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Homem morre em acidente de trânsito na Rodovia PA-275

Wagner Pereira da Silva, de 46 anos de idade, morreu em um grave acidente de trânsito ocorrido noite de sábado (18), na Rodovia PA-275. O carro que ele conduzia colidiu contra um caminhão.

Segundo informações, o caminhão trafegava sentido Curionópolis, quando, na saída da cidade, após o viaduto da linha férrea, o motorista foi surpreendido pelo VW Gol, placas OSZ-7209, que, saindo de sua mão de direção, bateu na lateral esquerda do veículo de grande porte. Com o forte impacto, o automóvel de passeio foi arremessado para trás, ficando atravessado na rodovia, enquanto o pesado veículo saiu da pista descendo a ribanceira.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e fez a retirada do corpo de Wagner que estava preso entre as ferragens, enquanto os demais órgãos de segurança foram acionados para os procedimentos cabíveis. O motorista do caminhão não ficou ferido.

PARAUAPEBAS: Desfile de escolas de samba, Matinê e shows de artistas locais marcam segunda noite de carnaval

A segunda noite do “Carnaval da Nossa Gente”, organizado pela Prefeitura Municipal de Parauapebas (PMP), através da Secretaria Municipal de Cultura (SECULT) em parceria com a Liga das Agremiações dos Blocos e Escolas de Samba de Parauapebas e Região (LIABESPR) foi realizada no domingo (19).

As programações iniciaram ainda na parte da tarde com a tradicional Matinê que é realizada no Centro de Desenvolvimento Cultural de Parauapebas (CDC) e atraiu dezenas de crianças com seus respectivos familiares. O público foi animado pelo artista local Vamberto & Convidados.

 

Já na parte da noite, na Praça de Eventos, no Bairro Cidade Nova, a programação iniciou com DJ, e logo após, três escolas de samba entraram na avenida, sendo elas, Unidos do Tropical, Acadêmicos do Liberdade e Mocidade Independente do Primavera. A Escola de Samba Arrastão Pai D’égua não entrou na avenida e o motivo não foi divulgado pela LIABESPR.

 

 

Após a apresentação das escolas de samba, os artistas locais Fernando BG, Emerson Batista, Léo Bruno e Josy Leal subiram ao palco e animaram o público, que mesmo debaixo de chuva, ficou na Praça de Eventos até 4h00.

 

 

 

 

A programação de hoje, segunda-feira de carnaval, segue com desfiles de blocos independentes, shows de artistas locais e da atração nacional Biu do Piseiro. O Portal Pebinha de Açúcar está fazendo a transmissão ao vivo do Carnaval de Parauapebas 2023 através do YouTube e Facebook.

 

 

MPF quer anulação de norma que entregou aos municípios o poder de autorizar garimpos no Pará

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que o governo do Pará anule uma norma que repassou aos municípios o poder de autorizar garimpos no estado,o único da Amazônia onde isso ocorre. A recomendação, que serve como um alerta para evitar que o MPF tenha que levar o caso à Justiça, foi expedida na última sexta-feira (17).

O documento cita nota técnica do Instituto Socioambiental (ISA) e do WWF-Brasil que destaca que os impactos ambientais dos garimpos não ficam restritos aos limites municipais. Nesses casos, a legislação e a jurisprudência estabelecem que o licenciamento deve ser feito pelo governo estadual ou pelo governo federal, conforme impactos e localização do garimpo.

A recomendação ressalta que, ao responder questionamento em inquérito que o MPF abriu sobre o tema, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará informou que não há pareceres técnicos ou jurídicos que tenham fundamentado a delegação do licenciamento aos municípios.

Impactos por regiões inteiras – No tipo de exploração garimpeira mais comum na Amazônia, feita nos leitos e nas margens de rios e córregos – o chamado garimpo aluvionar –, os impactos e danos ambientais são principalmente a mudança na qualidade da água devido ao assoreamento e à contaminação por mercúrio, além do desmatamento, registra a nota técnica do WWF-Brasil e do ISA.

“Por sua natureza, todos esses impactos e danos são caracterizados como microrregionais ou regionais, não sendo possível vislumbrar hipótese de atividade garimpeira aluvionar de ouro cujos impactos se restrinjam ao âmbito local”, frisa o estudo.

Como os garimpos geralmente estão concentrados em determinadas regiões, os impactos são ainda mais potentes porque se acumulam e se combinam no espaço e ao longo do tempo. Se a avaliação dos impactos for feita apenas de forma isolada, garimpo a garimpo, sem levar em consideração esse contexto, toda a sistemática da avaliação fica desvirtuada, alertam os pesquisadores.

Tapajós como prova – Ao detalhar exemplos dos impactos da mineração, o ISA e o WWF-Brasil registram estudos que constataram que os sedimentos de garimpos de Jacareacanga percorrem longas distâncias pelo rio Tapajós, recebendo contribuições significativas dos afluentes localizados em Itaituba e chegando até Santarém, onde não há registro de atividade garimpeira.

A chegada de sedimentos a Santarém foi destacada pela imprensa em janeiro de 2022, quando houve escurecimento das águas na altura do distrito de Alter do Chão, lembram os especialistas.

Em 2018, ainda antes da mais recente onda de expansão do garimpo na Amazônia, laudo elaborado pela Polícia Federal (PF) com apoio da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) já indicava que no Tapajós a mineração ilegal de ouro despejava 7 milhões de toneladas de sedimentos no rio por ano.

Isso significa que, mesmo em um ritmo de exploração menos intenso que o atual, a cada 11 anos o garimpo já lançava no Tapajós um volume de detritos equivalente ao volume de lama da barragem da Samarco que rompeu em Mariana (MG) em 2015, destruindo a calha do rio Doce, entre Minas Gerais e Espírito Santo.

Mercúrio se alastra – Recentemente, estudo coordenado pela Ufopa demonstrou altos níveis de contaminação entre moradores ribeirinhos e urbanos na região de Santarém, e análises demonstram que as fontes contaminantes – garimpos localizados em outros municípios – se encontram a dezenas de quilômetros do município estudado, rio acima, informam WWF-Brasil e ISA.

“Embora as lavras garimpeiras estejam localizadas nos municípios de Jacareacanga, Itaituba, Novo Progresso e, em menor medida, Trairão, há estudos comprovando a contaminação de seres humanos e peixes por mercúrio em todos os municípios a jusante [rio abaixo] da bacia do Tapajós: Rurópolis, Aveiro, Belterra e Santarém”, detalham.

Como indicativo da falta de capacidade dos municípios para conduzir o licenciamento e para fiscalizar as atividades licenciadas, a recomendação e a nota técnica citam entrevista concedida em 2022 pelo prefeito Valmir Climaco, de Itaituba, o município campeão em concessões de lavras no país. À imprensa ele admitiu que o município concedeu mais de 500 licenças “e nunca fomos fiscalizar”.

Demais notificados – O MPF também encaminhou a recomendação a órgãos ambientais e de segurança federais e estaduais, para que não reconheçam a validade das licenças para garimpos emitidas pelos municípios a partir da ciência da recomendação, sobretudo na bacia do Tapajós.

A recomendação também foi enviada à Agência Nacional de Mineração (ANM), para que sejam negados e não renovados os requerimentos de Permissão de Lavra Garimpeira (PLG) amparados por licenças ambientais expedidas por municípios. As permissões atuais devem ser retificadas, para que o licenciamento seja conduzido pelos órgãos competentes.

Sobre recomendações – Recomendações são instrumentos do Ministério Público que servem para alertar agentes públicos sobre a necessidade de providências para resolver uma situação irregular ou que possa levar a alguma irregularidade.

O não acatamento infundado de uma recomendação, ou a insuficiência dos fundamentos apresentados para não acatá-la total ou parcialmente pode levar o Ministério Público a adotar medidas judiciais cabíveis.

Íntegra da recomendação expedida pelo MPF

Íntegra da nota técnica do ISA e do WWF-Brasil

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