A Amazônia está no centro das atenções globais, especialmente à medida que nos aproximamos da COP-30, que acontecerá em Belém no ano de 2025. Durante a recente palestra na “Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias”, o deputado federal Keniston Braga enfatizou a necessidade de colaboração entre o governo brasileiro, a comunidade internacional e as ONGs para definir o futuro da região.
O deputado destacou com firmeza: “A Amazônia brasileira pertence ao povo brasileiro, e isso é inegociável. Nós, amazônidas, precisamos ter voz nesse debate crucial”.
Keniston ressaltou a necessidade de compreender profundamente a Amazônia. “Apesar de imaginarmos essa vastidão verde como o símbolo da região, é essencial lembrar que mais de 70% da população vive nas cidades”, explicou o deputado. Ele destacou que quase 6,5 milhões de pessoas habitam as 8 capitais amazônicas, enfrentando desafios semelhantes às grandes metrópoles, como violência, tráfico, desemprego e carência de serviços públicos.
O deputado não deixou de abordar questões sociais urgentes. “A insegurança alimentar atinge gravemente 26% dos nortistas”, alertou Keniston. Ele expressou preocupação com uma quantidade significativa de pessoas passando fome e lutando por necessidades básicas. “Com mais de 40% da população vivendo na linha da pobreza, fica evidente que a riqueza natural da Amazônia não se traduz em desenvolvimento humano”, frisou.
Com um olhar crítico, o deputado apontou uma contradição marcante: “Apesar da riqueza natural, nossa região não experimenta o desenvolvimento humano que merece. A salvação da Amazônia e de seus habitantes depende da utilização racional dos recursos naturais”.
O parlamentar expressou preocupação quanto a percepções distorcidas: “Alguns nos veem como um ‘santuário ambiental’, mas promessas de financiamento para preservação muitas vezes ficam vazias, perpetuando nosso atraso e pobreza. Outros tratam a Amazônia como um mero ‘almoxarifado do mundo’, ignorando nossa soberania e alimentando visões predatórias”.
Para Keniston Braga, a solução reside em um princípio claro: “Precisamos equilibrar a produção com a preservação. Essa fórmula é não apenas possível, mas crucial para o futuro da Amazônia e da humanidade”.
A palestra do deputado Keniston na “Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias” ressaltou a importância de valorizar e entender a Amazônia como um território vital para a democracia brasileira, reforçando que a participação ativa e a busca por um equilíbrio entre produção e preservação são fundamentais para moldar um futuro sustentável para a região e seus habitantes.
