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Moradoras do Bairro Vale do Sol são beneficiadas com curso de depilação profissional

Priorizando a capacitação das mulheres que moram no Residencial Vale do Sol, o Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap), em parceria com o Instituto Vale do Sol e o Instituto Fazer o Bem Sem Olhar a Quem, realizou o curso de Depilação Profissional. A capacitação ocorreu de 20 a 24 de março, em dois turnos: das 8h às 11h30 e das 14h às 17h30.

“A importância do curso de depilação profissional para as mulheres do reassentamento Vale do Sol abre oportunidades para que possam entrar no mercado de trabalho, além de possibilitar que elas trabalhem em suas próprias residências, tornando, assim, os seus horários mais flexíveis e rentáveis”, elencou Eliete Araújo, assistente social do Prosap.

Uma das alunas do curso, a dona de casa, Lucilene Matos, enfatizou que o curso foi gratificante. “Esse curso veio agregar valores. As pessoas que já trabalhavam na área, aperfeiçoaram-se, tiveram essa oportunidade, até porque não tinham como pagar, e, por isso, foi muito proveitoso, com muita técnica, um aprendizado total”, ressaltou Lucilene que antes mesmo da realização do curso, já treinava suas habilidades com a depilação em casa, com amigas.

Com a conclusão do curso, Lucilene pretende abrir o próprio negócio. “Agora, é ganhar dinheiro!”, afirmou sorridente.

Ao todo, 50 vagas foram disponibilizadas para as moradoras do Vale do Sol que agora estão aptas a atuarem nesse mercado de trabalho específico.

Outras capacitações

De acordo com Eliete Araújo, já no próximo mês de abril, será iniciado o Curso de Auxiliar Administrativo. “O curso, totalmente ministrado pela equipe do Prosap, é sempre uma demanda solicitada pela própria comunidade do Vale do Sol e, é de suma importância para jovens e adultos adentrarem no mercado de trabalho”, pontuou.

Família de jovem de Parauapebas que foi morta em Porto Alegre faz “vaquinha” para translado do corpo

A família da jovem Laila Vitória, que tinha 20 anos de idade, morta pelo próprio companheiro em Porto Alegre-RS, iniciou uma campanha financeira para realizar o translado do corpo até Parauapebas.

Laila Vitória foi encontrada morta neste domingo (26), na residência do seu companheiro André Ávila, que está foragido. A Polícia Civil investiga se ela foi morta em ritual satânico, como foi noticiado AQUI no Portal Pebinha de Açúcar.

As doações podem ser feitas através da chave pix 459.473.333-68, em nome de Francisca da Silva Rocha.

TRAGÉDIA NA PA-150: Seis das doze vítimas fatais tiveram explosão de crânio

No final da tarde desta sexta-feira, 24, 11 dos 12 corpos das vítimas fatais da tragédia que assolou Marabá no início da manhã foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) de Marabá. Contudo, o que chamou a atenção dos médicos legistas foi a forma como os corpos estavam: a maior parte deles estava com explosão de crânio.

O CORREIO apurou que os cadáveres só começaram a chegar ao IML por volta das 14 horas, quando a perícia da Polícia Civil liberou a área e o delegado autorizou a remoção, que é o procedimento padrão nesse tipo de caso.

Dois médicos legistas trabalharam na identificação dos corpos e, segundo informações, a maioria das vítimas estava com fratura de membros inferiores e no crânio.

“Corpos deformados é característica de que o veículo estava em alta velocidade e que as vítimas não usavam cinto de segurança. Quando estão usando o cinto, fica a marca no corpo. Eles estavam sem proteção alguma. Todos os passageiros bateram o crânio”, esclarece um especialista ouvido pela reportagem.

Dentre as 12 vítimas fatais que deram entrada no IML estava um bebê de aproximadamente três meses. A criança sofreu afundamento de face e esmagamento da parte posterior do crânio.

Diante dessa peculiaridade de que alguns corpos estavam totalmente deformados, o reconhecimento pela face não foi possível em seis vítimas. Porém, a família sabia quem estava no micro-ônibus e as pessoas foram reconhecidas por outras características e não pela face.

“Em todos foram feitos exames de DNA, por ser um procedimento padrão. Mas, como a família fez o reconhecimento do corpo, todos foram liberados”, afirma uma fonte do Instituto Médico Legal.

Também chamou atenção o fato de que alguns dos corpos estavam sem partes do corpo, como o caso do motorista da carreta, que teve um dos pés decepado. Mas o membro foi recolhido ainda no local e também encaminhado ao IML. Além disso, entre os adultos, pelo menos seis estavam sem a massa encefálica.

Para garantir um trabalho com segurança, a equipe do IML, cujo efetivo foi praticamente todo mobilizado, se dividiu em equipes, uns recebiam documentos e cadastravam o corpo, dando número para cada cadáver. Uma mobilização necessária devido à grande quantidade de corpos.

Relatório diz que mineração viveu “anos dourados” no governo Bolsonaro

O Observatório da Mineração e o monitor socioambiental Sinal de Fumaça lançaram hoje (27) o relatório Dinamite pura: como a política mineral do governo Bolsonaro armou uma bomba climática e anti-indígena, em que examinam como ocorreu o encadeamento de medidas que favoreceram o setor. Além disso, como o nome do documento adianta, há uma análise sobre os impactos das diretivas então adotadas, que ainda exigem cuidado da atual gestão.

Na avaliação das entidades, pode-se resumir as decisões do período como “a combinação explosiva entre o desprezo pelos direitos territoriais e humanos e uma sofisticada estratégia de lobby corporativo”. O documento destaca que a implementação de ações de interesse do empresariado do setor e investidores foi possível graças à adesão de parlamentares.

Ou seja, os tratos que visavam a aumentar o lucro do segmento, inclusive beneficiando transnacionais, abrangeram toda a Esplanada dos Ministérios, chegando ao Congresso Nacional. Uma das lembranças quanto a esse aspecto foi o lançamento da Frente Parlamentar Mista da Mineração, de 236 deputados e senadores, que aconteceu em junho de 2019 e deu mais atenção, segundo o relatório, à mineração de pequenos e médios empreendedores.

Durante os quatro anos de Bolsonaro no Palácio do Planalto, escrevem as entidades, tanto a mineração industrial quanto o garimpo ilegal vivem “anos dourados, na teoria, na prática e com centenas de bilhões de reais investidos nos mercados interno e global. Ao longo de 84 páginas, os autores do relatório recuperam, mês a mês, fatos como o rompimento da barragem de Brumadinho (MG) e a meta do governo federal de permitir que empresas estrangeiras pudessem explorar as reservas de urânio brasileiras, de cerca de 609 mil toneladas.

O ano de 2019 não havia chegado ao fim e o Ministério de Minas e Energia propunha que a mineração no interior de florestas nacionais (flonas) fosse liberada. As flonas são, por definição, uma categoria de área que deveria contar com a proteção especial do Estado, uma unidade de conservação.

O relatório ainda coloca em evidência pontos como a falta de fiscais em determinados locais, de maneira que não se encontram barreiras à prática de ilegalidades na busca por metais. Um caso citado é o de desfalques nos estados do Pará e do Amapá. “Só em Itaituba [município paraense], às margens do Rio Tapajós, mais de 18 mil pedidos de permissão de lavra garimpeira aguardam análise da agência”, acrescentam os autores do estudo, a fim de dar a dimensão da vulnerabilidade da região, já que ao longo do rio vivem indígenas kayapó e munduruku, dois dos três povos mais atingidos pela mineração, juntamente com os yanomami.

Imprensa como inimiga

Para o diretor do Observatório da Mineração, Maurício Angelo, um indício de que os atos do governo representaram ameaças ao meio ambiente e a um conjunto de direitos é a postura das autoridades diante dos jornalistas. “De forma bastante clara e deliberada, decidiram não responder à imprensa, seja pelas vias oficiais, pelas assessorias de imprensa, seja dificultando bastante a obtenção de informação por meio da Lei de Acesso à Informação”, diz ele, que também é pesquisador do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB).

“Ler tudo na sequência dos fatos também me remete a como o tema mineração teve muito menos destaque no debate público, na cobertura de imprensa, na comoção social, na interface com as pautas socioambientais. Você teve os grandes acidentes, como Brumadinho, mas isso não se transformou em uma mobilização crítica da sociedade organizada, e acho que passou muita coisa a que a gente não conseguiu nem reagir”, complementa a coordenadora do monitor Sinal de Fumaça, Rebeca Lerer.

Maurício Angelo considera que a configuração atual das casas do Congresso Nacional não deve ajudar na reversão de matérias aprovadas durante o governo Bolsonaro, nem nas tentativas de barrar outras que tramitam e vão a plenário, como é o caso do Projeto de Lei (PL) 191/2020 que autoriza a exploração em terras indígenas. “Obviamente, apesar de parlamentares de centro, centro-esquerda, esquerda, o Congresso ainda é, majoritariamente, de direita e aliado a essas pautas que são de interesse da indústria da mineração e do agronegócio”, afirma, acrescentando que a militarização de órgãos como a então Fundação Nacional do Índio (Funai) também contribuiu para o quadro denunciado no relatório.

Sobre a possibilidade de a comunidade internacional exercer pressão significativa, a ponto de refrear excessos das mineradoras, o diretor pondera que o nível de cobrança é menor do que em casos que envolvem apenas desmatamento, por exemplo. Mesmo que desmatamento e mineração mantenham forte relação.

“Como o mundo tem uma demanda muito grande para suprir esses minerais essenciais, estratégicos, nos próximos anos, os projetos de mineração são vistos como necessários e não há uma crítica, um viés crítico desses acordos que são feitos. Pelo contrário, é visto como algo necessário, positivo, que tem que ser levado a cabo, independentemente do governo, seja aqui no Brasil ou fora do país, o que, claro, gera e vai gerar vários impactos socioambientais no futuro também”, argumenta.

Agência Brasil procurou a assessoria do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas não teve resposta. A reportagem também tentou, sem sucesso, contato com o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, que permaneceu no cargo pelo maior tempo, de janeiro de 2019 a meados de maio de 2022.

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