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Jovens da zona rural participaram de oficina de preparação para ingresso ao mercado de trabalho

No Brasil o desemprego juvenil precocupa. Segundo dados da OIT / Organização Internacional do Trabalho, um em cada quatro jovens brasileiros pertence à chamada geração “nem, nem”: Aquela que não estuda, nem trabalha; a maioria por total falta de preparo e de oportunidades.

E ingressar no mercado de trabalho não é tarefa fácil nem para quem teve algum estudo. Não bastasse a grande concorrência entre candidatos nas mais diversas áreas, ainda existe muita dificuldade por parte de quem nunca trabalhou, na hora de preparar um bom currículo ou para enfrentar, e se sair bem, na tão temida entrevista de emprego.

Assim, foi mais que oportuna a promoção gratuita do “Ciclo de Oficinas de Desenvolvimento de Habilidades e Orientações para o Mercado de Trabalho”, que beneficiou 29 jovens da zona rural de Parauapebas (PA). A iniciativa foi da mineradora Ligga, em parceria com a Associação de Reassentamento Vale da Serra, Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mercado de Trabalho – ACESSUAS Trabalho que integra a Secretaria Municipal de Assistência Social – SEMAS. Essa, e outras ações sociais desenvolvidas pela Ligga, são fruto do diálogo próximo da empresa com as comunidades. E são programadas seguindo os diagnósticos que identificam os temas mais relevantes para melhorar a qualidade de vidas de áreas com vulnerabilidade social e econômica.

“A Ligga atua para gerar valor para a sociedade, e conectada com o futuro através de práticas sustentáveis, com zelo, respeito e relacionamento com as comunidades; priorizando a mão de obra local e ajudando a capacitar as pessoas da região” declarou o CEO da empresa, engenheiro Gerson Petterle.

O curso com carga horária de 16H aconteceu de 29 de abril a 01 de junho; com aulas realizadas das 89H30 às 12H30, na residência do casal Gessiane da Silva Lima e José da Rocha Lima (Pres. da Associação Vale da Serra). Ele destacou a satisfação da comunidade com essas iniciativas sociais promovidas pela mineradora:

“Nossa comunidade nunca tinha sido beneficiada por outras empresas antes da Ligga. Com essa Oficina, a mineradora já promoveu duas ações muitos importantes aqui, e todos do Chacreamento Vale da Serra estão muito satisfeitos com essa relação de respeito e cuidado da Ligga para com a gente” disse o líder comunitário.

Entre os tópicos ensinados na Oficina, estavam temas importantes como: Identidade, Trabalho e Habilidades; Currículo e Entrevista; Postura Ética e Profissional; Empreendedorismo e Projeto de Vida. Anny Pontes, é psicóloga da SEMAS, e ministrou a Oficina:

“Passamos uma semana aqui e foi muito produtiva a Oficina, que é parte de um programa Federal, com a missão de apresentar o mundo do trabalho de uma forma bem completa. Também ensinamos sobre o projeto de vida dos alunos; para que possam fazer um planejamento futuro. E aqueles que optarem pelo empreendedorismo, vão estar aptos(as) para estruturar um negócio, saber vender e captar clientes, para ser bem produtivo(a). Essa iniciativa da Ligga foi relevante; pois quanto mais desenvolvidas são as comunidades rurais, mais equilíbrio damos para a relação deles com a área urbana” explicou a psicóloga.

Os moradores do Chacreamento Serra do Vale, 3 Corações, Vicinal III, Vila Águia DouradaLoteamento Vista Alegre, Chácara Recreio, Chácara Estação Ecológica e entorno imediato que participaram da Oficina aprovaram a iniciativa. Além de novos conhecimentos técnicos para batalhar por um emprego ou desenvolver o seu negócio, essas pessoas já sonham com um futuro mais próspero.

Com apenas 14 anos Maria Geovana Sousa Costa, começou a trabalhar há pouco tempo como jovem aprendiz na loja da tia, vendendo cosméticos e como caixa. Mas foi na Oficina que aprendeu como preparar um bom currículo e qual a postura profissional adequada. Essas são habilidades que ela acredita vão abrir portas no mercado de trabalho. “Com o que aprendi aqui já me sinto segura para uma futura entrevista de emprego. E aprendi também algo muito bacana, que é como transformar um sonho da gente em uma oportunidade de trabalho com um planejamento” disse a jovem.

Morador da Vicinal II, Rivaldo Sousa da Conceição tem 18 anos e sonha com um emprego. Agora, já se sente mais preparado para ingressar no mercado de trabalho e ter sucesso. “Para gente que mora longe da cidade é tudo mais difícil. Achei muito bom a Ligga ter dado essa oportunidade. Eu já fiz uns cursos técnicos e agora aprendi na Oficina como fazer um currículo e o que fazer em uma entrevista de emprego, estou mais animado para buscar um emprego” revelou ele.

Jamyller Ketolly Abreu também aprovou o curso. Ela é casada e tem uma filha de dez anos, e precisou parar de trabalhar para cuidar da menina, mas agora sonha em voltar ao mercado: “Por não ter muita experiência, a gente tem umas dúvidas na hora de buscar o emprego, mas esse curso foi maravilhoso e abriu a minha mente, vou voltar com tudo” disse ela já querendo para praticar tudo o que aprendeu. Outra dona de casa que quer ter sucesso e um emprego é Marinete da Conceição Cunha: “Resolvi fazer o curso e foi muito importante. Eu nunca trabalhei fora antes, e com essa oportunidade aprendi muito e sem sair da comunidade. Sou muito grata à Ligga” declarou.

O encerramento da Oficina aconteceu em clima de São João, com buffet junino e a diplomação dos alunos. Eles foram parabenizados pela representante da Ligga, a Coordenadora Administrativa, Sra. Adriana Ferreira e pelo Sec. Municipal Adjunto de Ass. Social (SEMAS) Clodoaldo Luiz.

“É muito importante essa parceria entre a Prefeitura Municipal, através da SEMAS, e a mineradora Ligga. E quem mais ganha são as pessoas da comunidade. Estamos sempre à disposição da empresa para ações como essa. A Ligga está de parabéns.” disse o Sec. Adjunto.

A Ger. do Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho (ACESSUAS Trabalho) em Parauapebas Nildeane Oliveira elogiou o ineditismo da iniciativa da Ligga:

“A Oficina é o carro chefe do Programa do ACESSUAS Trabalho, e orienta de forma bem completa sobre mercado de trabalho, vida e empreendedorismo. Essa foi a primeira vez que o ACESSUAS Trabalho fez parceria com uma empresa privada. Foi a Ligga que nos trouxe para essa comunidade e foi muito produtivo. Normalmente essa Oficina é feita no CRAS, mas graças à Ligga inovamos ao atuar na comunidade; o que facilita para os moradores da zona rural, que não precisaram se deslocar até o CRAS. Ficamos bem surpresos com a excelente participação dos alunos” disse Nildeane.

SOBRE A MINERADORA LIGGA

Inaugurada em 23.06.22 a Planta Experimental da Ligga – Projeto Ferro Sul está localizada na zona rural de Parauapebas (PA). Essa é a primeira operação do projeto de mineração da Ligga. A empresa 100% brasileira é voltada para o minério de ferro; com etapas de construção e expansão no Estado do Pará.

Consulta Pública apresenta ações socioambientais para nova fase do Prosap

Moradores do bairro Beiro Rio participaram da consulta pública realizada na terça-feira, 06, no Plenarinho da Câmara, pelo Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap). Os impactos ambientais e a metodologia de trabalho para indenização dos imóveis atingidos pelas obras foram apresentados no evento.

“Eu moro aqui no Beira Rio, pertinho da Câmara Municipal, vim a pé mesmo. Estou curioso pra ver o que vai ser construído por aqui. Eu acho que vai ser algo bom! Se é o Prosap, então eu fico animado”, disse Antônio Mel, de 70 anos, quando perguntado sobre os motivos que o levaram a participar da consulta pública.

Morador da área compreendida pelo Trecho 2 do Projeto Igarapé Ilha do Coco, que é mais uma etapa importante de obras do Prosap, seu Antônio Mel acredita em um cenário com futuro ainda melhor. E a confiança dele e de outras famílias presentes à consulta têm relação direta com toda a estrutura já aportada e entregue pelo programa, como os parques lineares, sistema viário, pontes e o belo Complexo Turístico de Parauapebas.

Durante o evento, Maria Zanandréa Bezerra, supervisora de licenciamento e monitoramento ambiental do Prosap, apresentou o Programa de Gestão Ambiental e Social (PGAS) e as ações ambientais para a nova fase das obras, reforçando o compromisso do programa com a preservação do meio ambiente.

A subcoordenadora de ações sociais do Prosap, Eulália Almeida, apresentou o Plano Específico de Reassentamento (PER) aos participantes da consulta. Ela explicou que não haverá reassentamento de famílias nessa fase das obras, pois os imóveis na área do projeto são apenas lotes vazios, sem construções.

O engenheiro Marcelo Pontes detalhou o processo de indenização dos imóveis, explicando todo o trabalho realizado pelo Prosap: “realizamos levantamento social das famílias e avaliação física das propriedades, registrando todas as características e construções identificadas. Com base nesses dados, definimos o método de avaliação para áreas de terra nua e áreas edificadas, seguindo as normas da ABNT. Em seguida, determinamos o valor justo de indenização, que é apresentado às famílias”.

Sobre as obras do Prosap, todas as informações estão disponíveis no site prosap.parauapebas.pa.gov.br.

Como em Marabá, vazamentos de amônia em frigoríficos da JBS se espalham pelo Brasil

Se funcionários da JBS, profissionais de saúde e até autoridades de Marabá ficaram abismados com a intoxicação de mais de 40 trabalhadores do frigorífico da multinacional que foram parar nos hospitais da cidade nesta segunda-feira, 12, devido a um vazamento de amônia, o mesmo não acontece com a própria JBS, que está acostumada com esse tipo de pânico em várias de suas indústrias espalhadas pelo País.

É o que mostram reportagens publicadas nos mais diversos veículos de Imprensa do País, no Centro Oeste e Sudeste.

No dia 20 de maio deste ano, um vazamento de amônia em uma tubulação na fábrica da JBS do Rio de Janeiro, na cidade de Duque de Caxias, na baixada fluminense, deixou ao menos cinco trabalhadores feridos. O acidente aconteceu nos setores de embutimento de linguiça e de encaixotamento e embalagem de salsicha.

A denúncia foi encaminhada por funcionários ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes, Laticínios, Sorvetes e Frios do Rio de Janeiro e Baixada Fluminense (Sintrafrio), que de imediato cobrou a paralisação da produção. A entidade acompanha de perto os desdobramentos do acidente.

CAMPO GRANDE

Em 26 de agosto de 2022, seis pessoas foram hospitalizadas após um vazamento de amônia em um frigorífico da JBS na cidade de Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

DOURADOS

Trabalhadores foram intoxicados por um vazamento de amônia em um frigorífico da empresa JBS na noite desta segunda-feira (29), em Dourados, a 229 km de Campo Grande.

MOZARLÂNDIA

No dia 10 de outubro de 2022, um vazamento de amônia ocorreu em um frigorífico da JBS na cidade de Mozarlândia, no interior de Goiás. Trinta e três funcionários passaram mal e foram levados para o Hospital Municipal de Mozarlândia.

As pessoas atendidas tiveram dificuldades para respirar, tontura, ânsia e houve a necessidade de uso de oxigênio suplementar em alguns casos.

MULTA PESADA

O Frigorífico JBS, em Campo Grande, foi multado em R$ 1 milhão pela Polícia Militar Ambiental (PMA) devido ao vazamento de amônia ocorrido no dia 6 de abril de 2017. Cerca de 100 funcionários tiveram intoxicação e foram encaminhados a unidades de saúde.

De acordo com a PMA, equipe esteve no local um dia depois e notificou a empresa para sanar o vazamento, recolher e apresentar o plano de tratamento da água residual utilizada na contenção do gás de amônia (NH3). Também foi cobrado relatório de controle de emissões atmosféricas e de todas as medidas de contingenciamento contra danos ambientais e à saúde dos funcionários.

“Muitas empresas, como a JBS, parecem não estar preocupadas, já que deixam de fazer inspeções básicas nas fábricas. Não é de hoje que esses acidentes e mortes vêm acontecendo. A matéria-prima, que é o boi, está sendo melhor cuidada do que os trabalhadores na linha de produção”, afirma Geni Dalla Rosa, da Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação da CUT (Contac-CUT).

A empresa utiliza a amônia nas tubulações de freezers industriais, por sua capacidade de resfriamento, ao contrário do CFC utilizado em geladeiras comuns, que não apresenta toxicidade.

Seis pessoas foram hospitalizadas na tarde de ontem (26) após um vazamento de amônia em um frigorífico da JBS na cidade de Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Reportagem: Ulisses Pompeu  |  Correio de Carajás

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