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Uso abusivo de álcool entre brasileiras cresce 4,25% em dez anos

A cada hora cerca de duas mulheres morreram em razão do uso nocivo de álcool em 2020. Ao todo, 15.490 brasileiras perderam a vida por motivos atribuídos ao álcool naquele ano. A faixa etária mais afetada foi a das mulheres de 55 anos e mais (70,9%), seguida por 35 a 54 anos (19,3%), 18 a 34 anos (7,3%) e de 0 a 17 anos (2,5%). Os dados fazem parte de estudo inédito, divulgado nesta semana pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) para marcar o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, comemorado hoje (18).

Segundo o levantamento, as principais causas desses óbitos foram doença cardíaca hipertensiva (15,5%), cirrose hepática (10,4%), doenças respiratórias inferiores (8,7%) e câncer colorretal (7,3%).

O consumo abusivo de álcool pelas brasileiras aumentou 4,25% de 2010 a 2020. A tendência foi registrada em 12 capitais e no Distrito Federal. Os maiores aumentos no consumo foram verificados em Curitiba (8,03%), São Paulo (7,34%) e Goiânia (6,72%). O levantamento é realizado pelo Cisa, com dados do Datusus 2021.

Por consumo abusivo considera-se a ingestão de quatro ou mais doses, para mulheres, ou de cinco ou mais doses, para homens, em um mesmo dia. O aumento mais significativo foi observado entre mulheres, passando de 7,8% em 2006 para 16% em 2020. O centro considera que uma dose padrão corresponde a 14g de etanol puro no contexto brasileiro. Isso corresponde a 350 ml de cerveja (5% de álcool), 150ml de vinho (12% de álcool) ou 45ml de destilado (como vodca, cachaça e tequila, com aproximadamente 40% de álcool).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool pode causar mais de 200 doenças e lesões. Está associado ao risco de desenvolvimento de problemas de saúde como distúrbios mentais e comportamentais, incluindo dependência ao álcool, doenças graves como cirrose hepática, alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares, bem como lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito. Em todo o mundo, 3 milhões de mortes por ano resultam do uso nocivo do álcool, representando 5,3% de todas as mortes.

Consumo abusivo

Os perigos do consumo nocivo de bebidas alcoólicas afetam, de formas diferentes, homens e mulheres. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Alessandra Diehl, as mulheres têm predisposição a ter adoecimento clínico e psíquico mais rápido do que os homens.

“Uma das questões aí é a vulnerabilidade biológica”, disse, em entrevista à Agência Brasil. A psiquiatra explicou que as mulheres têm menor concentração de enzimas que fazem a metabolização do álcool, o que faz com que ele seja mais tóxico para o organismo feminino do que para o masculino. Segundo Alessandra, as mulheres, às vezes, com menos tempo de uso crônico de álcool que os homens, já apresentam mais prejuízos para a saúde, como hepatite, cirrose e envelhecimento.

De acordo com o psiquiatra e presidente do Cisa, Arthur Guerra, os efeitos do consumo de álcool entre as mulheres também podem variar conforme o ciclo menstrual, a gestação e amamentação. Além disso, elas sofrem impactos por fatores sociais, como a maternidade e participação no mercado de trabalho.

“Outro ponto é que as mulheres acabam tendo outras influências hormonais, como ciclo menstrual por exemplo, que acabam afetando o consumo de álcool também. Algumas delas, durante a fase pré-menstrual, a famosa TPM, ficam mais sensíveis e vão usar o álcool como se fosse um remédio para aliviar os sintomas”, explicou o médico.

Para a socióloga Mariana Thibes, coordenadora do Cisa, o aumento no consumo de bebida alcóolica tem um componente cultural.

“As mulheres estão bebendo mais e isso é uma mudança cultural importante que foi acontecendo ao longo da última década. Provavelmente tem a ver com a maior presença delas no mercado de trabalho, acho que esse é o fator mais importante. A mulher está nos mesmos espaços que os homens, então ela sai para um happy hour com os colegas homens e por que ela vai consumir menos álcool?”, questionou.

Segundo Mariana, o acúmulo das jornadas também é relevante para o aumento do consumo abusivo de álcool entre as mulheres.

“O acúmulo de trabalho dentro de casa, fora de casa, cuidar dos filhos, da profissão, do trabalho doméstico. Esse aumento das pressões acaba levando muitas mulheres a procurar no álcool uma espécie de recurso para relaxar. No período da pandemia, vimos a hastag #winemom viralizar, com muitas mães postando fotos com taça de vinho no fim do dia, como uma espécie de recompensa depois daquele dia duro de acúmulo de jornada. Esse estresse que as mulheres passaram a sofrer nos últimos anos também pode ajudar a explicar o aumento do consumo abusivo de álcool”, afirmou.

Menores

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com estudantes de 13 a 17 anos, a experimentação de bebida alcoólica cresceu de 52,9% em 2012 para 63,2% em 2019. O aumento, no período, foi mais intenso entre as meninas (de 55% para 67,4%) do que entre os meninos (de 50,4% para 58,8%).

O consumo excessivo de álcool também aumentou. Foi de 19% em 2009 para 26,2% em 2019 entre os estudantes do sexo masculino e de 20,6% para 25,5% entre as adolescentes. A experimentação ou exposição ao uso de drogas cresceu em uma década. Foi de 8,2% em 2009 para 12,1% em 2019.

A presidente da Abead, Alessandra Diehl, alerta que a iniciação no álcool ocorre cada vez mais cedo, em média aos 13 anos de idade, sendo que 34,6% dos estudantes tomaram a primeira dose de álcool com menos de 14 anos. “Há prevalência de meninas jovens iniciando o consumo de álcool”, disse.

Alcoolismo

Diferentemente do abuso de álcool, a dependência é considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. De acordo com a socióloga Mariana Thibes, “em geral, leva-se uma década para passar do estágio de consumo abusivo para a dependência”.

Esse tipo de dependência é considerado crônica e multifatoria. Isso significa que diversos fatores contribuem para o seu desenvolvimento, incluindo a quantidade e frequência de uso do álcool, a condição de saúde do indivíduo e fatores genéticos, psicossociais e ambientais, tipicamente associados aos seguintes sintomas:

– Forte desejo de beber

– Dificuldade de controlar o consumo (não conseguir parar de beber depois de ter começado)

– Uso continuado apesar das consequências negativas, maior prioridade dada ao uso da substância em detrimento de outras atividades e obrigações

– Aumento da tolerância (necessidade de doses maiores de álcool para atingir o mesmo efeito obtido com doses anteriormente inferiores ou efeito cada vez menor com uma mesma dose da substância)

– Por vezes, um estado de abstinência física (sintomas como sudorese, tremores e ansiedade quando a pessoa está sem o álcool).

População recebe nova ponte da Rua Santa Catarina no Bairro Liberdade 1

A ponte da Rua Santa Catarina, localizada bairro Liberdade 1, ganhou uma nova estrutura que visa evitar os alagamentos, antes constantes na região, além de garantir uma melhor trafegabilidade para quem passa no local. A obra foi entregue pela Prefeitura de Parauapebas, por meio do Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap), na tarde desta quinta-feira, 16.

“Entregamos a segunda ponte aqui do Liberdade. É o Prosap dando resultados extraordinários para a nossa comunidade. Aqui havia um grande problema de trânsito e, principalmente, um problema com as enchentes, e nós conseguimos enlarguecer o vão do Igarapé Ilha do Coco, fazendo com que a água possa chegar mais rapidamente ao Rio Parauapebas”, disse o prefeito de Parauapebas, Darci Lermen.

Divisa entre os Bairros Liberdade 1 e União, a ponte possui o dobro de tamanho da anterior, passando a medir 45 metros de comprimento por 11 metros de largura, além de ter sido ajustada também à largura do canal que atualmente, possui, ao todo, 30 metros de largura.

Juntamente com a ponte da Rua Vinícius de Moraes, entregue pelo Prosap ainda no final de 2021, a nova estrutura da ponte da Santa Catarina integra o Sistema Viário da primeira etapa do Projeto de Recuperação e Revitalização do Igarapé Ilha do Coco, executado pelo Prosap.

Além da mudança no tamanho da estrutura física da ponte (largura e comprimento), a ponte da Rua Santa Catarina conta com sistema de iluminação com lâmpadas de led, pista para pedestres e ciclistas e sinalização adequada, contribuindo, assim, com a segurança de quem trafega pelo local. A obra também criou um espaço de convivência entre as duas pontes, na entrada do bairro.

Iniciada em junho de 2022, obra foi realizada em etapas, visando resguardar a segurança dos trabalhadores e da própria comunidade.

 

À frente do Prosap, o coordenador de Projetos Especiais, Captação de Recursos e Gestão de Convênios (COPEC) da Prefeitura, Cleverland Carvalho, fala da importância da reestruturação da ponte. “Estamos entregando mais uma obra que compõe todo o Sistema Viário do Igarapé Ilha do Coco. Nosso objetivo é melhorar a infraestrutura às margens do canal e evitar as recorrentes inundações nesses perímetros urbanos”, explicou.

Comunidade

Para o morador e comerciante da região, Ivan Oliveira, a obra vai atrair mais clientes para a sua loja e oficina de bicicletas. “O trânsito vai fluir melhor, a ponte ficou mais larga e mais bonita esteticamente. Como comerciante eu achei melhor ainda, a obra trouxe uma segurança a mais para nós”, falou agradecido.

“Agora está mais amplo e mais organizado, dando mais visibilidade ao local. Por onde o Prosap passa, realmente, a gente vê que ele deixa mesmo o ambiente mais bonito, fica tudo perfeito. Eu me sinto privilegiada”, enfatizou Deusilene Silva que possui um salão de beleza nas proximidades da nova ponte.

 

Mesmo debaixo de chuva, Banda Magníficos e artistas locais levam multidão à Praça de Eventos

A abertura oficial do Carnaval de Parauapebas 2023 foi realizada na noite do último sábado (18) na Praça de Eventos e mesmo com chuva, contou com milhares de pessoas. Após dois anos sem ser realizado, por conta da pandemia de Covid-19, o evento momesco voltou com todo vapor.

Na primeira noite de folia, os artistas locais Tom Ferreira, Faby Almeida, Cléo Andrade e DJ Pâmela Duarte animaram o grande público que tirou o pé do chão e se divertiu bastante.

 

 

Já passava de 00h00 quando a atração nacional, Banda Magníficos entrou no palco e debaixo de muita chuva levou os foliões à loucura cantando seus novos e antigos sucessos e também tocando muito axé, frevo e outros ritmos musicais.

Para o titular da Secretaria Municipal de Cultura de Parauapebas (Secult), Josafá Gomes de Araújo, o evento de carnaval era esperado pela população e o recado foi dado através da grande participação popular. “Mesmo debaixo de muita chuva a população compareceu, não saiu da Praça de Eventos e brincou carnaval com responsabilidade, sem violência e também valorizando nossos artistas locais”, relatou.

 

A programação deste domingo do Carnaval de Parauapebas 2023 conta com Matinê no Centro de Desenvolvimento Cultural (CDC), shows de artistas locais na Praça de Eventos e desfile de quatro escolas de samba. O Portal Pebinha de Açúcar está fazendo toda a transmissão ao vivo do evento através do YouTube e Facebook.

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