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Carioca: Flamengo e Volta Redonda começam disputa por vaga na final

O Flamengo começa a disputar com o Volta Redonda uma vaga para a final do Campeonato Carioca. A partida acontece neste sábado (1) a partir das 21h05 (horário de Brasília) no estádio Raulino de Oliveira.

O Rubro-Negro e o Esquadrão de Aço fazem o jogo de volta das semifinais da competição no próximo sábado (8), a partir das 21h05 no Maracanã. Quem avançar pega o vencedor de Fluminense e Portuguesa, que jogam neste domingo (2), a partir das 16h no estádio Luso Brasileiro.

O Rubro-Negro chega à partida embalado, após o triunfo de goleada, por 4 a 1, sobre o Unión La Calera (Chile) na última terça-feira (27) no estádio do Maracanã pela Copa Libertadores. Além disso, o time da Gávea também está confiante após vencer o mesmo Volta Redonda por 2 a 1, no último sábado, pela última rodada do primeiro turno. O triunfo garantiu ao Flamengo o título da Taça Guanabara.

Com sua equipe envolvida em uma sequência de jogos importantes pela Copa Libertadores, o técnico Rogério Ceni decidiu voltar a optar por uma equipe alternativa diante do Esquadrão de Aço, como fez no último final de semana. O atacante Gabriel Barbosa, o meia Gerson e o lateral Filipe Luis não foram nem relacionados para a partida deste domingo.

Já o Volta Redonda se apega a um retrospecto muito positivo. Jogando no Raulino de Oliveira, o Esquadrão de Aço não perde desde junho de 2019. Mas, para ficar com a vitória, a equipe comandada pelo técnico Neto Colucci terá que quebrar uma incômoda escrita, não vence o Flamengo desde 2016.

Homem é abordado no Beira Rio pela Polícia Militar e vai parar na cadeia

Na noite da última sexta-feira (30), a Polícia Militar prendeu em posse de entorpecentes Alex Júnior Andrade de Araújo.

O acusado foi abordado na Rua Rio Claro, no Bairro Beira Rio,  nas proximidades do Terminal Rodoviário de Parauapebas,  onde a guarnição policial realizava rondas e avistou o homem com atitude suspeita, motivo que foi feito a busca pessoal e não foi encontrado nada, posteriormente indagado, se haveria algo de ilícito na mochila, Alex informou que sim, confissão confirmada ao ser localizado uma porção de 10 gramas de maconha e outra porção de 4,4 gramas de cocaína, motivo suficiente para que fosse dado voz de prisão e conduzir o suspeito para a 20ª Seccional de Polícia Civil para responder pelo crime cometido.

Em Parauapebas, filha cria ‘vaquinha virtual’ para ajudar mãe a recuperar visão

Solange Ribeiro da Silva perdeu a visão por um problema de glaucoma e catarata devido ao diabetes. A mesma conta com ajuda e suporte financeiro de amigos e familiares para despesas, pois ela não consegue trabalhar, e ainda não está recebendo a aposentadoria.

Solange precisa fazer uma cirurgia para reduzir a pressão dos olhos e o valor é R$30.000,00 (trinta mil reais), consideravelmente alto.

Sua filha, Blenda Ribeiro criou uma vaquinha on-line para arrecadar fundos e possibilitar a cirurgia.

A família e amigos agradecem a ajuda de quem puder.

Clique na ‘vaquinha virtual’ e ajude: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajuda-para-dona-solange

SÉRIE PARAUAPEBAS 33 ANOS: Faisal, o ex-prefeito e médico do povo

Faisal Faris Mahmoud Salmen Hussain nasceu dia 23 de fevereiro de 1953 na cidade paulista de Agudos, a 330 km da pujante capital, São Paulo, hoje, com 123 anos de fundação, e com cerca de 37 mil habitantes. Claro, que quando ele nasceu lá há 68 anos a cidade era bem pequena. O pai Mahmoud Salmen Hussain, empresário, e a mãe, Rasma Fayad Salmen, eram libaneses, chegaram ao Brasil ainda crianças no início do século passado. A mãe morreu ainda em São Paulo e o pai faleceu em Parauapebas. A família era grande. Além de Faisal, o casal teve ainda mais sete filhos: Fued, Feis, Farid, Fauez, Fauzia, Faruk e Fauze. Cinco já morreram: Feis, Farid, Fauze e o músico Faruk Salmen, que morreu de câncer dia 20 de abril de 2000 e é nome de uma das principais avenidas de Parauapebas.

Família classe média, o menino Faisal teve uma infância e uma adolescência tranquila em Agudos, apesar de sofrer bullying na escola pelo fato de ser gordinho demais, especialmente com 14 e 15 anos de idade. Às vezes emagrecia, mas em pouco tempo voltava a engordar de novo e era motivo de gozação na escola. Apesar da obesidade, gostava de brincar com os amigos de tudo que era possível: peão, baliza e carrinho de rolimã.

Namorava muito? Pergunta o repórter. “Nada. As meninas não gostavam de rapaz gordinho”, revela, sorrindo.
A vida, porém, não era só brincadeira. O menino precisava estudar. Estudou a vida toda na escola pública Horário Soares. E era um bom aluno. “Sempre gostei de humanas e biologia”, afirmou. Em 1975, após passar no segundo vestibular de sua vida, ele ingressou na Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto (SP). Na faculdade, começou a despertar o seu lado socialista, e no segundo ano de medicina conquistou a simpatia dos colegas e tornou-se presidente do Diretório Acadêmico. “Eu já lutava em favor dos direitos humanos, pelo fim das desigualdades sociais, pela democracia e pela liberdade de imprensa”, revela. O regime era comandado pelo governo militar. Era um jovem destemido.

Faisal concluiu o curso de medicina em 4 de dezembro de 1980, especializando-se em pediatria. Mas queria mais: inteligente e dedicado, o recém formado conquistou o primeiro lugar em um disputado concurso de bolsa de estudo promovido pelo Rotary Clube de São José do Rio Preto, disputando com cinquenta estudantes, e foi fazer especialização no México. Voltou do exterior e fez mais dois anos de residência em um hospital de Campinas (SP), onde lá o estado do Pará começava a “entrar” em sua vida.

Faisal Salmen

 

Influência de um amigo

Seu colega de classe na faculdade, o estudante Hermes Miguel Caselli, cujos pais já moravam em Marabá (PA) foi fundamental na sua vinda para o Pará.
Em 1982 Faisal casou-se com a jovem psicóloga Elisabel Mesquita, que conheceu lá mesmo em sua cidade, São José do Rio Preto. “Eu fui para lá trabalhar na secretaria de Promoção Social e o Faisal estava terminando a faculdade de medicina”, lembra Bel Mesquita, ex-mulher de Faisal e ex-prefeita de Parauapebas, que em breve também será entrevistada neste projeto de homenagem aos pioneiros. O casal sonhava com dias melhores de vida. Um belo dia, ele recebeu um convite inusitado:
– E aí, Faisal, topa ir morar no Pará? Lá é um estado promissor e tem futuro, comentou o amigo Hermes com ele.
Sem pensar duas vezes, o jovem Faisal respondeu na hora: “Eu topo”. Conversou com a esposa Bel e em 1984 partiu sozinho para Marabá, e depois a esposa Bel veio ao seu encontro, enfrentaram uma estrada de chão horrível, mas chegaram ao povoado de Parauapebas. Na cidade, o casal teve a menina Jihane, hoje mãe da Anna Beatriz e grávida da Maité e seu segundo filho chamado Faisal. Logo, Faisal conseguiu emprego no Grupo Executivo das Terras do Araguaia-Tocatins (Getat). Ele atuava como médico na área do Centro de Desenvolvimento Social (Cedere 1), a 20km de Parauapebas, distrito de Marabá. Era clínico geral e pediatra ao mesmo tempo. Altamente capacitado, mas com ideias socialistas em pleno governo militar, acabou sendo demitido do Getat. Aí foi trabalha na empresa Juruena, do grupo da Construtora Andrade Gutierrez, cujo acampamento ficava entre as vilas Palmares Sul e Palmares II.

Enquanto isso, a mineradora Vale, à época Vale do Rio Doce, já faturava alto com a exportação de minério, mas “não aplicava muito em Parauapebas”, segundo Faisal. “Para compensar, construiu o Hospital Regional, o Quartel da Polícia Militar, o Sesc e a delegacia de polícia. Mas o povo queria mais”, disse ele.

O médico Faisal Salmen, os quatro filhos e a neta Anna Beatriz

 

Médico popular

Paralelamente à medicina, a política surgiu nos planos do médico Faisal Salmen. Após sair da empresa da Andrade Gutierrez, ele montou seu próprio consultório na Rua 24 de Março, entre a Rua do Comércio e a Av. JK, no Rio Verde. “Atendia muita gente, especialmente os mais desassistidos. Quem não podia pagar a consulta em dinheiro, pagava com galinha caipira ou leitão e quem não tinha dinheiro, era atendido de graça”, disse ele. A fama de médico das famílias carentes corria solta e cada vez mais o médico Faisal ganhava admiradores no povoado, que tinha sua maior concentração, com humildes casas e barracos, justamente no embrião do que seria o potente bairro Rio Verde.

Emancipação

Lideranças comunitárias, empresariais e políticas começaram a notar que o povo de Parauapebas a cada dia recebia famílias de todo o Brasil, especialmente do Maranhão, e tinha condições de se transformar em um pujante município. Para isso, começaram a se articular em reuniões que aconteciam em um salão que ficava perto a onde hoje se encontra hoje o Banco do Brasil, no Rio Verde, conforme relatou Faisal.
Depois de muita luta e o envolvimento de muitas lideranças, finalmente dia 10 de maio de 1988 Parauapebas foi desmembrada do município de Marabá e conquistou sua própria autonomia política. A luta de homens e mulheres foi árdua, mas valeu a pena.

Primeira eleição

Em 1988, quando foi a realizada a primeira eleição em Parauapebas o médico Faisal Salmen saiu candidato pelo PTB, tendo como candidato a vice-prefeito Renato Araújo, o Renatinho, do PSD. O adversário mais forte do outro lado era Volney, do PDT.
“A elite de Parauapebas era contra mim e eu contava com o apoio do povo, das pessoas realmente populares. Defendia os mais necessitados em todos os sentidos, inclusive contra latifundiários que vieram de Paragominas e queria tomar terra aqui no município. Eu, com o apoio dos deputados federais Ademir Andrade, Asdrúbal Bentes e Plínio Pinheiro, enfrentamos os poderosos fazendeiros e evitamos o desmatamento por si só e demos as áreas pleiteadas para o povo morar, transformando-os em bairros”, destacou.

A eleição ocorreu em novembro de 1988 e Faisal Salmen foi eleito o primeiro prefeito de Parauapebas e cumpriu o mandato de 1989 a 1992.

 

O que o senhor destaca de sua administração?
– Com certeza a criação da Leia dos Royalties, com o apoio de prefeitos mineiros. Sofríamos com a falta de recursos porque o ICMS-Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços era baixo e o Imposto Único da Mineração ia direto para Marabá. Os royalties foram e são fundamentais para o município. Fizemos também a distribuição de lotes no Bairro da Paz, construção de escolas, entre as quais, a Paulo Fonteles e a Cecília Meireles e a escola Tancredo Neves em Canaã dos Carajás, além de postos de saúde, afirmou o ex-prefeito.

Segundo ele, a posição da Vale em relação ao município parauapebense mudou muito. “Naquela época, a Vale só queria extrair o minério e não atendia as necessidades reais do povo de Parauapebas. Só queria lucrar. Era o braço direito do governo militar. Hoje, a situação é completamente diferente. A Vale contribui com várias ações para o desenvolvimento do município e ajuda bastante Parauapebas”, frisou.

A administração de Faisal Salmen não foi só flores. Houve muitos espinhos. Ele chegou a ficar afastado da administração por 36 dias acusado pela oposição de “irregularidades administrativas”. “Fui afastado injustamente. Fui injustiçado. Uma prova disso é que a Justiça fez justiça e me retornou ao cargo, permitindo que eu concluísse meu mandato até o fim, apesar de a oposição fazer de tudo para me prejudicar”, declarou Faisal, ressaltando que contribuiu “economicamente, socialmente e politicamente para o desenvolvimento de Parauapebas”.

 

 

Após deixar a prefeitura, e ficar atuando como pediatra, após o mandato do segundo prefeito eleito, Chico das Cortinas (nosso entrevistado de amanhã), Faisal ajudou a eleger a esposa Bel Mesquita prefeita de Parauapebas. Dois anos depois foi eleito deputado estadual por duas vezes e, posteriormente, foi eleito o vereador mais votado de Parauapebas, sempre preocupado com as causas sociais.

Segundo casamento

Faisal Salmen ficou mais de vinte anos casado com a psicóloga Bel Mesquita. Depois, casou-se com a empresária Maria do Socorro Plácido, com quem tem dois filhos: Yasmin e Samir Salmen.

O casamento durou quase vinte anos e os dois se divorciaram há cinco anos, mas continuaram amigos. Inclusive, nos últimos três anos (ele começou tratamento de câncer em 2019), por causa de tratamento de saúde, dona Maria do Socorro passou a dar total apoio para ele diariamente e os dois têm uma convivência muito bonita e harmônica.

Amor por Parauapebas

Faisal Salmen é um apaixonado por Parauapebas. “Meu amor por esta cidade é infinito. Não vivo em outro local que não seja Parauapebas. Eu e minha família. Parauapebas significa parte da minha vida”, declarou.

Ao ser perguntado se sente um homem realizado, Faisal pensa alguns segundos e responde: “Parcialmente”.
O repórter indaga o porquê, ele responde: “Ainda quero voltar a praticar a medicina na minha cidade. É meu sonho. Me preparei bastante enquanto estava fora da política, fiz cursos, aumentei meus conhecimentos até na área da psiquiatria. Espero que isso aconteça em breve. Aí sim, vou me sentir realizado totalmente. Isto não aconteceu porque, como você sabe, tive problemas de saúde nos últimos anos, enfrentando câncer, com tratamento em São Paulo e em Belém, e depois peguei a covid duas vezes e ainda estou me restabelecendo”, explicou.

Então foi por isso que o senhor se afastou da política?
“Também. Foi um dos motivos”, afirmou.

Futuro de Parauapebas

“Grandioso. Parauapebas ainda será um grande centro cultural e educacional, mas para isso precisa melhorar muito o setor agrícola, investindo em agroindústrias, por exemplo, e valorizando cada vez mais o homem do campo”.

Brasil

“O Brasil vive um momento muito difícil. Está muito dividido. Não vejo uma saída desta crise econômica e política a curto prazo”, destacou.

Saúde

Após momentos difíceis na luta contra o câncer, hoje Faisal já está se reestabelecendo “Hoje não tenho mais aquela força que tinha há algum tempo atrás. Estou com a saúde ainda um pouco fragilizada. Passei por algumas cirurgias e por covid, mas estou bem e recuperado”, afirmou.

Faisal Salmen saiu do hospital em novembro, após se recuperar do câncer. Pegou covid duas vezes, chegou a ficar com 20% do pulmão comprometido, mas venceu a luta. E sobre luta este homem conhece bem e tem uma história de luta muita bonita no Pará, sendo boa parte da vida em prol de Parauapebas.

Nosso entrevistado de amanhã será o segundo prefeito eleito de Parauapebas, Chico das Cortinas.

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