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Governo do Pará aumenta preventivamente o número de leitos no combate à covid-19

Em comunicado oficial, na manhã deste sábado (26), o governador Helder Barbalho informou o incremento de mais 55 leitos de UTI e 10 leitos clínicos na rede de saúde estadual. Além de atualizar o cenário epidemiológico da covid-19 no Estado, também anunciou a publicação de medidas preventivas, especialmente, sobre a aglomeração de pessoas nas festas de fim de ano. As ações serão publicadas no Diário Oficial, da próxima segunda-feira (28).

O Pará apresenta, atualmente, a ocupação de 41% de leitos clínicos e 66% de UTI, o que representa um cenário favorável, de acordo com o secretário adjunto de Saúde Pública do Pará (Sespa), Sipriano Ferraz. Entretanto, com a identificação do aumento do número de solicitações de internações em UTI nos últimos dias, são necessárias novas medidas de precaução. Em agosto, a Sespa recebeu 438 pedidos; em setembro, 321; em outubro, foram 308; novembro, 323. No mês de dezembro, até o dia 26, foram 356 solicitações.

O governo do Estado busca evitar que as festas de fim de ano tragam repercussões agravantes à saúde dos paraenses. “Conseguimos superar com estabilidade as férias de julho, o Círio de Nazaré, o período de eleições, porém com as atuais projeções, baseados na ciência e na técnica, com acompanhamento diário das nossas equipes, precisamos reavaliar algumas medidas, para evitar o estabelecimento de restrições severas que já estão ocorrendo em outros estados brasileiros e países”, explica o governador Helder Barbalho.

Ações buscam proteger a população e evitar o aumento no número de casos da doença

O Pará viveu o ápice da pandemia no mês de junho, ao alcançar 67.149 novos casos e segue em queda, desde julho até novembro. Observa-se que em dezembro, até o dia 26, cerca de 400 novos casos a mais já foram identificados em comparação ao mês passado, o que leva o Governo a agir de forma preventiva para proteger a população.

“Não podemos fomentar aglomerações, deixar de usar máscaras, lavar as mãos, ou usar álcool em gel. Essas medidas são fundamentais para barrar a tendência de aumento do número de casos de covid-19 no Estado. Estamos ampliando a retaguarda da rede, de forma preventiva, para que nenhum paraense fique desassistido no Pará”, reforça Sipriano Ferraz.

Sipriano Ferraz, secretário adjunto da Sespa

O secretário adjunto reforça que os paraenses precisam de atendimentos cirúrgicos eletivos de outras patologias, além do novo coronavírus e, por isso, há a necessidade de deixar uma retaguarda maior de leitos. O Estado conta, atualmente, com a oferta de 201 leitos de UTI adultos, 29 pediátricos e três neonatal exclusivos para covid-19. No ápice da pandemia, o Estado alcançou 722 leitos.

O cenário atual do novo coronavírus no Pará é de 289.795 casos confirmados, 270.836 recuperados e 7.124 óbitos confirmados pela doença.

Professor Marcel Botelho, reitor da Ufra

CLASSIFICAÇÃO DO BANDEIRAMENTO

Segundo o reitor da Ufra, professor Marcel Botelho, é importante ressaltar que o número de leitos disponíveis é superior a demanda no Estado como um todo. Contudo, ao observar separadamente as regiões de saúde, observa-se tendências de aumento.

“Na Região Metropolitana de Belém, tivemos uma redução do número de casos, no que se refere à necessidade de demanda hospitalar. Entretanto, nas outras regiões, como Marajó Ocidental, Xingu, Tapajós, Tucuruí, Baixo Amazonas, Carajás, Araguaia e Nordeste, a tendência é de aumento” – professor Marcel Botelho, reitor da Ufra.

O coordenador do programa Retoma Pará, Adler Silveira, ressalta as alterações da classificação do bandeiramento, a partir deste sábado (26), que leva em conta a avaliação atual da quantidade de novos casos contabilizados e a capacidade do sistema de saúde.

“O bandeiramento das regiões Tapajós e Xingu passam do amarelo para o laranja. As regiões do Araguaia e Baixo Amazonas mantêm o bandeiramento laranja. Regiões do Tucuruí, Marajó Ocidental e Nordeste paraense seguem em bandeiramento amarelo. Região Metropolitana de Belém (RMB), Marajó Oriental e Baixo Tocantins seguem em verde, devido à capacidade maior do sistema de saúde” – Adler Silveira, coordenador do programa Retoma Pará.

Adler Silveira, coordenador do programa Retoma Pará

O governador do Estado observou que as regiões que sofreram alteração de bandeiramento (Tapajós e Xingu) apresentaram, nos três inquéritos epidemiológicos realizados pela Uepa e Ufra, uma taxa menor de pessoas que já tiveram contato com o vírus. “Enquanto a RMB identificou que 42% da população entrevistada já apresentava contato com o vírus, nas duas regiões essa taxa variava em torno de 15%. Então, o menor número de pessoas que já teve contato com o vírus representa um maior número de pessoas expostas a vir a ter contato”, ressalta.

SEGURANÇA

Para que as aglomerações das festas de final de ano não tenham repercussão no agravamento do cenário da pandemia, a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) realiza, desde o dia 3 de dezembro, a operação Festas Seguras, focada em preservar vidas a partir do cumprimento de protocolos de saúde, além do combate aos crimes contra o patrimônio.

Ualame Machado, titular da Segup

O secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, reforça que os decretos, municipais e estaduais, assim como as decisões judiciais continuarão sendo rigorosamente cumpridas pelos órgãos de segurança. “Sempre prevalecerão os decretos ou decisões mais rígidas e restritivas, no que se referem à proibição do funcionamento de estabelecimentos ou à quantidade de pessoas”, informa. As medidas variam de acordo com a situação de cada região de saúde.

VACINA

Helder Barbalho informou que o Governo segue trabalhando no processo de vacinação em diálogo com o Ministério da Saúde, Instituto Butantan e outros laboratórios. “A nossa previsão, é que ainda em janeiro conseguiremos iniciar a vacinação por fases e grupos restritos e gradativamente, ir aumentando os grupos, de acordo com a oferta de vacina, para, ao longo de 2021, imunizar toda a população”, reforça. O estado do Pará só fará uso de vacinas regulamentadas pela Anvisa, órgão regulador brasileiro.

Segundo o governador, a Sespa já está preparada para o plano de vacinação, com 3 milhões de seringas e agulhas em estoque, com a logística pronta para distribuição das vacinas para os 144 municípios paraenses.

“Sei o quanto todos nós estamos cansados da distância de um familiar, do uso de máscara, sou solidário ao sofrimento que vivemos ao longo desses meses, mas devemos ter a consciência de que o vírus ainda está circulando. Enquanto não houver a imunização, temos que manter todos os cuidados”, finaliza o governador.

A transmissão ao vivo foi feita pelo site Agência Pará, TV Cultura e pelas redes oficiais do governo do Estado e Sespa.

Corpo de Bombeiros do Pará orienta sobre o uso de fogos de artifício

Este ano, a realização de shows pirotécnicos nas festas de fim de ano não está autorizada. Mas não há impedimento para lançamentos de fogos em ambientes abertos, desde que o uso seja doméstico. O Corpo de Bombeiros Militar do Pará orienta a população a tomar os devidos cuidados para que o momento de celebração não se transforme em tragédia, com acidentes com queimaduras e incêndios.

O melhor mesmo é não utilizar esse tipo de distração, mas se o cidadão insistir, deve atentar para a aquisição dos produtos somente em lojas especializadas e devidamente credenciadas pelos Bombeiros.

“Os fogos de artifício em si são normatizados, eles têm um selo de qualidade do Inmetro. Então, a orientação é só fazer aquisição em lojas especializadas e certificadas, assim como os produtos em si. O armazenamento dos fogos, quando a aquisição é feita previamente, deve ser em local seco, longe de temperaturas altas, como fogão, de umidade e, principalmente, longe do alcance de crianças”, orienta o major Pablo Ricardo.

Outra recomendação é ler as instruções da embalagem dos fogos de artifício. A utilização deles deve ser feita somente por adultos e em ângulo de 90° em relação ao solo. “Importante que a pessoa não tenha consumido bebida alcoólica, que não esteja em estado de alteração da coordenação motora, o que pode causar acidentes – que são muito comuns na verdade, pois o controle da motricidade fica prejudicado. O local de lançamento também é importante: não é recomendado em áreas cobertas ou fechadas, nunca deve ser lançado na direção das pessoas e deve ser solto longe de escolas, clínicas e hospitais (onde há pessoas internadas) e hospitais veterinários”, acrescenta o major.

Para ambientes internos, se for o caso, existem os fogos chamados ‘indoor’, porém a aquisição deve ser bastante criteriosa, pois existem materiais de baixa qualidade, que são rotulados indevidamente. “Não fazer modificações para tentar aumentar a capacidade, como colocar mais pólvora, por exemplo. Sempre mantê-los na forma original de fábrica. E se for feito o lançamento de um fogo de artifício e ele, por acaso, não for acionado ou detonado, não fazer a reutilização, tentar reaproveitar. Quando falha, deve ser recolhido com todo cuidado e colocado em um recipiente com água para aguardar alguns minutos para ser descartado”, explicou o major Pablo Ricardo.

Quando há uma quantidade expressiva de fogos a ser lançado (o que está proibido atualmente, para evitar aglomerações), é necessária a contratação de um profissional, o blaster, cadastrado na Polícia Civil e que está habilitado para executar esse tipo de apresentação. “O projeto do show deve ser submetido, com documentação ao Corpo de Bombeiros, e aprovado para ser executado. No Pará, temos a Instrução Técnica nº 10, que faz a normatização para espetáculo pirotécnico. Para fogos de uso pessoal, caseiro, não temos nenhuma normativa que discipline esse uso, apenas as instruções dos fabricantes e das corporações dos Bombeiros”, finalizou o major.

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