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Após decisão judicial, MST libera Estrada de Ferro Carajás em Parauapebas

A Estrada de Ferro Carajás (EFC), que estava interditada por membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foi desbloqueada no final da tarde desta quarta-feira (4) em Parauapebas, sudeste do Pará.

Segundo o MST, o Governo Federal e a Vale se comprometeram em realizar uma mesa de negociações no assentamento Palmares, na sexta feira (6). Apesar da liberação da ferrovia, o movimento afirmou que seguirá às margens da estrada até a negociação final.

Além da ferrovia, manifestantes também bloquearam a Estrada das Três Voltas, que dá acesso a fazendas e a outras comunidades da zona rural do município. Com faixas e cartazes, os integrantes buscam chamar a atenção para uma reforma agrária popular.

Os manifestantes reivindicavam a participação ativa de comunidades de 11 cidades do entorno da Estrada de Ferro Carajás nas decisões acerca do acesso à terra — o que está, segundo eles, sendo negado.

A Assessoria de Comunicação da mineradora Vale encaminhou uma nota ao Pebinha de Açúcar, confira abaixo na íntegra:

“A Estrada de Ferro Carajás (EFC) foi liberada por volta das 18h desta quarta-feira (4/12), em cumprimento à decisão judicial, após interlocução com os manifestantes. A ferrovia estava interditada por membros do MST/PA desde a madrugada da terça-feira (3/12), gerando graves prejuízos à concessionária e à sociedade, impedindo a circulação do trem de passageiros, impactando diretamente mais de 2.000 pessoas que tiveram suas viagens canceladas, além da distribuição de combustíveis para a região Norte.
A retomada das viagens do Trem de Passageiros acontece nesta sexta-feira, 6, partindo de Parauapebas (PA) com destino a São Luís (MA).
A Vale reitera o seu compromisso com o cumprimento de suas obrigações legais e contratuais, além da segurança e respeito às pessoas. A empresa repudia atos arbitrários de qualquer natureza e acredita no diálogo como melhor forma de resolução de conflitos”.

Por falta de pagamento, médicos ameaçam suspender atividades no Hospital Geral de Parauapebas

A equipe de reportagens do Portal Pebinha de Açúcar obteve com exclusividade na tarde desta quarta-feira (4), a informação de que em menos de 48 horas, os atendimentos em diversas especialidades do Hospital Geral de Parauapebas (HGP) podem ser suspensos, devido à falta de pagamentos dos profissionais de saúde.

Vale ressaltar, que a Prefeitura de Parauapebas, através da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) renovou por mais um ano o contrato com a Associação de Saúde, Esporte, Lazer e Cultura (ASELC), que administra o Hospital Geral de Parauapebas. O contrato no valor de R$ 177.408.000,00 termina no dia 3 de julho de 2025. Ao todo, a Aselc receberá ao longo de dois anos quase R$ 355 milhões.

A prorrogação do contrato foi divulgada no Diário Oficial do Município no dia 4 de julho de 2024, e os valores devem ser pagos em 12 parcelas mensais de R$ 14,7 milhões.

No documento consta que a contratação tem o objetivo de pactuar indicadores de qualidade e resultado, em regime vinte e quatro horas por dia, assegurando assistência universal e exclusiva aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), em consonância com as Políticas de Saúde do SUS e diretrizes da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA).

Apesar do valor, essa não é a primeira vez que funcionários prestadores de serviços para a ASELC fazem manifestação por conta de salários atrasados, como pode ser revisto aqui. Segundo informações, a SEMSA já estaria devendo mais de R$ 70 milhões para a instituição, e no mês de novembro, por exemplo, não teria feito nenhum repasse.

A reportagem do Portal Pebinha de Açúcar teve acesso a uma carta enviada ao Ministério Público do Pará, Conselho Regional de Medicina, Associação Médica de Carajás, Diretoria do Hospital Geral de Parauapebas e Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas, confira abaixo na íntegra:

“Prezados, nós, médicos responsáveis pelo serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Geral de Parauapebas (HGP), vimos por meio desta informar que, devido à ausência de pagamentos regulares e à persistência de limitações estruturais graves causadas pelas restrições orçamentárias, seremos obrigados a suspender as atividades assistenciais de nossa equipe em 48 horas.
Ressaltamos que serão mantidos, exclusivamente, os atendimentos para emergências ortopédicas que ofereçam risco iminente de morte. Casos que não se enquadrem nesta condição serão devidamente referenciados para outras unidades de saúde.
Caso a situação não seja regularizada em até 30 dias, haverá a suspensão total do serviço de ortopedia no HGP. Estamos comunicando com antecedência para que a Direção Técnica do hospital e os órgãos competentes tenham ciência da gravidade da situação e possam criar diretrizes emergenciais para minimizar o impacto à população.
Nós, médicos, compreendemos e lamentamos profundamente os transtornos que esta decisão trará à população, mas, assim como qualquer outra classe trabalhadora, temos responsabilidades financeiras e nossas famílias a sustentar. Nosso desejo é continuar prestando a melhor assistência possível, mas, diante da falta de condições adequadas de trabalho e da ausência de pagamento, nos vemos obrigados a buscar novas atividades e locais de atuação profissional.
Contamos com a atenção e ação imediata das autoridades competentes para que a situação possa ser regularizada em prol do atendimento digno à população de Parauapebas”.

A carta foi assinada digitalmente pelo médico Frederico Carrizo, que é Coordenador da Ortopedia e Traumatologia do Hospital Geral de Parauapebas e outras também foram oficializadas por médicos que estão à frente de áreas como: Cirurgia Geral, Urologia, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia e Anestesiologia, como podem ser conferidas abaixo:

Comunicado_HGP

Comunicado Urologia

Comunicado obstetricia

Carta_suspensao_servico_HGP

Nossa equipe de reportagens entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas, para que a mesma se posicionasse sobre a ameaça de paralisação dos médicos. Confira abaixo a nota que nos foi enviada:

“A Secretaria Municipal de Saúde de Parauapebas (SEMSA) informa que o último pagamento referente aos serviços prestados foi realizado no mês de novembro e que está dentro do prazo legal para a efetivação do próximo repasse.
Reforçamos nosso compromisso com a continuidade e qualidade dos atendimentos no Hospital Geral de Parauapebas (HGP) e no Hospital Municipal de Parauapebas (HMP), garantindo que todas as obrigações sejam cumpridas em conformidade com a legislação vigente”.

Tentamos contato também com a diretoria da ASELC, porém, sem sucesso.

 

Policiais penais de Parauapebas e outras cidades participam de Curso de Padronização de Procedimentos Operacionais

Manter os profissionais sempre qualificados para garantir a excelência do serviço público em órgãos da administração estadual é uma das prioridades do Governo do Pará. Na Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), a constante atualização de conhecimentos garante que policiais penais estejam sempre preparados para enfrentar os desafios do trabalho no ambiente carcerário.

Em 2024, um dos destaques no processo de qualificação foi o Curso de Padronização de Procedimentos Operacionais (CPPO), que reuniu mais de 290 policiais penais em dez edições, aperfeiçoando habilidades e conhecimentos. O objetivo do curso é garantir que os profissionais de segurança da Seap estejam sempre preparados, contribuindo para um sistema prisional mais eficiente e seguro.

O Curso de Padronização de Procedimentos Operacionais é realizado durante 15 dias, com 166 horas, incluindo várias disciplinas, como Lei de Execução Penal, Procedimentos de Custódia, Rotinas Administrativas e Prontuários de Atendimento Técnico Jurídico, Segurança Penitenciária e Procedimentos Operacionais, Gerenciamento de Crise, Técnicas de Algemação, Armamento e Tiro, Comportamento Defensivo e Intervenção em Ambiente Prisional.

Diferencial – A qualificação é coordenada pela Escola de Administração Penitenciária (EAP), e foi inicialmente planejada para agentes da Unidade Penitenciária de Segurança Máxima I e II (UPMAX I e II), localizadas no Complexo Penitenciário de Santa Izabel, na Região Metropolitana de Belém (RMB). Para os servidores dessas duas unidades foram inseridos na formação dois aspectos importantes e peculiares: o perfil dos custodiados e o funcionamento do crime organizado.

Inicialmente, haveria apenas quatro turmas para atender policiais das unidades da RMB, mas a capacitação se expandiu, e também foi realizada em Marabá, no sudeste paraense. O curso contou com policiais penais lotados em unidades de outros municípios, como Abaetetuba, Ananindeua, Bragança, Breves, Capanema, Itaituba, Marituba, Paragominas, Parauapebas, Redenção, Tomé-Açu e Vitória do Xingu.

Expansão – O sargento Jefferson Leite, diretor da UPMAX I e II, coordenador-geral do Complexo Penitenciário e do CPPO, ressalta que “o objetivo era atingir todos os servidores da Unidade de Segurança Máxima I e II, mas o curso deu tão certo que se expandiu para outras unidades do Estado, e foi ofertado para todos os servidores que compõem o sistema carcerário paraense. Com isso, percebemos uma melhoria do servidor em vários aspectos, seja na questão comportamental, na oratória com o custodiado e no entendimento do que é a custódia, e ainda qual o papel da Polícia Penal dentro desse contexto de ressocialização. Ao atingir também os servidores do interior ficou claro que a capacitação continuada é a chave para a mudança do sistema carcerário”.

Iniciado em dezembro de 2023, o CPPO já formou mais de 10% do contingente operacional da Polícia Penal da Seap.

O secretário-adjunto de Gestão Operacional da Seap, Ringo Alex Rayol Frias, informa que o curso tem como objetivo capacitar policiais penais para ações seguras e eficientea nos ambientes prisionais.

“A Seap entende que o servidor penitenciário precisa, periodicamente, estar sentado em uma sala de aula para trocar experiências e trazer um pouco de conhecimento para aprimorar o trabalho salutar quanto à questão da padronização do sistema penitenciário paraense. Essas atividades de sala de aula são relevantes, para que a gente possa também melhorar as nossas doutrinas. Entendemos que esse operador, esse servidor, vai ser o incentivador dos demais que estão na unidade prisional na busca desse conhecimento, até que a gente possa atingir o nível de excelência nesse controle prisional”, assegura Ringo Alex Frias.

Meta para 2025 – Segundo Paulo Cunha, diretor da EAP, o curso é considerado um divisor de águas porque impacta diretamente no dia a dia dos policiais. Por isso, a meta para 2025 é levar o curso para outras unidades prisionais do interior até alcançar 100% dos policiais penais. “O CPPO continua em 2025, e pretendemos ministrá-lo até termos alcançado 100% das nossas unidades e dos nossos policiais, mesmo porque o CPPO é pré-requisito para os demais cursos operacionais da EAP. Além disso, o curso tem melhorado a performance do nosso policial penal, contribuindo decisivamente para a padronização de procedimentos, comportamentos e para a autoestima dos nossos policiais, na medida que eles participam de uma formação estratégica, adequada aos preceitos definidos pela gestão da Seap”, avalia Paulo Cunha.

Novos desafios – As aulas são realizadas nas instalações do Centro de Instruções Especializadas (Ciesp) e do Complexo Penitenciário de Santa Izabel. Durante o curso, os participantes têm a oportunidade de revisitar e aprofundar os conhecimentos adquiridos anteriormente no curso de formação, além de explorar novos desafios enfrentados pelo sistema prisional.

Para a policial penal Anajara Viana, atualmente lotada na Central Integrada de Monitoramento Eletrônico (Cime), o curso despertou o interesse em buscar, cada vez mais, conhecimento. “O que aprendi já somou muito na minha vida profissional, em todos os âmbitos. É um apanhado de tudo que a gente realmente faz na nossa profissão. Isso trouxe uma vontade de adquirir, cada vez mais, conhecimento para contribuir com a minha profissão, com a minha categoria e com a Polícia Penal do Estado do Pará”, diz a policial.

Carlos Macedo, policial penal da Unidade de Custódia e Reinserção (UCR) de Breves (no Arquipélago do Marajó), participante da 10ª turma do CPPO, acrescenta que o curso abrange conhecimentos mais avançados, e ainda influencia em aspectos da vida pessoal.

“Esse curso tem muito a agregar porque são procedimentos mais avançados do que a gente aprendeu no curso de formação. Isso soma tanto na nossa vida profissional quanto na nossa vida pessoal. Aprendemos a viver de uma maneira simples, ter união, ter compromisso com o serviço e os amigos de farda, além de desenvolver um bom trabalho dentro da unidade, fazendo parte de uma engrenagem, para que a gente consiga trabalhar da melhor forma possível”, garante Carlos Macedo.

Reportagem: Caroline Rocha (SEAP)

Governo Darci manda paralisar obras de reconstrução da Prefeitura de Parauapebas

Através de publicação feita no Diário Oficial do Município de Parauapebas na última terça-feira (3), o atual prefeito da cidade, Darci José Lermen (MDB), através do secretário de Obras, Natal Pereira, ordenou que as obras de reconstrução da sede administrativa, que fica localizada no Morro dos Ventos, fossem paralisadas.

Trata-se da Ordem de Paralisação número 0382/2024, endereçada à empresa executora, Miranda e Farias Construções EIRELI, que detém de contrato com a administração municipal para a execução da primeira etapa das obras de reconstrução da sede da Prefeitura Municipal de Parauapebas, que foi alvo de um incêndio ainda no ano de 2022.

De acordo com a gestão do prefeito Darci Lermen, “justifica-se a emissão desta ordem de paralisação dos serviços em virtude do aumento significativo dos índices pluviométricos já conhecidos em nossa região, bem como, por determinação da Administração em decorrência de caso fortuito”.

Jovem de 19 anos é encontrado morto com as mãos amarradas em Parauapebas

Um homem identificado como José Rodrigues de Sousa Silva, de 19 anos de idade, foi encontrado morto na manhã chuvosa desta quarta-feira (4), entre a Avenida A e a Rua XII, no Bairro Céu Azul, próximo de uma espécie lixão, em Parauapebas.

De acordo com informações obtidas pela equipe de reportagens policiais do Portal Pebinha de Açúcar, corpo foi localizado por moradores, que na oportunidade, acionaram as autoridades policiais. A vítima foi encontrada com as mãos amarradas, e próximo ao cadáver, havia uma faca, que pode ter sido utilizada no crime.

O local foi isolado para preservar as evidências até a chegada de servidores do Instituto Médico Legal (IML), que realizaram a remoção do corpo para os procedimentos cabíveis e posteriormente fazer a liberação para que familiares possam fazer o velório e sepultamento.

Até o fechamento desta matéria, ninguém foi preso. O caso será investigado pela Divisão de Homicídios da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas, para esclarecer as circunstâncias e a motivação do homicídio.

 

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Reportagem: Márcio Alves  |  Correspondente policial do Portal Pebinha de Açúcar

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