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Ocupação do MST em Parauapebas é marcada por agressões a servidores, jornalista e empresário

Durante dois dias, integrantes do movimento invadiram a Prefeitura, cometeram atos de violência e, após ordem judicial, deixaram o local e seguiram para a Praça dos Pioneiros

A ocupação da sede administrativa da Prefeitura de Parauapebas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), iniciada na manhã de terça-feira (12), terminou nesta quarta-feira (13) após determinação judicial. O prédio e a praça localizada na esquina foram desocupados com apoio da Tropa de Choque da Polícia Militar, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros e outras autoridades. Apesar disso, integrantes do movimento seguem acampados na Praça dos Pioneiros, localizada a poucas quadras da prefeitura.

O clima de tensão que marcou os dois dias de ocupação aumentou ainda mais diante de uma série de denúncias de agressões que teriam sido cometidas por membros do MST. Entre as vítimas, estão dois servidores públicos, um jornalista e um empresário.

Jornalista intimidado no primeiro dia

Na manhã de terça-feira, o jornalista Rodrigo Martins, do Portal Parauapebas, realizava uma transmissão ao vivo nas proximidades da prefeitura quando foi abordado por manifestantes. Ele afirmou que teve o crachá de identificação quebrado, o celular tomado por alguns momentos, o microfone danificado e que foi expulso do local. A ação foi considerada um ato claro de desrespeito ao trabalho da imprensa.

Servidor público agredido com arma branca

Ainda na tarde de terça-feira, o servidor Gabriel Torres, da equipe de Comunicação da Prefeitura, denunciou que foi agredido fisicamente com o uso de uma arma branca por membros do MST. Além das lesões, seu equipamento de trabalho foi danificado. Gabriel registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil, passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal e um inquérito foi instaurado para apurar o caso.

Agente da Guarda Municipal também foi alvo

Durante o momento de invasão ao prédio, um agente da Guarda Municipal de Parauapebas (GMP) alega que teve um carregador de pistola retirado de seu colete por integrantes do MST. A corporação informou que também irá registrar boletim de ocorrência sobre o caso.

Empresário tem cartão de memória furtado

Já nesta quarta-feira, o empresário Weidy Graciano registrava imagens aéreas com drone no momento em que o MST deixava as proximidades da prefeitura. Ele afirma que foi abordado por manifestantes que o obrigaram a pousar o equipamento e furtaram o cartão de memória com as imagens captadas. O que eles não sabiam é que as imagens também estavam sendo gravadas no controle do drone, preservando parte do material, que foi entregue à imprensa.

Retirada pacífica e mudança para a Praça dos Pioneiros

Após a chegada da oficial de Justiça e leitura da liminar, os líderes do MST aceitaram deixar o prédio da prefeitura sem resistência, pedindo apenas que a retirada fosse feita de forma calma devido à presença de mulheres e crianças. O grupo solicitou permanecer na praça localizada na esquina da prefeitura até o fim do dia para aguardar possível abertura de negociação com o governo municipal. No entanto, a decisão judicial proibia a permanência nas proximidades, e os manifestantes seguiram para a Praça dos Pioneiros, onde continuam acampados.

A Prefeitura disponibilizou ônibus escolares para levar os integrantes do movimento até suas casas, mas a oferta foi recusada pelo vereador Tito, representante do MST, que afirmou que o grupo retornaria a pé ou por outros meios.

Repercussão

As atitudes violentas de alguns membros do MST geraram ampla revolta nas redes sociais, com manifestações de repúdio por parte de servidores públicos, profissionais de imprensa e a população em geral.

Câmara aprova proposta para modernizar e padronizar placas de ruas em Parauapebas

Proposta busca melhorar mobilidade, incentivar turismo e fortalecer a identidade visual do município.

Durante a sessão ordinária realizada na última terça-feira (12), a Câmara Municipal de Parauapebas aprovou a Indicação nº 468/2025, de autoria do vereador Francisco Eloécio (PSDB), que solicita ao Poder Executivo Municipal, por meio da Secretaria de Serviços Urbanos (Semurb), a substituição, padronização e modernização das placas de identificação das vias públicas, além da criação de um sistema permanente de instalação e manutenção dessas estruturas.

A medida, segundo o parlamentar, tem como objetivo melhorar a sinalização urbana, facilitar a orientação da população, valorizar a identidade visual do município e ampliar a acessibilidade, especialmente para visitantes e prestadores de serviços. “Constatamos placas deterioradas, tortas, enferrujadas, mal posicionadas ou inexistentes, o que prejudica a organização da cidade e dificulta a mobilidade. A situação também afeta o turismo, o comércio e até serviços essenciais como entregas e transporte por aplicativo”, destacou Eloécio.

O documento apresentado menciona a necessidade de adotar um padrão para altura, localização e tipo de suporte das placas, além da inclusão de sinalizações turísticas e indicativas para pontos de interesse, como rotas alternativas e referências culturais e geográficas.

A proposta também prevê a possibilidade de parcerias público-privadas para custear a manutenção do sistema, permitindo o uso institucional ou publicitário dos espaços nas placas. “A modernização da sinalização urbana não só melhora a vida dos moradores, como fortalece a imagem de Parauapebas como um polo em constante desenvolvimento”, afirmou o vereador.

Com a aprovação da indicação, o pedido será encaminhado ao prefeito Aurélio Goiano e ao secretário de Serviços Urbanos, Herlon Soares, para avaliação e possível implementação do projeto.

 

Vereador Fred Sanção quer a instalação de “impostômetro” em Parauapebas

Equipamento pretende mostrar em tempo real o valor de tributos arrecadados e aproximar população da gestão fiscal do município

Na sessão ordinária da última terça-feira (12), a Câmara Municipal de Parauapebas aprovou a Indicação nº 469/2025, de autoria do vereador Fred Sanção (PL), que solicita ao Poder Executivo a instalação de um “Impostômetro” em local de grande circulação pública na cidade.

A proposta tem como objetivo informar, em tempo real, à população o montante de impostos, taxas e contribuições arrecadados pelo município, pelo estado e pela União, promovendo maior transparência, controle social e educação fiscal.

Segundo o parlamentar, o equipamento deverá ser instalado em um ponto estratégico — preferencialmente na área central — e trará dados atualizados sobre a arrecadação, permitindo que os cidadãos acompanhem de forma clara e constante os recursos captados pela administração pública.

Para Fred Sancão, a iniciativa representa um avanço em transparência e ainda reforça um compromisso assumido em campanha pelo prefeito Aurélio Goiano. “Além de informar, o Impostômetro contribui para a conscientização sobre a importância do pagamento de tributos e seu impacto direto na manutenção dos serviços essenciais, como saúde, educação, segurança e infraestrutura”, destacou.

O vereador também ressaltou que, em um momento de queda na arrecadação, a ferramenta será útil para que a população entenda as variações nas receitas e possa participar mais ativamente da fiscalização e do debate sobre os investimentos públicos. Ele afirmou ainda que o custo de instalação e manutenção do equipamento é baixo em comparação ao impacto positivo que pode gerar na relação entre governo e sociedade.

Com a aprovação da indicação, a matéria segue agora para análise do Poder Executivo, que poderá adotar as medidas necessárias para viabilizar a implantação do dispositivo em Parauapebas.

 

Prefeito Aurélio Goiano critica ocupação do MST e afirma: “Não sento na mesa com quem faz baderna”

Em transmissão ao vivo, gestor agradeceu forças de segurança, denunciou depredação, cobrou responsabilização e reforçou que em Parauapebas “não existe mais invasão de terra”

Poucas tempo após a desocupação da sede administrativa da Prefeitura de Parauapebas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o prefeito Aurélio Goiano fez uma transmissão ao vivo na tarde desta quarta-feira (13) para comentar o episódio. O prédio havia sido ocupado desde a manhã de terça-feira (12), após o portão principal ser derrubado. A reintegração de posse foi cumprida por volta das 11h47 pela Tropa de Choque da Polícia Militar, com apoio da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros, após determinação judicial.

Logo no início da live, Aurélio Goiano destacou seu apreço pelas forças de segurança: “Vou começar aqui com os meninos da Guarda Municipal, como eu disse para eles agora há pouco, que eu queria estar aqui. Meu respeito, minha admiração aos meninos da Guarda Municipal de Parauapebas, que é a melhor Guarda Municipal do Estado do Pará. E em especial agradecer ao governador do Estado, que disponibilizou a Polícia Militar”.

O prefeito também deixou claro que não pretende dialogar com o movimento: “Eu não sento na mesa com o MST. Eu não sento na mesa com quem faz baderna. Tem gente preso em Brasília há mais de dois anos porque escreveu de batom numa estátua. Eu quero ver se o mesmo pau que dá em Chico, dá em Francisco. Porque isso aqui não vai ficar assim”, relatou Aurélio em relação aos atos de vandalismo que foram registrados no prédio público durante a invasão.

“Não apresentaram pauta oficial”
Aurélio Goiano afirmou que, em momento algum, a Prefeitura recebeu formalmente uma pauta de reivindicações: “O MST não tem pauta legal, não tem pauta oficial. Não chamaram a gente para conversar. Semana passada, por exemplo, o vereador Fred Sansão e outros vereadores fizeram uma manifestação lá na Vila Sansão e nós estivemos lá, fomos ouvir a comunidade. Isso é oposição. Agora, depredar prédio público não é oposição, é crime”.

O gestor ainda reforçou que, mesmo como vereador de oposição no passado, nunca recorreu a depredações: “Eu fui vereador quatro anos, vereador ferrenho, vereador caçador de confusão. Me acorrentei em frente ao Tribunal de Justiça, arrumei briga com muita gente. Mas nunca quebrei nada, nunca depredei prédio público”.

Acusações de furto e vandalismo
O prefeito relatou que diversos pontos do prédio foram danificados e que objetos pessoais desapareceram de seu gabinete: “O primeiro que quebrou essa porta aqui… lá na frente também quebraram. Subiram no meu gabinete, onde tem uma foto com a minha mulher e meus filhos. Levaram meu computador, um notebook. Eu quero esse computador de volta. Dentro do gabinete tinha minha Bíblia, que era do meu avô. Isso é patrimônio emocional. E já aviso: quem pegou, devolva”.

Segundo ele, o ato teria contado com incentivo político: “Tem vereadores da base do governo passado fomentando isso. Diz o ditado popular: quando você desmama um bezerro, ele berra. A gente vai fazer um bocadinho de bezerro berrar aqui”.

Posicionamento contra invasões
Em sua fala, o prefeito enviou um recado direto aos produtores e empresários de Parauapebas: “Neste município não existe mais invasão de terra. Nós não vamos para bala de borracha. Nós vamos acionar a Justiça, contar com o apoio do Governo do Estado, com o Batalhão de Choque, e fazer a coisa acontecer”.

Ele também comparou a postura do movimento no atual governo com gestões passadas: “Ficaram oito anos no governo e eu não vi ninguém do MST, da base do governo passado, vir fazer manifestação, fechar, quebrar a Prefeitura, destruir patrimônio público”.

 

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Contexto da desocupação
A ocupação da Prefeitura de Parauapebas pelo MST durou pouco mais de 24 horas. Na manhã desta quarta-feira, uma oficial de Justiça esteve no local para cumprir a decisão judicial de reintegração de posse. A presença da Tropa de Choque garantiu a retirada dos manifestantes, que haviam solicitado prazo para deixar o prédio, pedido que não foi acatado. Mulheres e crianças foram retiradas primeiramente, seguidas pelos demais integrantes do movimento, que desmontaram o acampamento e se deslocaram para a Praça dos Pioneiros, onde anunciaram que continuariam a mobilização.

De invasão à desocupação: os dois dias de tensão na Prefeitura de Parauapebas

Cronologia da ocupação do MST, ação da Tropa de Choque e fala contundente do prefeito Aurélio Goiano

A sede administrativa da Prefeitura de Parauapebas viveu, entre terça (12) e quarta-feira (13), um dos episódios mais tensos dos últimos anos, após ser ocupada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O ato começou no final da manhã de terça-feira, quando manifestantes derrubaram o portão principal de acesso ao gabinete do prefeito e entraram no prédio.

Segundo relatos, durante a invasão houve registro de violência contra um servidor público municipal e tentativa de impedir e coagir um jornalista que trabalhava na cobertura do fato. A Polícia Civil abriu investigação para apurar os crimes. Desde então, bandeiras do movimento foram fixadas na área e o clima de mobilização atraiu curiosos e causou transtornos na região.

Dia 1 – A ocupação e a ausência de diálogo

A Prefeitura divulgou nota oficial na tarde de terça-feira repudiando a ação, afirmando que sempre esteve aberta ao diálogo com qualquer organização “desde que de forma pacífica, sem violência e sem depredação do patrimônio público”. A gestão destacou que, até aquele momento, não havia recebido oficialmente nenhuma pauta de reivindicação.

Durante todo o dia e noite, os integrantes do MST permaneceram no local, montando acampamento também na praça ao lado. Na manhã desta quarta-feira, a oficial de Justiça compareceu para cumprir a liminar de reintegração de posse expedida pela Justiça. O movimento chegou a solicitar um prazo maior para a saída voluntária, justificando a presença de mulheres e crianças, mas o pedido não foi atendido.

Dia 2 – Ação da Tropa de Choque

Por volta de 11h47 desta quarta-feira, a Tropa de Choque da Polícia Militar, com reforços de Marabá e Belém, chegou ao prédio acompanhada de agentes da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros. Mulheres e crianças foram retiradas primeiro, enquanto policiais cercavam o perímetro para evitar tumultos.

O cumprimento da ordem judicial ocorreu de forma tensa, mas sem registro de confronto direto. Após a desocupação, o grupo desmontou o acampamento e se deslocou para a Praça dos Pioneiros, onde anunciou que continuará a mobilização.

Repercussão

O episódio repercute fortemente em Parauapebas, dividindo opiniões e gerando debates sobre os métodos de protesto e a resposta do poder público. Enquanto o MST mantém a mobilização na Praça dos Pioneiros, autoridades municipais e estaduais seguem monitorando o cenário para evitar novos conflitos.

Tropa de Choque cumpre reintegração de posse na Prefeitura de Parauapebas ocupada pelo MST

Após ordem judicial, manifestantes iniciam saída do prédio; oficial de Justiça acompanha operação e recusa pedido de prazo feito pelo movimento

Na final da manhã desta quarta-feira (13), a ocupação do prédio da sede administrativa da Prefeitura de Parauapebas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) teve um novo capítulo. Por volta das 11h47, a Tropa de Choque da Polícia Militar chegou ao local para cumprir a liminar de reintegração de posse expedida pela Justiça, determinando a desocupação imediata do imóvel.

A ação contou também com a presença de uma oficial de Justiça, responsável por comunicar formalmente a decisão judicial aos representantes do movimento. Durante o diálogo, o MST solicitou um prazo adicional para a saída, alegando necessidade de organizar os pertences e a transferência das famílias para outro ponto da cidade. No entanto, o pedido foi negado pela oficial, que manteve a determinação de desocupação imediata.

O processo de retirada começou com a saída de mulheres e crianças que estavam no prédio. Em seguida, os demais manifestantes iniciaram a desmontagem do acampamento, tanto no interior da sede administrativa quanto na praça ao lado. O grupo seguiu para a Praça dos Pioneiros, onde pretende continuar a mobilização.

A ocupação teve início na manhã de terça-feira (12), quando integrantes do MST derrubaram o portão principal de acesso ao gabinete do prefeito e entraram no prédio. Desde então, o local se tornou palco de intensa movimentação, com bandeiras e barracas instaladas, chamando a atenção de quem passava pela área.

A Prefeitura de Parauapebas, por meio de nota divulgada ainda na terça, repudiou a invasão e reafirmou que está aberta ao diálogo com qualquer organização, desde que as manifestações sejam pacíficas, sem violência e sem depredação do patrimônio público.

A operação de reintegração de posse foi acompanhada por equipes da Guarda Municipal e do Corpo de Bombeiros, que auxiliaram na segurança e prevenção de incidentes durante a ação.

O Pebinha de Açúcar segue acompanhando os desdobramentos desta mobilização, que segue repercutindo intensamente em Parauapebas e em todo o Pará.

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