Dia: 5 de abril de 2022

“O valor que eu iria pagar a conta da água, já deu pra economizar e comprar uma parte do material escolar dos meus filhos. Esse programa é uma benção na minha vida, estou muito agradecida e feliz por receber esse benefício” comemora a dona de casa Elizabeth dos Anjos, que mora em Santarém com os seus três filhos, e é uma das beneficiárias do programa “Água Pará”, da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), que já cadastrou mais de 150 mil famílias, o que representa mais de 700 mil pessoas beneficiadas e um investimento de 46 milhões do Governo do Estado.

É a primeira vez que um programa social como esse, que prevê o custeio do consumo de água de famílias paraenses pelo Governo do Pará, durante o período de dois anos, é desenvolvido no estado, de acordo com a diretora de Pessoas e Logística da Cosanpa, Fernanda Paes.

“O ‘Água Pará’ possibilita a transferência direta de renda, que visa garantir o pagamento de custos de obtenção de água potável para famílias de baixa renda, com o objetivo de contribuir para a erradicação da pobreza e melhoria das condições de saúde da população em situação de vulnerabilidade”, diz. A expectativa do programa é contemplar cerca de 235 mil famílias.

O cadastramento pode ser realizado a qualquer momento, em todas as unidades da Companhia dentro do estado, nos 52 municípios atendidos. O beneficiário deve estar inscrito no programa, possuir inscrição no CadÚnico e o registro da conta de água com a mesma titularidade de CPF, além de registrar um consumo mensal de até 20 m³ (metros cúbicos), apurado de acordo com medição constante da fatura. O consumo mensal excedente discriminado na fatura deverá ser pago pelo beneficiário.

Os documentos solicitados são: originais e cópias do RG e CPF, uma conta da Cosanpa (se já for cliente), comprovante de residência, cartão do programa Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família) ou resumo do CadÚnico. Em setembro de 2021, foram entregues as primeiras contas pagas para os clientes da Cosanpa beneficiados pelo programa.

Vale Gás

Assim como o “Água Pará”, o programa “Vale Gás”, lançado no dia 23 de setembro de 2021, pelo Governo do Estado, busca minimizar os efeitos causados pela pandemia da Covid-19 entre a parcela da população mais vulnerável econômica e socialmente. Com a primeira etapa realizada no mês de outubro do ano passado, o programa teve continuidade, após aprovação pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), com os pagamentos distribuídos da mesma forma que na primeira etapa: duas parcelas de R$ 100,00.

“Em meio à alta no valor do gás de cozinha e dos insumos alimentares, o ‘Vale Gás’ surge como um benefício importante para a garantia da alimentação. Em meio a um contexto difícil, o que fez com que famílias em situação de vulnerabilidade tivessem dificuldades em manter a compra de seus botijões, o governo garantiu apoio à população. Somado a outros benefícios, o programa fez com que o Pará fosse reconhecido como segundo estado do país que mais investiu em distribuição de recursos para a população durante a pandemia. Um feito histórico”, ressalta Inocêncio Gasparim, titular da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).

A Prefeitura de Parauapebas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento (Seden), vai iniciar a segunda turma do curso de Produção de Biojoias. Na tarde de segunda-feira, 4, ocorreu a abertura do curso no auditório do Centro Universitário de Parauapebas (Ceup), onde autoridades do governo municipal explicaram o projeto para as novas alunas que irão produzir peças e gerar trabalho e renda.

“Nós estamos aqui na parceria com o curso da segunda turma, e atendendo, hoje, 41 mulheres. Nós vamos dividir a turma em duas etapas: uma semana com a metade das mulheres e a outra metade da turma na próxima semana. Todas as sextas as turmas vão se reunir durante esses dois meses de curso. Vamos qualificar essas mulheres com o curso de Produção de Biojoias, que é um curso muito procurado e está no mercado de trabalho”, aponta a coordenadora da Casa da Mulher, Leila Pereira.

Para formar a segunda turma, a Seden fez parceria com as secretarias de Assistência Social (Semas) e da Mulher (Semmu) tendo em vista que o projeto prioriza mulheres em situação de vulnerabilidade social, incluindo as vítimas de violência doméstica.

O curso terá início na próxima segunda-feira, 11, com duração de dois meses. Com a Coordenadoria de Extrativismo e Bioeconomia Sustentável, as alunas irão aprender a utilizar, de forma sustentável, as riquezas naturais da região para a confecção de peças que costumam encantar o segmento de moda. O objetivo da Seden é transformar Parauapebas em referência nacional na produção de biojoias.

“Esse curso veio da provocação do 32º Encontro da Mulher pelo fato do ano atual ter o tema de sustentabilidade, e a Seden pegou esse projeto para dar para as mulheres”, disse a coordenadora do Polo de Desenvolvimento de Bioeconomia da Seden, Maria de Jesus.

Após a capacitação e certificação das turmas, as mulheres continuam sendo acompanhadas pela prefeitura. “Nós fazemos com que essas mulheres continuem promovendo as peças que elas aprendem no curso e a gente começa a levá-las ao mercado de trabalho”, informou Maria de Jesus.

Preciosidades da Amazônia

O curso está inserido nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e faz parte do projeto Preciosidades da Amazônia da Seden, que visa promover o desenvolvimento sustentável, implantar e incentivar cadeias produtivas que aproveitem economicamente o potencial e a riqueza dos recursos naturais da região, sem prejudicar o meio ambiente, gerando renda e fomentando a bioeconomia no município.

Com o curso, as mulheres poderão gerar seus próprios negócios com a produção das biojoias, abrindo sua empresa ou cooperativa e podendo buscar recursos no Banco do Povo.

“É uma grande satisfação ter uma segunda formação. Isso quer dizer que vem dando certo e a gente segue em frente com o plano de desenvolvimento das biojoias e da bioeconomia. A cidade de Parauapebas tem que virar referência porque temos matéria-prima e vamos capacitar mais pessoas para que isso seja realmente uma ação promissora no futuro”, enfatizou o secretário municipal de Desenvolvimento, Mariano Júnior.