Em sua quinta edição em Belém, o Festival Sonido desembarca pela primeira vez em Parauapebas nos dias 2 e 3 de setembro para duas noites de muita música boa e gratuita.
Desde 2015 com a missão de impulsionar um recorte do que há de mais interessante na música instrumental e experimental contemporânea, o Festival Sonido chega em Parauapebas com um line up que mescla o que há de mais novo na cena com artistas já consagrados das mais diversas sonoridades.
Com o patrocínio do Instituto Vale e do Banpará, o Festival Sonido é uma criação da Se Rasgum Produções que, há quase 20 anos, abre espaço para a música autoral, focando na construção de um público aberto a novidades, criando oportunidades, promovendo a troca entre artistas paraenses e de outras regiões, além de movimentar a economia local através da cultura.
Na Praça Mahatma Gandhi, no dia 2 de setembro as atrações são os gaúchos d’As Aventuras, com sua surf music e uma sonoridade que nos remete direto aos anos 50 e 70, o novíssimo projeto Realce, que une os produtores e multi-instrumentistas Mateus Estrela e Leonardo Chaves, numa mistura de música eletrônica com rock, no encontro com a também multi-instrumentista Raissa Tyger, que tocará guitarra nesta apresentação. Para encerrar a noite, de Belém, e depois de passar uma temporada de 15 anos morando na Europa, onde tem carreira musical, Felipe Sequeira apresenta seu novo projeto, composto de um time de músicos de Belém para mostrar seu jazz e se reconectar com suas influências musicais amazônicas.
No dia 3 de setembro a abertura fica por conta da reunião de um time de peso da música amazônica: o movimento Clube da Guitarrada, que sobe no palco com os mestres Aldo Sena e Curica. De Brasília vem o projeto Forró Red Light, com uma live que mistura música eletrônica com o clássico regional. As apresentações sempre animadas da Pirucaba Jazz, num encontro com a violonista Melina Fôro. Já a Carajazz Big Band.
As festas afters do Festival Sonido já viraram tradição e em Parauapebas, a Sonido Parties acontecem nas duas noites, pós festival no Boralá Rock Music, com DJ sets de Damasound (aka Marcelo Damaso/Se Rasgum) e STRR, o projeto eletrônico do produtor Mateus Estrela. Os ingressos já estão à venda online.
O Festival Sonido tem o patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Banpará por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio Cultural da Secretaria Municipal de Economia, Fumbel, Prefeituras de Belém e Parauapebas. Realização Se Rasgum, Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo.
Floresta em Pé e Meio Ambiente
A Amazônia é cantada em versos e nossas florestas são fonte de inspiração para muitas gerações de músicos. Como forma de honrar este legado, o Festival Sonido volta aos palcos cumprindo sua parte na conscientização do público, com com uma série de ações socioambientais que vão de pequenas a grandes escalas. A que puxa este bonde é a participação no projeto Amazônia de Pé, que coleta assinaturas para a criação de um Projeto de Lei cujo objetivo é transformar 57 milhões de hectares de terras de União em Unidades de Conservação, Parques Ambientais e Áreas de Preservação Ambiental que garantam a preservação da floresta amazônica para as gerações futuras.
O objetivo da campanha Amazônia de Pé é enviar em 2023, para os deputados federais escolhidos nas eleições que estão chegando, pelo menos 1,5 milhões de assinaturas – número que pode embasar a criação do Projeto de Lei e fazê-lo tramitar na Câmara dos Deputados. Como parceiro deste projeto, o Festival Sonido estará coletando assinaturas para o projeto, em estandes que estarão sinalizados nos locais de shows.
E para ninguém perder a chance de ajudar a salvar a Amazônia, informações sobre os pontos de coleta de assinaturas serão passadas no telão do festival, e os apresentadores sempre estarão chamando o público para colaborar. Afinal, não custa lembrar: nós somos a última geração que tem o poder de salvar a Amazônia!
Copo Eco
E tem outras maneiras de incluir a consciência ambiental na sua ida ao Festival Sonido. Uma delas é diminuir o uso de descartáveis. Para isso, o Sonido incentiva que o visitante vá equipado ao local dos shows com seu Copo Eco. Ainda não tem um? Fácil de resolver: esta edição do Sonido terá seu Copo Eco temático, que você pode adquirir no local e levar para as próximas edições. São muitas maneiras de evitar o copinho plástico, que demora anos e anos para se degradar no meio ambiente.
Workshop “A interação entre os músicos na música improvisada”
Uma das bases da música instrumental ou experimental é a improvisação. Mas até mesmo esta habilidade tem regras ou caminhos mais fáceis para desempenhá-la. E é este caminho das pedras que o músico Felipe Sequeira vai levar aos jovens de Parauapebas com o workshop “A interação entre os músicos na música improvisada”, que o Festival Sonido traz à cidade em parceria com a Escola Municipal de Música Maestro Waldemar Henrique. O curso acontecerá nos dias 1 e 2 de setembro, com inscrições gratuitas.
A ideia do workshop é trabalhar elementos da linguagem musical, como harmonia, acordes, ritmos e formas musicais. Serão dois momentos: no primeiro dia Felipe Sequeira vai abordar assuntos teóricos e introduzir estes temas. No segundo dia, o instrutor será acompanhado por um baterista e um guitarrista, formando um trio que demonstrará na prática formas conhecidas como blues, standards, rhythm changes e demais elementos. Após estas apresentações, os participantes poderão tirar dúvidas e interagir com os instrutores.
E aí vem a cereja do bolo: Felipe e os músicos convidados estarão observando os participantes do workhsop para convidar alguns a se apresentarem no Festival Sonido na sexta-feira, 2, quando o músico é uma das principais atrações. Que oportunidade, hem? As inscrições, gratuitas, acontecem na própria Escola Municipal de Música Maestro Waldemar Henrique. A carga horária de 1º de setembro é de 2 horas e no dia 2 de setembro, de 3 horas.
