério de ferro daqui (a Vale fatura US$8,6 para cada 1% acima do preço de referência do minério de ferro, que é 62%. Mas o município não recebe nada por isso). Inclusive, essa deveria ser uma luta a ser feita com o envolvimento das Câmaras municipais de Canaã dos Carajás e Curionópolis, onde o produto avança 65% de teor. Outra sugestão seria os nobres vereadores gastarem os volumosos recursos disponibilizados àquela Casa indo visitar os locais onde a Vale negocia, tais como Qingdao, Tianjin e Xangai, na China; e Bombaim e Délhi, na Índia. Lá sim, os vereadores conseguiriam achar o atalho para provocar a transparência onde supostamente ela não existe.

Há alguns anos venho escutando que se pretende criar em Parauapebas um fundo independente usando os recursos da Cfem. Esse fundo serviria para fomentar a construção de novas fontes de trabalho e renda no município. Até onde se sabe, essa pretensão nunca saiu do papel, apesar do vizinho Canaã já tê-lo implementado naquele município há alguns anos. É nobre a intenção dos vereadores com essa de mais uma CPI, porém, totalmente infrutífera para os anseios dessa sociedade que tanto necessita de melhorias urgentes na qualidade de vida.

Vereador Horácio Martins diz que Celpa é um “câncer sem cura”

Durante o “grande expediente” desta terça-feira (6), na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Parauapebas, a concessionária de energia elétrica Celpa, que faz parte do Grupo Equatorial foi alvo de duras críticas por conta do vereador Horário Martins (PSD).

Durante o seu discurso, Horário Martins afirmou que a Rede Celpa é um câncer sem cura. “Peço a ajuda de todos os parlamentares desta casa de leis para que possamos tomar uma atitude contra essa concessionária de energia que vem prejudicando a nossa população. No município de Marituba, por exemplo, a Celpa foi proibida de efetuar qualquer corte sem decisão judicial e nós precisamos nos unir para que a empresa possa ser responsabilizada por certas ações em Parauapebas”, disse o vereador

Ainda de acordo com o parlamentar do PSD, funcionários da Rede Celpa visitam residências de clientes para vistoriar possíveis “gatos”, e os mesmos acabam sendo enganados. “A Celpa faz vistoria nas casas, coloca um aparelhozinho e afirma que se trata de gato, daí alguns funcionários dizem: ou você me dá R$ 2 mil, ou vou retirar o relógio e vou levar, mas daqui uns meses vem a multa de R$ 20 mil ou 30 mil”, relatou o vereador, que disse que o consumidor é coagido e acaba pagando dinheiro aos técnico por falta de conhecimento, principalmente quem mora em residências alugadas.

“Convoco o senhor presidente para que marque uma reunião com todos os vereadores, para que possamos ajudar a nossa população contra o abuso da Celpa que é altíssimo”, finalizou Horácio Martins.

Quem também teceu críticas à Rede Celpa foi o vereador Marcelo Parcerinho (PSC). “Essa concessionária é campeã de reclamações, de cada 10 denúncias no Procon, 11 são contra a Celpa. Está na hora de muitos aqui vestir o paletó de vereador e dar um tranco na Celpa”, relatou.

Secretaria de Assistência Social é acusada de ‘virar as costas’ para crianças e adolescentes

Legalmente instituídas, as duas unidades do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente passam por dificuldades em Parauapebas. De acordo com os conselheiros tutelares, não se trata de problemas novos, mas, tratados em “banho-maria” pelos governos que não têm dado a devida manutenção para que funcionem adequadamente. “Chegou ao extremo que não dá mais para aguentar”, afirmou Neil Armstrong, conselheiro tutelar.

Neil trabalha no Conselho Tutelar I, o mais antigo, situado o Bairro Rio Verde, onde ele relata que não tem a mínima assistência, faltando material de expediente, manutenção no prédio e até combustível para a única viatura que, aliás, está parada por um simples problema mecânico.

O conselheiro conta que encaminhou ofícios ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdcap) e à Secretaria Municipal de Assistência Social, expondo o problema e listando os itens necessários, como material gráfico, bateria para carro, lâmpadas, manutenção em ar condicionado, computador, nobreak e tonner para impressora.

Outro problema sério enfrentado pelos conselhos é material gráfico. Trata-se de pastas para arquivamento de prontuários de atendimentos, blocos de fichas de atendimento, blocos de notificação convocatória e blocos de denúncias anônimas; todos considerados indispensáveis para o atendimento.

O prédio do Conselho Tutelar I, no Bairro Rio Verde, por ter um prédio bastante antigo, segundo Neil Armstrong, necessita de reformas e melhorias, serviços já pedidos. Porém, ainda sem resposta por parte do governo. A lista de melhorias é a seguinte: acessibilidade, reforma dos banheiros, troca de piso em todo o prédio, acabamento de reboco (massa corrida) em todo o prédio, pintura predial interna e externa, troca da porta da recepção, revisão dos sistemas hidráulico e elétrico, divisória para a secretaria, ampliação para acomodar a copa e sala de reuniões, reforma do prédio anexo (arquivos), entre outras melhorias.

De acordo ainda com Neil, o atendimento esteve comprometido nos últimos dias por falta de combustível o que impossibilita a notificação convocatória, tendo sido feita por ligação telefônica. “Precisamos tanto do bloco de notificação quanto do combustível para ir entregar”, explica Neil, contando que após ter exposto em redes sociais os problemas, o secretário de Assistência Social, Jorge Guerreiro, liberou 30 litros de combustível, quantidade que ele mensura não ser suficiente para mais de um dia.

Outro lado

O Portal Pebinha de Açúcar entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, para tomar conhecimento oficial da situação, confira a nota encaminhada à nossa redação:

“Em relação à falta de combustível que comprometeu o abastecimento de veículos que dão suporte ao Conselho Tutelar, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) esclarece que:

Os postos de combustíveis que abastecem a prefeitura continuam a alegar que estão sem condições de fornecimento contínuo, mas a situação do Conselho Tutelar já foi normalizada nesta segunda-feira, 06.

A Semas reitera o compromisso com o trabalho desenvolvido pelos conselheiros tutelares de Parauapebas e reforça que continuará contribuindo para que as ações que visam garantir os direitos das crianças e adolescentes sejam mantidas”.

PF investiga esquema de extração clandestina de manganês

A Polícia Federal deflagrou hoje (6) a Operação Migrador, com o objetivo de desarticular grupo criminoso responsável pela extração clandestina de manganês, nos estados do Pará, da Bahia e do Espírito Santo. De acordo com levantamentos preliminares realizados, a quantidade de manganês extraída, assim como os prejuízos causados pela extração clandestina decorrentes do não pagamento de tributos, e ainda os danos ambientais provocados, causaram prejuízos da ordem de aproximadamente R$ 87 milhões.

Policiais federais cumprem 111 mandados judiciais expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de Marabá/PA. São 24 mandados de prisão preventiva, 29 mandados de busca e apreensão, 52 mandados judiciais de bloqueio de contas bancarias e sequestro de bens e 6 ordens judiciais de suspensão das atividades econômicas das empresas investigadas. Os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de Marabá/PA, Parauapebas/PA, Curionópolis/PA, Eldorado do Carajás/PA, Canaã dos Carajás/PA, Salvador/BA e Vila Velha/ES.

As investigações tiveram início no ano de 2015, após a deflagração da Operação Buriti-Sereno. Com a análise dos documentos e informações coletadas, além de diversas ações investigativas realizadas, constatou-se que existe na região uma verdadeira ação articulada de pessoas e empresas para extração, beneficiamento, transporte e exportação de minério, através da falsificação de documentos públicos e fiscais, com o intuito de dar aparência de licitude a atividade criminosa.

As diligências apontam que um grupo de empresas e pessoas físicas vem de forma reiterada usurpando minério de manganês extraído, sem autorização dos órgãos competentes, nas regiões conhecidas como Vila União, em Marabá/PA e nas serras do Buriti e Sereno, localizadas entre os municípios de Curionópolis/PA e Parauapebas/PA.

Os investigados responderão pelos crimes de usurpação de bens da união, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e uso de documento falso. Ao todo as penas pelos crimes investigados podem alcançar mais de 30 anos. Os presos serão encaminhados aos presídios das cidades de Marabá/PA, Salvador/BA e Vila Velha/ES, onde ficarão à disposição da Justiça Federal.

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