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Homem é encontrado morto em casa no Bairro Morada Nova, em Parauapebas

Na noite da última quarta-feira (28), um homem foi encontrado morto dentro de sua residência, localizada na Rua Turmalina, no Bairro Morada Nova, em Parauapebas. A ocorrência foi registrada por volta das 20h e mobilizou guarnições da Polícia Militar, Polícia Civil e o Instituto Médico Legal (IML).

Segundo o boletim, a guarnição da Polícia Militar, sob comando do Cabo Amorim e com o apoio do Cabo Rodrigues, realizava patrulhamento pela Rua Rui Barbosa, nas proximidades da divisa entre os bairros Da Paz e Complexo V-S10, quando foi abordada por um cidadão que informou ter encontrado um familiar sem vida dentro de casa.

Ao chegar ao local indicado, os policiais constataram a veracidade dos fatos. O corpo da vítima, identificada como Raimundo Pereira Aguiar, nascido em 10 de agosto de 1953, já estava em avançado estado de decomposição.

De acordo com os relatos de familiares, a última vez que Raimundo foi visto com vida foi na tarde da segunda-feira (26). A suspeita inicial é de morte natural, uma vez que não foram observados sinais aparentes de violência no corpo. A confirmação da causa, no entanto, ficará a cargo dos exames periciais realizados pelo IML.

O caso segue sendo tratado, até o momento, como morte natural.

Alunos da Escola Eurides Santana debatem identidade e racismo

Na última terça-feira (27), o Centro Universitário de Parauapebas (Ceup) foi palco de uma emocionante abertura do projeto Encontros Afro-Literários: meu mundo, nosso espaço em transformação, promovido pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Eurides Santana. Sob a gestão de Eliane Felizardo e coordenação de Raimunda Barbosa, o evento reuniu 142 alunos dos 9ºs anos em uma jornada de reflexão, conhecimento e empoderamento.

O projeto, que já está em sua sexta edição, é idealizado e desenvolvido pela professora de Língua Portuguesa Eliane Barros. A iniciativa propõe uma abordagem pedagógica focada na Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER), com ênfase na Literatura Negra e no combate ao racismo estrutural por meio da valorização da identidade, história e cultura afro-brasileira.

Durante o evento, os estudantes participaram ativamente de cinco palestras temáticas ministradas por ex-alunos da escola — jovens que também já passaram pelo projeto e agora compartilham suas vivências e aprendizados. As apresentações abordaram temas como:

  • “A Construção da Subjetividade e o Conceito de Estereótipos”

  • “Racismo Científico e o Racismo de Monteiro Lobato”

  • “Filosofia Africana”

  • “Literatura Negra Infantil: abordagens e identificação de estereótipos”

  • “Carolina: não digam que fui rebotalho”, destacando a vida e obra da escritora Carolina Maria de Jesus

Com vozes firmes e olhares atentos, os estudantes demonstraram engajamento com o processo educativo e com os valores de uma sociedade mais justa. Segundo a professora Eliane Barros, o projeto nasceu de seu próprio processo de identificação e compreensão racial, e cresce ano após ano como instrumento de transformação.

“Assim como Carolina Maria de Jesus provou que o povo negro e pobre lê, escreve e transforma, nossos alunos também provaram ontem que a mudança não só chegou, como é cultivada com livros, consciência e protagonismo”, declarou a educadora.

A iniciativa mostra que quando a escola se torna um espaço de construção de saberes diversos, críticos e representativos, ela fortalece o letramento racial e contribui de forma efetiva para a formação de cidadãos conscientes e agentes de mudança.

O Portal Pebinha de Açúcar parabeniza toda a equipe envolvida, os estudantes e ex-estudantes que fizeram do evento mais do que uma atividade pedagógica — fizeram dele um verdadeiro manifesto por igualdade, respeito e representatividade.

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