A Polícia Civil de Parauapebas descobriu nesta segunda-feira (2), que o motorista de aplicativo, Bruno Batista Nascimento da Silva, executado neste domingo (1) na Rodovia PA-275, em Parauapebas, havia sido preso em 2018 pelo crime de roubo, ocorrido em Canaã dos Carajás. Bruno foi assassinato às margens da rodovia, sentido o município de Curionópolis, como foi noticiado AQUI.
Conforme informações veiculadas pelo Blog do Zé Dudu, em 2018, na época, era por volta das 21h00 de sábado, quando uma fazenda localizada na zona rural de Canaã dos Carajás foi invadida por uma quadrilha que usava pelo menos dois tipos de armas de fogo, entre elas, uma espingarda calibre 12. Para as vítimas, o momento foi de terror. Por alguns minutos que mais pareciam horas, sete pessoas, entre elas, idosos e crianças, ficaram sob a mira das armas. Amarradas e agredidas a todo instante, as vítimas viam seus pertences serem subtraídos por, pelo menos, cinco homens, quatro deles usavam balaclava (capuz que cobre até os ombros) para esconder o rosto.
Segundo depoimento de algumas vítimas, mesmo sem que esboçassem qualquer reação, os bandidos agiam com muita violência além de fazer inúmeras ameaças a todo o momento. “Uma vítima contou que eles eram muito agressivos, batiam nos idosos, pisavam nas pernas das crianças”, disse o investigador de Polícia Civil Heyder Nunes.
Para chegar até a propriedade, localizada a cerca de 50 quilômetros do núcleo urbano, os criminosos usaram um único carro. Após render toda a família, eles fugiram levando dois veículos, uma camionete Hilux e uma picape, computadores, celulares, joias e até panelas, entre outros objetos. Na estrada, a camionete parou de funcionar e foi abandonada a 70 quilômetros de Marabá.
No domingo, a picape, conduzida por Bruno Batista Nascimento da Silva, 22 anos, também apresentou defeito. Seguranças de uma empresa privada suspeitaram da sua atitude e chamaram a Polícia Militar, que conduziu o suspeito até a delegacia de Canaã.
Ao ser apresentado, Bruno se identificou com outro nome e disse ser menor de idade, mas ao ir mais afundo nas investigações, a Polícia Civil descobriu que se tratava na verdade de um foragido do CRRAMA (Centro Regional de Recuperação Agrícola Mariano Antunes), em Marabá, onde cumpria pena por roubo desde 2017. “Ele chegou aqui falando que era menor, mas a gente descobriu que ele já tem 22 anos e que integrava um grupo de detentos que fugiu do CRRAMA no dia 7 de abril deste ano”, destacou Heyder.
O caso segue sendo investigado, até o fechamento desta matéria ninguém havia sido preso.
Reportagem: Márcio Alves | Portal Pebinha de Açúcar